Seguindo o drama então, saímos da Praia da Ribanceira, seguimos um pouco pela beira da praia com as dunas de Imbituba na nossa esquerda até achar um local pra fazer uma ré meio apertada para o retorno (o Balão tá ficando acostumado a entrar em lugares estranhos ), e nos fomos em direção ao Camping do Rosa, situado no lado oposto da lagoa de Ibiraquera relativo a onde estavamos.
Para chegar lá, pegamos novamente a BR-101 e então entramos pelo acesso tradicional de Garopaba. Eu sequer reconheci aquela entrada de tanto tempo que eu não passava por lá e tão diferente que ela estava… e viva o GPS!
No meio do caminho, dobramos a direita em direção ao tal camping. Quase noite já… rua apertada, mal sinalizada, muito movimento… e quebra molas… quebra molas… quebra molas… quebra molas… opa, não vi… BAM! Quebrou um dos parafusos e caiu um lado de um dos suportes que seguram as caixas. Droga… okay. Calma, dá uma olhada… tudo bem, deixa ela pendurada um pouco que já estamos chegando. Ainda tem três, então a caixa está segura de momento… depois se arruma.
Pouco depois, entramos a esquerda em direção ao camping… andamos uns 100 metros e… não acredito! De novo é impossível entrar no camping, com um portão pequeno e uma área pequena. Dessa vez até dei uma tentada, mas seria muito apertado e já estávamos cansados. A probabilidade de fazer bobagem era alta.
Entrada do camping:
Bom, lição clara e importante da viagem: o pessoal que atende o telefone nos campings não faz idéia se veículos maiores conseguem ou não conseguem entrar no camping.
Dito isso, o pessoal desse camping foi de uma simpatia inacreditável. Um dos hóspedes estava deitado na terra embaixo do trailer tentando arrumar o suporte da caixa antes que eu tentasse dizer que não havia problema. Um dos administradores do camping, que não foi quem atendeu o telefone, também estava na volta tentando ajudar de forma muito camarada. Fiquei com uma ótima impressão, embora não tenhamos conseguido ficar lá.
BOM, TUDO BEM NÉ! Vamos pro plano D!
Antes de chegarmos lá, enquanto passávamos em direção ao camping, eu já meio que esperava o pior dado o naipe das redondezas e nossa experiência no camping anterior, e já estava de olho em um lugar alternativo, pois a noite já chegava e tava todo mundo cansado, principalmente nosso pequeno. Uma das pousadas me chamou a atenção… tinha um pátio bonito, e era ampla o suficiente para nos servir de estacionamento confortavelmente. Voltamos cerca de 700m e paramos para conversar.
O dono estava lá, e nos atendeu também de forma muito amistosa. Expliquei que precisávamos de um local para parar, e que entendiamos que não era o típico do local mas que não incomodaríamos ninguém. Daí pra frente a conversa foi literalmente assim:
– … mas nós não temos ponto de água aqui.
– Não precisamos de água.
– … mas não temos ponto de eletricidade.
– Não precisamos de eletricidade.
– … também não temos chuveiro quente ou banheiros.
– Não precisamos!
– … bom… então tudo bem.
Ufa…
E assim ficamos hospedados no jardim da Pousada Rosa Flat, que parece um local bem agradável, mas que infelizmente não aceita esse tipo de hospedagem regularmente, funcionando mesmo como pousada.
Foto do dia seguinte para dar uma idéia do local:
Logo depois de nos acomodarmos, resolvi antecipar a ligação que já estava planejando para o @Dardo, mas ao invés de somente um convite se tornou um pedido de ajuda para pedir uma indicação de onde conseguir uma barra rosqueada nova para o suporte da caixa que havia quebrado, quando chegássemos em Curitiba.
Foto tirada naquele dia de um exemplar inteiro:
… e do pobrecito decaptado:
Conversando com o Dardo por telefone, que por sorte estava pelas redondezas de Curitiba, marcamos o encontro e ele como sempre ofereceu não só a ajuda como o coração inteiro em prol da causa. Sem palavras! Oficializou o posto dele de padrinho do Balão.
Depois de nos estabelecermos, conseguimos conversar com nossos amigos que estavam hospedados bem pertinho na beira da lagoa de Ibiraquera e jantamos juntos. Depois voltamos para dormir aquele sonho dos anjos… ou das pedras, dependendo da perspectiva.
Na continuação, o dia seguinte…