O trailer devia já ter sido entregue, em 28 FEV 21, mas entre pandemias e desorganização com a quantidade de pedidos, ainda está bem atrasado e talvez role lá por julho. Então relaxei sobre alguns assuntos dele.
Mas a tal da elétrica continua indefinida. Sempre achei meio bruxaria, sempre tive um certo bloqueio, mas tentando, atualmente, acho que é porque é meio esquisito mesmo: você lê diversas opiniões de diversos entendidos, cada um diferente. Parece filosofia.
Tipo = “Carregar suas baterias estacionárias do trailer com o alternador do carro ? Nem pensar, blá, blá, blá.”
Aí o outro faz um lindo video mostrando como ele faz assim e explicando que dá, com seu próprio exemplo.
Bem, mas nessa altura do campeonato e tendo ouvido e lido muito por alto, tenho um plano meio heterodoxo e gostaria de contar com as opiniões dos colegas do Campistas.net, tão entendidos e experientes.
A heterodoxia começa por algo que para mim parece bastante óbvio, como morador do sudeste tropical de 10 meses de verão por ano:
Há décadas só estaciono o carro depois de pesquisar o movimento do sol, buscando a sombra, evitando aqueles 80° C ao voltar. Agora não quero e não vou colocar painéis solares na capota e diáriamente buscar o sol para estacionar o trailer. Carregar as baterias ao mesmo tempo que torno o trailer um forno, para depois (ou durante) gastar a carga das baterias para resfriá-lo pois estará insuportávelmente ‘aquecido’. Claro que no inverno as coisas mudam um pouco, mas meu problema é o calor.
Então pensei em começar com um plano ‘híbrido’ assim:
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Placas fléxiveis portáteis tipo Dokio com uns 150-200W. Elas poderão passar bem mais horas por dia a lindos 90° ao sol.
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Um gerador de 1 Kva, de tamanho e peso manuseáveis, talvez os modernosos abafados, com carregador de bateria. Eu também o abafo, com distância, barreira e quem sabe até com silencioso de moto. Para não ficar sem energia nenhuma se os sóis não ajudarem por muitos dias e tentando usá-lo apenas para carregar as baterias.
Pronto - ou tudo menos acabado, pois sabemos que o que só acontece é o pessoal ficar sempre fazendo modificações e ‘aperfeiçoamentos’ em busca de autonomia em seus trailers e MHs, não ?
Entendo que esse esquema não vai me dar muita autonomia, mas o tempo e as trocas de experiências irão indicando caminhos para alterações e melhorias. Até quem sabe experimentar uns 200W de placas em cima.
- A pensar, ou não desconsiderar, alguma carga partindo do alternador do carro. Há muitos exemplos, com eventuais modificações e aperfeiçoamentos. Até um texto do Marcos-Macamp que li ontem e continha a seguinte parte, intrigante ante a barulheira e o consumo dos geradores:
“Já na segunda etapa, pudemos testar o que desejávamos. Passamos 3 dias acampando na beirada dos cânions de São José dos Ausentes-RS, em um local sem água e nem luz. Por enquanto não temos placas solares no trailer e nossa única bateria de 70A era a nossa fonte de energia pro trailer neste período. Mas como manter carregada a bateria de uma forma racional e sem o estresse que não combinasse com o local? Simples. Nossa habitual extensão de 40 metros permitia que o carro ficasse a esta distância. Sem escutar o barulho do motor em marcha lenta, passava por volta de 2h por dia carregando a bateria do trailer de forma controlada com consumo mínimo de combustível. Certamente qualquer gerador a gasolina gastaria por hora muito mais litros de combustível do que o carro em marcha lenta gastava. Certamente também faria muito mais barulho. Isso sem falar no espaço que ocuparia o aparelho e na necessidade de carregar combustível. Fora as chances de dar defeito. Portanto nossa aplicação do inversor no carro, foi entendida como a composição de um “gerador” muito mais econômico, silencioso e prático”.
Meu trailer 2x3m 2 pessoas será manso, tudo 12V com exceção apenas de um note e 2 celulares a carregar. Consumo diário de 170 A, 2 baterias de 105A = 210A.
Bem, amigos, seria de enorme valor para mim contar com seus comentários.