Olá Gustavo! Fico me perguntando o que faz uma pessoa abandonar um trailer 9 anos! Aguardo novas histórias! Abs
Seja bem vinda!
Acabamos de chegar em casa depois de alguns ótimos dias de estrada e também alguns amigos novos. Vou separar mais algumas fotos e tentar continuar a história ainda amanhã enquanto está tudo fresquinho na memória.
Vídeo que fizemos na primeira parada, no Camping Fazenda Carla:
A cidade que aparece ao fundo no final do vídeo é Torres. Pena que o dia estava bem nublado (notem a névoa no topo do vídeo!), do contrário daria pra ver o mar atrás da cidade também.
Ah, e aquela estrada que aparece atrás do camping com os carros passando logo no início do vídeo é a estrada do mar. O camping fica bem no final da estrada do mar, quase chegando na ligação entre Torres e a BR 101.
Continuando então, na sexta-feira acordamos sem muita pressa e ainda sem café da manhã acertamos a estadia com o Sr. Veríssimo e já pegamos estrada.
Paramos um pouco mais adiante para fazer um café da manhã em um local que já percebemos ser bastante frequentado por campistas: o estacionamento da Havan de Araranguá que fica a beira da BR 101. O estacionamento é amplo, sempre com muito espaço livre, e consequentemente de fácil manobra. Já encontramos motorhomes grandes e pequenos parados para descanso por lá, e por vezes mais de um.
Segue uma foto do local:
Notem o Balão escondido a sombra.
Depois do café da manhã, seguimos viagem e fizemos uma próxima parada para reabastecimento no Posto Sim em Laguna. Além de um acesso amplo e asfaltado, esse posto é muito bem frequentado (diesel novo), e possui várias conveniências como por exemplo água quente sempre disponível para reabastecer o chimarrão do gaudério.
Daí pra frente não paramos mais… bom, ao menos não intencionalmente. A proximidade com Florianópolis hoje em dia é quase que garantia de filas e paradas. Sempre um pouco tenso quando se soma tráfego pesado, motoristas impacientes, e um veículo de porte maior. Mas foi tudo bem.
Depois disso foi viagem tranquila até a entrada de Porto Belo.
Na continuação conto esses detalhes…
Seguindo então, chegamos na entrada de Porto Belo por volta das cinco da tarde, e logo percebi a enrascada em que tínhamos nos metido.
Ou eu tinha me esquecido disso, ou aquela região mudou muito. Provavelmente as duas coisas. O fato é que a entrada desde Porto Belo até a praia de Canto Grande é interminável. Foram 20km de movimento intenso de cidade, com um carro atrás do outro, e dezenas de quebra-molas. Demoramos uma hora para chegar até o camping. Claro, o horário da nossa chegada também não ajudou, em uma sexta-feira às cinco da tarde.
Os quebra-molas são tão altos e alguns deles tão longos que tive que fazer algo que nunca tinha feito dessa forma antes: na nossa passada pela Praia do Rosa em Janeiro eu já tinha aprendido a fazer um truque de descer a rodinha da bequilha para levantar um pouco a frente do trailer ao passar em quebra-molas muito altos. Dessa vez fui além é desci a rodinha um pouco menos mas permanentemente, e na hora de passar ia bem devagar até a rodinha encostar no quebra-molas, e aí puxava devagar. Foi assim que conseguimos passar pelas várias mini-montanhas.
Uma hora dessa função foi cansativo, e é lógico que houve motorista que se irritasse atrás de nós, o que é um tanto irônico pois o trânsito era tão intenso que na verdade nós não atrapalhamos muito. Não havia para onde ir depois de ultrapassar a gente. Mas acho que a traseira do trailer, alta e larga, cria uma ansiedade pois o motorista não sabe o que há a frente.
Em fim, a primeira lição para nós foi a seguinte: temos que acertar o horário de chegada e saída para ao menos não pegar os períodos mais óbvios de movimento, para facilitar um pouco nesse ponto.
Quase que a lição foi nunca mais voltar, e no meio do caminho me perguntei onde estávamos nos metendo, mas no final desse processo cansativo encontramos de fato um paraíso tropical.
As imagens falam por si:
O camping é facilmente o mais organizado e bem cuidado que já estivemos. O Antônio, proprietário do camping, está sempre pela volta e percebe-se que ele gosta bastante do que faz. Sinceramente não há o que falar… pela primeira vez fizemos uso rotineiro dos banheiros do camping. Há sala de TV, lavanderia com tanques e máquina de lavar e secar (pagas), churrasqueiras amplas e com boa infraestrutura, quadras de futebol e tênis, mesas de sinuca e pebolim, praça infantil. Tudo muito bem cuidado.
Observando a sinalização a gente já tem uma idéia.
As vagas para as casas móveis são em estilo urbano, uma do ladinho da outra, e não são muito grandes. O limite para veículos deve ser por volta dos 8 a 9 metros, e como todo o resto as vagas são muito bem preparadas. O veículo fica em uma plataforma de areia (bom para manobras) mas a porta fica voltada para uma plataforma de cimento liso pintado e decorado, com grama inserida em blocos de concreto em toda a volta, garantindo que o veículo não vá afundar ao entrar:
As vagas centrais são um pouco menores (são duas, uma para cada lado), mas podem ser somadas dependendo do acordo.
Cada vaga tem luz e entrada e saída de água individuais, e também tem um ponto de cabo de TV. Quem quiser precisa levar seu próprio cabo ou comprar um com alguém que eles indicam para esse serviço.
Quem vai com barraca pode acampar do outro lado da rua, onde ficam a recepção e a parte da pousada que é integrada ao complexo (também muito legal, mas $$$). As vagas da área exclusiva para barracas são bastante semelhantes a área para veículos, porém as vagas são menores, e a plataforma de cimento fica na frente ao invés de ficar ao lado. Também há mais sombra:
Notem que está tudo vazio. Nós tinhamos quase que um camping particular nos primeiros dias. Maior mordomia. Mas na quinta-feira, dia do feriado, tudo mudou… os dois lados do camping ficaram com bastante movimento. Não lotou, mas foi impressionante a mudança de um dia pro outro:
E isso é uma parcial pois chegou mais gente depois. O dia era das barracas de teto. Vários amigos foram juntos e no final tinhamos quatro barracas de teto acampadas por alí.
Tivemos boas conversas com muitos dali. Logo ao nosso lado nossos vizinhos estavam com um lindo Diamante 96. Uma raridade, e eles muito simpáticos.
O outro lado também movimentou bastante:
Também foi bom ver a qualidade do camping em termos de controle da bagunça. O pessoal fez uma churrascada com música relativamente alta e bastante diversão. Tudo muito saudável, mas com o avançar do horário o pessoal do camping solicitou educadamente que parassem com o barulho alto. Tudo em paz.
Em fim, curtimos o local, e voltaremos com certeza. Nosso pequeno também curtiu bastante, tanto o camping quanto a praia em geral. Aqui uma rara foto dele conversando com o sol:
Ótimo relato e vídeo melhor ainda, Gustavo! Ouvi falar bem sobre este camping, mas agora, vou começar a planejar uma ida até Bombinhas. Aliás, estou com saudade desta região. Lindas praias!
Abraço!
Belo passeio, Gustavo!
Já tinha ouvido falar sobre o Camping Paraíso Tropical, agora com teu relato pude ver que é realmente perfeito.
Muito bacana estes videos que tens feito dos lugares que visitam. Com eles podemos conhecer cada local de uma forma mais detalhada.
Abraço!
Estava pensando em ir nesse camping, mas descobri que agora tem pedágio diário, quando se entra na cidade te entregam um ticket e ao sair vê o tempo que ficou e é cobrado, sobre isso não é problema, mas os valores sim, O valor da taxa, para carros R$ 26. E o valor cobrado de utilitários, caminhões, ônibus e vans de excursão e trailer de 2 eixos R$ 130,50… poderia repensar isso!
@saulomuller O pedágio é cobrado somente pela entrada do município, e tem validade diária no sentido de que se entrar várias vezes durante 24h paga uma vez só. Se entrar uma vez só e ficar uma semana lá dentro, paga uma única entrada.
Mais informações aqui.
Valeu Gustavo, achei que a taxa era diária… mas mesmo assim esta cara… se faz pensar 2 vezes pra ir…
Gustavo,
Já ouvi falar muito deste camping, ele tem padrão de 1º mundo, espero poder visita-lo logo, o que me apavorou é o teu relato da caminho da BR 101 é o camping ser estreito e cheio de quebra-molas…
Abraço e continuo acompanhando.
Marcelo
Nós contamos: são 43 quebra-molas ou passagens elevadas da entrada de Porto Belo até o camping!
Haja suspensão, e muita paciência.
Maravilha. Adorei o relato. Vamos visitar
Buenas pessoal!
Obrigado por todos os comentários. E a viagem não acabou em Bombinhas, afinal de contas o Balão tinha que voltar pra casa.
Nós deixamos o trailer no camping em Bombinhas até a semana passada, quando voltamos e passamos mais alguns dias por lá. Gostaríamos de ter ficado mais na verdade, para conversar com os bons vizinhos que tivemos lá (tivemos bastante sorte nesse camping), mas por obrigações profissionais tivemos que começar a viagem de volta antes.
Mas não fomos direto pra casa, mas sim em direção a um já conhecido nosso, o Camping da Pinguela.
Assim que conseguir um tempinho pra colocar as fotos e vídeos em ordem conto mais detalhes dessa parte.
Grande abraço, e boas acampadas.
Pois então saímos no domingo de Bombinhas, muito cedo pra pegar menos tráfego dentro da cidade. Começamos a levantar acampamento às 6h da manhã 8h estavamos começando a sair, após a limpeza das caixas no local adequado. Levamos 45 minutos pra chegar até a BR101 (a “Brioi”, como brincam os locais ) e pegamos rumo sul em um ritmo muito tranquilo.
Fizemos uma parada estratégica para o almoço, e 4h da tarde já estavamos aportando no Camping da Pinguela, em Osório, RS. Não tinhamos certeza se haveria local adequado para nós, pois não fazem reserva antecipada. Mas um rápido passeio confirmou que havia um local razoável para ficarmos alguns dias, e por ali ficamos.
Aqui uma visão panorâmica frontal do local (amplia com clique):
Nessa estadia na Pinguela me reforçou um sentimento que já havia começado na nossa última acampada lá. Na verdade ele hoje em dia é mais um condomínio do que um camping, e não por acaso o próprio nome fantasia foi modificado de Camping da Pinguela para Iate Clube Lagoa da Pinguela. O local é lindo e continua lindo, como as fotos e vídeos a seguir mostram, mas a administração do camping se focou no aluguel de espaço para as casas dos roda-quadrada e para o pessoal que aluga por meses seguidos (certamente melhor negócio), e deixou o espaço para acampamentos com barracas e casas móveis de lado, literalmente. O espaço para visitantes é bastante pequeno comparado com o tamanho do camping, e fica apertado em um canto que consiste quase que inteiramente de uma ladeira de difícil nivelamento e manobras complicadas:
Houveram alguns detalhes de manutenção que também nos deixaram um pouco surpresos, como por exemplo tivemos que insistir para abrirem a piscina. Na segunda-feira nos disseram que segundas fecha para limpeza, na terça havia um problema no motor, e depois de insistirmos mais enfaticamente (mais de 30⁰C!) parece que o problema do motor se resolveu. Os banheiros também não estão sendo mantidos adequadamente, com limpeza notavelmente infrequente, lâmpadas queimadas, etc.
A impressão que dá é que não começaram a temporada ainda, pois não acredito que esses problemas persistam a partir da semana que vem no Natal, e depois Janeiro e Fevereiro. Infelizmente para nós, preferimos o sossego e não vamos poder conferir.
De qualquer forma, o local é realmente lindo, o pessoal que nos atende lá é sempre muito gentil e atencioso, e sempre que vamos fazemos boas amizades com os vizinhos. Por essas razões e considerando que não dependemos muito da infraestrutura local, provavelmente continuaremos voltando fora de época em momentos mais sossegados.
As imagens falam por si…
Então, fechando a viagem, depois da parada na Pinguela, pegamos o rumo de casa. Foi quase tranquila a viagem… o detalhe é que viajamos bem em um dia que havia previsão de temporais de vento devido a uma frente fria que vinha se encontrar ao calor intenso que estava fazendo.
Durante mais ou menos metade do percurso ficamos de olho nas notícias e na previsão para ver onde nos encontraríamos com a frente, pois tínhamos medo de pegar um vento muito forte lateral com o trailer na estrada.
Mas deu tudo certo… com a chegada da frente tivemos a boa sorte de achar um local bem apropriado para nos escondermos. O cenário era de dar medo:
Logo depois da foto veio o vendaval… placas caídas, letreiros rasgados, mas nada de mais. Nós mal sentimos devido a proteção das construções, e uns 20 minutos depois estávamos na estrada novamente, só com uma chuvinha mansa e bem-vinda.
E a viagem seguiu tranquila até em casa.
Só pra não dizer que deu tudo certo, ao aportarmos em casa e colocarmos o trailer no lugar, tive o azar ou a sorte de quebrar a argola de um dos macacos de nivelamento:
Não sei porque esses macacos frontais são tão mais frágeis que os traseiros. Fazia tempos que essa argola estava dando sinais de que ia quebrar… notem como era fina a argola. Essa era a da direita… a da esquerda era levemente melhor, mas não muito.
Olhem a diferença entre os da frente e os de trás:
Foi sorte porque isso ocorreu logo em casa, onde era fácil de resolver. Na mesma semana já providenciamos o conserto, seguindo uma boa dica do meu pai de utilizar uma manilha como base.
Aqui antes da pintura:
Aproveitei e já troquei os dois lados, cortando o que estava inteiro ainda e fazendo o mesmo processo.
E é isso… assim fechou essa nossa viagem, que na verdade foram várias.
Grande abraço e bom final de ano a todos.
Um forte abraço Gustavo! Desculpe mas não consegui retornar a tempo de colocarmos o adesivo do Campistas.net no meu furgão Ducato…
Buenas Arisi!
Pois é, que pena que não deu para nos encontrarmos de novo lá.
Chegasses a voltar lá depois? Acho que tinhas deixado algo montado, né?