Continuando…
9º dia (05/07/2018) – Passeio pelo centro de Mendoza
Depois do cansativo dia anterior, aproveitamos a manhã para descansar e dormimos até mais tarde. Saímos para almoçar no La Florência, indicação do Lalo. Restaurante bem bacana no centro da cidade que vale a pena conhecer.
Como chegar na Estancia La Florencia
Depois do almoço, estacionamos o carro e fomos caminhar a pé pelo centro. Aproveitamos para passar em frente ao Hotel Mendoza para mostrá-lo às crianças. Foi neste hotel onde ficamos hospedados na nossa lua de mel em julho de 2008. Na sequência, passamos pela Plaza Independencia, onde aproveitamos para brincar um pouco com as crianças.
Depois da caminhada, achamos um Carrefour para fazer as compras necessárias para abastecer a despensa do trailer e voltamos para o camping. Clima muito agradável para um bom vinho. Dia tranquilo, para descanso.
10º dia - (06/07/2018) – Conhecendo o Aquário Municipal, o Serpentário e Área Fundacional de Mendoza
Dia de passear com as crianças. Resolvemos conhecer o Aquário Municipal de Mendoza. Não é um local muito grande, mas é bem cuidado e tem boa variedade de peixes e alguns répteis. Logo em frente ao aquário se localiza o serpentário. Neste local existe uma variedade imensa de cobras do mundo todo reunidas, desde inofensivas até as mais venenosas. Vale a pena conhecer.
Faxada do Aquário de Mendoza
Aquário de Mendoza
Tartaruga Jorge - Mais de 90 anos de idade
Perto do aquário e serpentário se encontra o Museu da Área Fundacional de Mendoza, local onde a cidade se iniciou. Aproveitamos para passar um pouco de cultura para as crianças, pois no museu existem peças anteriores e posteriores à colonização espanhola.
Fachada do Museu da Área Fundacional de Mendoza
Em volta da praça onde se localiza o museu existem as ruínas da Igreja de São Francisco, praticamente destruída com o terremoto ocorrido em 1861.
Ruínas da Igreja Jesuítica de São Francisco
Voltamos para o trailer por volta de 15h para assistir a malfadada Seleção Brasileira ser derrotada pela Bélgica nas quartas de final da Copa do Mundo. Por que perdemos tempo assistindo isso? Eis a pergunta… Dane-se a Seleção… Tomamos uma boa garrafa de vinho para comemorar a vitória da Bélgica.
Roteiro do 10º dia
11º dia (07/07/2018) – Passeio por Tupungato e El Manzano Histórico
O passeio deste dia foi baseado na sugestão do amigo Dardo! Saímos por volta de 9h em direção ao sul de Mendoza, rumo a Tupungato, cidadezinha muito agradável e terra das frutas secas e castanhas. Imperdível para quem deseja conhecer a região de Mendoza! As crianças ainda dormiam quando saímos. No caminho para Tupungato, passamos na porta da vinícola Susana Balbo, produtora de um dos vinhos que realmente apreciamos. Queríamos conhecer a vinícola, mas a decepção foi grande, pois não nos receberam. Não tínhamos agendado a visita e por este motivo não conseguimos entrar. Pelo caminho até Tupungato se passa por vários vinhedos. É a região de Mendoza onde se concentram a maioria deles. Já em Tupungato, paramos numa loja de frutas secas e castanhas. Nos esbaldamos com tanta variedade e fizemos a festa naquela loja, com tantos produtos baratos (pelo menos para nós brasileiros, que pagamos preço de ouro por este tipo de produto). Destaque para as nozes e peras desidratadas.
Saindo de Tupungato em direção a El Manzano Historico, um controle policial da Gendarmeria Nacional Argentina parecia coisa de filme. Uns vinte militares no meio da pista, vistoriavam todos os carros que passavam. Poucos quilômetros antes, sem saber do controle policial, eu havia fixado a câmera GoPro no capô do carro para filmar a Cordilheira que se abria à nossa frente. Isso quase me deu problema com os oficiais, que questionaram se eu os filmava. No fim, tudo deu certo e seguimos até El Manzano Histórico. No caminho ainda encontramos uma espécie de oratório a São Expedito e à Defunta Correa. Interessante local, que caracteriza bem a fé dos argentinos, que em geral são muito católicos.
A Defunta Correa é uma figura religiosa na Argentina que atrai centenas de milhares de devotos, pela sua história trágica e alegados milagres. O seu culto não é reconhecido pea Igreja Católica, como tal não é considerada como santa, nem a sua existência real está devidamente documentada. Segundo a lenda, María Antonia Deolinda Correa era uma jovem mulher na década de 1840 que decidiu seguir o seu marido quando este foi recrutado para combater na guerra civil. Levando um bebé recém-nascido nos braços, Deolinda Correa seguiu o progresso do exército argentino durante algum tempo. Quando atravessou a zona desértica em torno da província de San Juan, os mantimentos e água que levava acabaram e acabou por morrer de sede e exaustão. Algum tempo depois o seu corpo foi encontrado e, para espanto dos viajantes, o bebé estava ainda vivo, supostamente graças ao leite que o corpo da sua mãe continuou a produzir, mesmo depois da morte. O evento foi considerado como milagre divino e o local foi assinalado com um pequeno altar (Fonte: Wikipédia).
Cruzando a Argentina de norte a sul é possível ver frequentemente às margens da rodovia uma pequena capela, com adereços vermelhos e muitas garrafas de água acumuladas, como uma espécie de oferenda à Defunta Correa.
Às margens da Ruta 7, apontado para a Cordilheira
Caminho para Tupungato
Caminho para Tupungato
Caminho para Tupungato
Caminho para Tupungato
Ofertório a Santo Expedito e à Defunta Correa
Homenagem à Defunta Correa
Vinhedo no caminho a Tupungato
El Manzano Historico
El Manzano Historico
O vilarejo de El Manzano Historico é habitado por incríveis 26 pessoas! Uma metrópole! ! É famoso por crerem que embaixo de uma macieira daquele local, o General José Francisco de San Martin y Matorras (1778-1850), militar responsável pelas campanhas revolucionárias de independência da Argentina, Chile e Peru, e alguns soldados passaram a noite quando regressaram da campanha do Chile, pois naquela latitude se encontra um dos passos de ligação entre a Argentina e o Chile.
Em El Manzano Histórico havia nevado um pouco durante a noite e haviam resquícios de neve ainda. As crianças se maravilharam, apesar do gelo estar em pequenas porções. Existe um belo monumento a San Martin numa colina, chamado “El Retorno a La Patria”, o qual fizemos questão de apreciar. Ao pé do monumento existe um centro de apoio ao turista com informações sobre aquele histórico local. Saindo de El Manzano Histórico em direção à Cordilheira existe uma estrada de rípio entre as montanhas. Percorremos 11 km nesta estrada, em direção ao Chile. É uma estrada de travessia, mas fomos somente até ali e retornamos a Manzano. Para tirar fotos naquele local, não é necessário curso de fotografia. Basta apenas mirar e tirar a foto! Impossível a foto não prestar!
Monumento El Retorno a La Patria, dedicado a San Martin
Monumento El Retorno a La Patria, José de San Martin e seu amigo, Coronel Manuel Olazábal
Adentrando a Cordilheira pela Ruta 94
Macieira que simboliza o local onde San Martin repousou, em 1823, quando retornou do Chile
Para não voltarmos a Mendoza pelo mesmo caminho, preferimos passar por Tunuyán pela Ruta 40. Belíssimas paisagens. Na entrada sul de Mendoza, passamos no Shopping Palmares para almoçarmos (na verdade, comermos sanduíche) e fazermos algumas compras no supermercado. Chegamos ao camping já era início da noite.
Roteiro do 11º dia
12º dia (08/07/2018) – Passeio em Uspallata
Não é tão comum nevar em Mendoza, apesar de acontecer geralmente uns dois dias por ano. Mas na nossa estada por lá não tivemos esta sorte. Assim, tivemos que seguir rumo à Uspallata, subindo a Cordilheira, para que pudéssemos ver definitivamente a neve! Dia muito especial, porque posso afirmar que a viagem inteira poderia se resumir exclusivamente a este dia! Seria o ápice da viagem, pois a intenção era apresentar a neve para as crianças, que ainda não tinham tido esta experiência vivendo no sol de rachar do Centro-Oeste brasileiro.
Para chegar a Uspallata, por indicação do Lalo, fizemos o caminho por Cacheuta e Potrerillos. Segundo ele, a paisagem seria mais bela por ali. E realmente, apreciamos realmente o caminho. Para quem não conhece ainda Mendoza, aqui cabe um comentário interessante… a cidade de Mendoza está localizada numa região que pode ser considerada desértica. Chove muito pouco durante o ano e toda a água utilizada na cidade é proveniente do degelo dos Andes. Esta água de degelo escorre da Cordilheira por pequenos riachos e um deles é represado em Potrerillos, uma pequena cidade com 2 mil habitantes às margens de um reservatório gigante, com 1.500 hectares de espelho d’água que abastece toda a região de Mendoza. De acordo com o dia da semana, a água é direcionada a diferentes regiões da cidade através de canais que conduzem a água, geralmente margeando as ruas e estradas e abastecem as fazendas e vinícolas, para irrigação dos vinhedos. Existem pessoas responsáveis por monitorar esse caminho da água e direcioná-la às propriedades que irão consumí-la. São os comporteiros. A logística deste processo é muito interessante!
O caminho até Uspallata é maravilhoso, numa espécie de fenda no meio da Cordilheira, com as montanhas nos acompanhando do lado esquerdo e direito do carro, além de um belo riacho de água cristalina correndo entre pedras. Chegamos em Uspallata por volta de 13h e fomos direto até uma loja para alugarmos roupas para neve e botas. Nessas lojas é possível alugar todos os acessórios para um passeio na neve, como jaquetas, calças, botas, luvas, trenós, esquis, e até correntes para os pneus do carro, obrigatórias nesta época para cruzar a Cordilheira. Como era um domingo, haviam muitos carros subindo as montanhas para, igualmente como nós, se divertirem na neve. O dia tinha amanhecido bem nublado e tínhamos receio de que não desse para aproveitá-lo bem, mas ao chegarmos em Uspallata o céu se abriu e ficou exuberantemente azul! O contraste com a neve branca nos deixou maravilhados. É de uma beleza ímpar!
Próximo a Potrerillos
Às margens da represa de Potrerillos
Ruta Nacional nº 07 - Em direção à Uspallata
Cordilheira exuberante ao fundo
Adentrando a Cordilheira
Los Penitentes
Estação de esqui de Los Penitentes
Ruínas do hotel em Puente del Inca
Entrada para o Parque Provincial do Aconcágua
Ruta Nacional nº 07
Na altura de Los Penitentes, que é uma estação de esqui bem procurada daquela região, aproximadamente 10km antes da entrada para o Serro Aconcágua e 27km da fronteira com o Chile, em Paso Internacional Los Libertadores, paramos o carro às margens da rodovia, como todo mundo estava fazendo. Na verdade, foi difícil encontrarmos uma vaga para estacionarmos, pois eram muitos carros parados. E por ali todo mundo sobe as montanhas para se divertir, seja com trenós, esquis, ou mesmo para construir um belo boneco de neve. Observamos que o fluxo de caminhões brasileiros naquela rodovia era intenso, já que é a ligação mais comum para o Chile. Nos esbaldamos com as crianças e brincamos muito na neve com eles. De boneco de neve a trenó, fizemos de tudo um pouco. Foi realmente muito divertido! As crianças estavam exaustas, mas não queriam ir embora. Por volta de 16h já escurecia, porque a Cordilheira forma um paredão imenso que literalmente cobre o sol. O frio também começa a aumentar com a ida do sol. Pegamos o carro e rodamos até a entrada do Parque do Aconcágua para o avistarmos, mesmo que de longe. O Aconcágua fica a 25 km da rodovia, mas é possível ver o seu cume, ao fundo das montanhas. Próximo dali, passamos em frente à Puente Del Inca, onde uma avalanche em 1965 arrastou do mapa um hotel que havia no local, permanecendo de pé apenas uma pequena igreja que existia no local. A noite chegou rápido e assim, por volta das 18:30h iniciamos a descida de retorno para Uspallata, já que precisávamos devolver os equipamentos alugados. O congestionamento no retorno era imenso. Num trecho de aproximadamente 60 km até Uspallata gastamos em torno de 2,5 horas. Fila enorme de caminhões e carros, mas tudo congestionado em virtude da fiscalização da aduana argentina nos caminhões que desciam a Cordilheira no sentido Chile-Argentina, já que o pátio para estacionamento deles não comportava tantos veículos. Foi cansativo este retorno. Às 21h chegamos na loja em Uspallata, já no horário limite para devolvermos os equipamentos. No retorno para Mendoza, as crianças literalmente desmaiaram no carro, de tão cansadas que estavam. Chegamos no camping às 23h, cansados demais, mas muito satisfeitos e gratos pelo belo dia aproveitado.
Roteiro do 12º dia
13º dia (09/07/2018) – Passeio numa olivícola
Acordamos um pouco mais tarde neste dia para compensar o intenso dia anterior. Era feriado em Mendoza, em razão do Dia da Independência da Argentina. Por volta de 13h saímos do camping para almoçar no restaurante El Assadito, também recomendação do Lalo. Restaurante muito procurado e bem lotado, em razão do feriado. Foi necessário esperar em fila para entrar. Comida deliciosa, com preço justo. Dali, seguimos para a Olivícola Maguay para apresentarmos para as crianças como é produzido o azeite de oliva e as azeitonas que tanto gostamos. O local dispõe de um tour guiado, desde a plantação até a fábrica de classificação das azeitonas. Infelizmente não era época de colheita e o local também não processa as azeitonas para extração do azeite. A maioria das olivícolas por ali, por serem pequenas, terceirizam geralmente a prensagem das azeitonas/extração do azeite a prestadores de serviços, que possuem equipamentos volantes que vão de propriedade em propriedade fazendo este serviço. Em razão do alto custo dos equipamentos utilizados na extração, os produtores de azeitona preferem se dedicar ao plantio e classificação das mesmas, e terceirizar a extração, evitando assim imobilizar muito capital, já que a produção é sazonal. Apresentamos a bela plantação de oliveiras às crianças e a fábrica onde são classificadas as azeitonas. Depois fizemos uma degustação de diferentes tipos de azeites e azeitonas e aproveitamos para adquirir alguns na lojinha da empresa.
Uma oliveira
Saindo da olivícola, resolvemos conhecer a fábrica de chocolates La Cabaña, localizada no centro de Mendoza, mas em função do feriado não estava produzindo e preferimos visitá-la em outro dia. Mas foi possível passearmos na loja e comprarmos alguns chocolates. Nada de magnífico, mas achávamos que seria um local interessante para as crianças conhecerem.
No retorno para o camping, resolvemos parar num supermercado Walmart para umas compras. Nunca havia vivido uma experiência tão horrível num supermercado… a fila para o caixa era interminável, mas como nosso estoque de leite já tinha se esgotado e nossas crianças são movidas a leite, tivemos que encarar aquela situação ridícula de ter que esperar literalmente 1 hora na fila! Para nunca mais! Por volta de 20:30h chegamos ao camping e a Gabi nos preparou uma bela sopa, que acompanhada de um bom vinho, compensou a raiva que passamos com o supermercado!
14º dia (10/07/2018) – Passeio em vinícola e numa fábrica de chocolates
Carroça centenária - Museu do Vinho - Bodega La Rural
Vinhedo na Bodega La Rural
Peça do Museu do Vinho - Bodega La Rural
Peça do Museu do Vinho - Fabricada em couro para macerar a uva com os pés - Mais de 400 anos
Dia reservado para levarmos as crianças para conhecer uma vinícola. Apesar de serem menores, os pais adoram vinhos! ! Optamos por levá-los na Vinícola La Rural (http://bodegalarural.com.ar), fabricante dos vinhos Trumpeter, San Felipe e Rutini… Já havíamos estado ali em 2008 e gostamos muito. Além de uma ótima vinícola, funciona como museu do vinho e é um dos maiores acervos deste tipo na Argentina. Possui mais de 4,5 mil itens. Realmente muito completo. Eles oferecem um tour guiado nas instalações da vinícola, que vai desde o parreiral até a fábrica de vinhos. Depois é possível percorrer todas as instalações do museu, apreciando os diversos itens expostos. Existem peças com mais de 400 anos. Muita história ali reunida. As crianças apreciaram bastante. Degustamos alguns vinhos fabricados pela vinícola e aproveitamos para comprar algumas garrafas.
Da vinícola, voltamos à fábrica de chocolates La Cabaña para conhecermos o processo. Desta vez a fábrica estava funcionando. As crianças gostaram bastante da experiência. O interessante é que a maioria do chocolate utilizado na fábrica é proveniente do Brasil.
Dali, passamos numa casa de câmbio no centro da cidade para comprarmos alguns pesos e depois fomos ao Shopping Mendoza, localizado na zona leste da cidade, para comermos alguma coisa e conhecermos o local. Passeamos um pouco pelo shopping (algo que realmente não me dá muito prazer) e por volta das 21h retornamos ao camping.
Mapa da Bodega La Rural
15º dia (11/07/2018) – Passeio em Villavicencio
Este dia foi dedicado a conhecer a Reserva Natural Villavicencio. Mais uma bela dica do Dardo!
Saímos do camping por volta de 9h, sentido norte da cidade de Mendoza. A estrada até Villavicencio é muito reta e plana. Chega a ser monótona. É um trecho de 60km. A reserva natural possui cerca de 62 mil hectares e foi criada no ano 2000, após a empresa francesa Danone comprar aquelas terras juntamente com a mina d’água que fornece a água mineral Villavicencio, a mais famosa da Argentina, engarrafada pela empresa. A reserva tem uma vegetação bem interessante, tipo a nossa caatinga no Brasil. O solo parece ser muito fraco, com muitas pedras. Lembra bem um deserto. A vegetação é bem baixa. Dentro da reserva encontra-se o Gran Hotel Villavicencio, construído nos idos de 1940 e que funcionou até 1979, logo após a Copa do Mundo de 1978 que aconteceu na Argentina. Já próximo ao Hotel Villavicencio começaram a aparecer as curvas da subida das montanhas. O hotel se encontra a 1.750 metros do nível do mar. Bem na sua entrada estava estacionado um caminhão de expedição (http://www.andestruck.com.ar), responsável por passeios que sobem as montanhas a partir dali, com opção de chegar até o primeiro mirante do vale (12 km), ou continuar até Uspallata pela Ruta 52, nos famosos Caracoles de Villavicencio, com 365 curvas. Contratamos o passeio curto. A grande sensação para as crianças era andar naquele caminhão brutamontes! É uma estrada de rípio, muito sinuosa e íngreme. Olhando para baixo, um despenhadeiro assustador. Com sorte é possível avistar bandos de guanacos e até mesmo condores, mas fomos premiados apenas com os primeiros. Entre a saída do hotel e o retorno, o passeio dura em média 1 hora e meia. As crianças se divertiram muito, apesar de terem sentido um pouco de náuseas em razão da altitude e das curvas. Lá de cima a vista é formidável! Impossível as fotos ficarem feias! No retorno, fomos visitar o pátio externo do hotel. Infelizmente o interior das instalações não estava aberto à visitação já que, em razão de o local ter ficado abandonado por alguns anos, o hotel foi depredado e muita coisa foi saqueada. Até mesmo os patamares de madeira das escadas foram levados pelos vândalos! Inacreditável!
A Termas de Villavicencio era um empreendimento anterior ao hotel e foi iniciada em 1923 por Ángel Velez, um fazendeiro da região, e objetivava engarrafar aquela água mineral, antigamente tratada como medicinal. Após a compra das terras da reserva e a mina d’água pela Danone no ano 2000, todo o encanamento que trazia a água das montanhas e que era inicialmente de ferro fundido foi substituído por canos de inox e lançados a mais de 30km para fora da reserva natural, onde se localiza a planta engarrafadora de água da empresa. A água, ao sair da mina, é quente como as águas de Caldas Novas-GO, mas perde o calor no seu percurso até a planta onde é engarrafada.
Retornamos no final do dia, ainda claro. É um dos passeios que valem a pena em Mendoza! Passamos num supermercado para comprarmos carne para churrasco, já que o Heitor me pedia há uma semana para fazer um churrasquinho pra ele, e eu, sem coragem em razão do frio, procrastinava dia a dia! Deu trabalho para encontrar carvão, pois os argentinos têm costume de utilizar lenha para preparar churrascos, mas como minha churrasqueira era mini em tamanho, com lenha não daria certo. Depois de passar em uns 3 supermercados, encontrei o danado do carvão. Neste dia, o termômetro do trailer se aproximou de 0⁰C, mas tive que encarar a churrasqueira do lado de fora. E foi um desafio acender o fogo naquele frio. Parece que até o fogo estava com preguiça de aparecer! No fim, tudo deu certo… a Gabi e as crianças ficaram dentro do trailer e eu congelando do lado externo, assando a carne. E modéstia a parte, ficou muito bom! A carne argentina é tão boa que nem precisa ser especialista para que o churrasco fique excelente! E com isso, duas garrafas de vinho se foram…
Entrada da Reserva Natural Villavicencio
Caminhão de expedição
Vista do Primeiro Mirante - Ruta 52
Vista do Primeiro Mirante - Ruta 52
Gran Hotel Villavicencio
Gran Hotel Villavicencio
Churrasco a 0ºC!
Termômetro… pra não me deixar mentir
Roteiro do 15º dia
16º dia (12/07/2018) – Preparando as coisas para iniciar o retorno
Começamos a preparar as coisas para iniciarmos a viagem de retorno. Eram muitas as coisas para organizar, tanto dentro quanto fora do trailer. Como tinha garoado alguns dias enquanto estávamos acampados, tive que limpar muitas coisas na parte externa antes de guardá-las, como o carpete, cadeiras e mangueiras. Almoçamos por ali no trailer mesmo e no meio da tarde saímos para passear no Parque General San Martin. O parque é muito amplo e vale a pena conhecer. Muito bonito. Como o sol havia aparecido naquele dia, depois de vários dias nublados, muita gente da cidade estava passeando por lá. As pessoas levam suas cadeiras, mesas, se reúnem por lá, fazem pic-nic, brincam de bola. Achei interessante, pois utilizam bem o parque.
Do parque fomos caminhar no centro da cidade, em busca de lembrancinhas para presentear familiares e amigos. Sentamos numa pizzaria na Peatonal Sarmiento para comermos uma pizza. Dali, por volta de 21h retornamos ao camping e nos dedicamos a terminar de arrumar as coisas, porque sairíamos cedo no próximo dia.
Rua interna do Parque San Martin
Continua em breve…