Primeira viagem do novo Guanaquito

Continuando…
Deixamos o Guanaquito descansando no Camping, e fomos passear pelas redondezas; as cidadezinhas em volta, assim como Potrero de los Funes, são duma tranquilidade bucólica, sem presa para nada, com ótimos restaurantes, padarias com media lunas fabulosas, Malbecs excelentes e baratos, sem poluição nem ambiental nem sonora…um lugar para descansar e passear até não poder mais…claro que estamos fora de temporada, e isto ajuda muito, ao não ter muitos turistas perambulando por ali (assim como nós, por exemplo! :smile:)…e por falar em perambular, cada vez que saíamos a rodar pela região, nossa partida e chegada era pelo circuito de corrida, e juro que dava uma vontade de acelerar…bem, teve uma vez que baixando tempos, passei por cima duma zebra de maneira um pouco áspera, e o sistema de controle de estabilidade da Frontier me avisou, de maneira gentil, que o Vettel não quer novos adversários…sosseguei…:smile:
Fomos para La Punta, uma cidadezinha próxima, que desde Potrero, você chega nela por um caminho de altas serras, de pouca distancia a percorrer, mas muito linda a estradinha; lá, em La Punta, tem uma réplica em escala de 1para1 do primeiro palácio de governo quando da independência da Argentina, lá pelos idos de 1.810, com manequins de tamanho normal dos ilustres da época, assim como de soldados, gauchos e demais povoadores da época, que dá um ar surrealista ao lugar; já que estávamos por lá, fomos degustar num restaurante da cidadezinha um excelente churrasco, pois ao final, ninguém é de ferro, a excepção talvez do Tony Stark, claro.
Também fomos para a Capital, a cidade de San Luis, que fica pertinho, embora achamos muito mais lindas as cidadezinhas em torno de Potrero, como El Volcán, Trapiche e La Punta, dentre outras.
Percursos:

E assim, passeando e curtindo as belezas da natureza em redor, ficamos 4 dias em vez de só dois, até o momento de partir novamente, mas isso é motivo do próximo relato.

Fotos:

Ruta del Mirador.

Após a serra, a cidade de La Punta.

Antepassado do Guanaquito, no Cabildo de La Punta.

Voltando de La Punta para Potrero de los Funes.

Trailer como posto policial em Potrero…um pouco diferente do Guanaquito…:scream:

Caminho a El Volcán.

Frontier pronta para os treinos de classificação

Trapiche.

Caminho para La Florida.

Cores do outono em Trapiche.

Entardecer perto de Potrero.

Anoitecendo no Camping de Potrero.

Continua…

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Puxa vida @Dardo, acabo de entrar aqui no Campistas.net, por culpa da curiosidade em ver a quantas andava a construção do Cavinete do @edintruder e olha só o que “descubro”… Não só fez um “upgrade” do Guanaquito como já foi estrear o baita nos estrangeiros…
Realmente, estou desatualizado HAHA…

Meus sinceros parabéns, espero que eu consiga ter essa mesma disposição para encarar as estradas e conhecer belos lugares…

Forte abraço de Curitiba. P.s. Hoje continua fazendo frio por aqui…

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Buenas GIN!
Prazer de encontrar você por aqui e obrigado pelos bons desejos! Sim, o novo Guanaquito já está na estrada, para contar a quê veio, e ver se é tão bom quanto o seu saudoso antecessor; por estas bandas, tivemos duas semanas de sol e céu azul, e hoje está nublado, com 12 de máxima e 6 de mínima, mas sábado já teremos melhorias de novo.
Grande abraço GIN!

Dardo.

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Continuando…
Deixamos o Camping cedo, parando por alguns instantes na frente do pequeno lago e perto do maior Hotel de Potrero de los Funes para algumas fotos, e fizemos o mesmo um pouco para frente, na entrada (e saída) da cidadezinha, para mais algumas fotos do lugar, que repetindo o anteriormente dito, achamos muito tranquilo e bonito.
Tomamos a Ruta 7 que nos levaria para Mendoza, e que é duplicada, tanto em San Luis como em Mendoza, chegando pouco antes da metade do nosso percurso, na fronteira de ambas províncias, na cidadezinha de Desaguadero onde encontramos uma barreira zoo-fitossanitária, onde verificaram se não estávamos trazendo para Mendoza frutas e verduras não admitidas nesta província.
Aqui a ubicação das barreiras ao ingressar em Mendoza:
http://www.iscamen.com.ar/?page_id=162
E aqui o que não é permitido:
http://www.iscamen.com.ar/?page_id=213

Bem, continuamos caminho após a passagem debaixo dum arco em estilo colonial que separa San Luis de Mendoza, e sim, estamos na terra do Malbec!
Esta estrada, a Ruta 7, que vai de Buenos Aires até a divisa com Chile, embora desértica, ao ser duplicada permite um excelente rodar ao comboio, e poucos quilômetros mais para frente, paramos para almoçar de lado da estrada, com total tranquilidade, continuando logo depois para o Aero Club de San Martín onde solicitamos respeitosamente o pernoite, e prévia ligação para o Presidente do Club e conferência da minha carteira de Piloto, fomos gentilmente autorizados para ficar até o dia seguinte; poderíamos ter ido direto para o Camping de Mendoza, más o tempo agora é outro e fomos devagar a 80 km/h, parando com muito tempo para descansar e alguma que outra foto, claro.

O percurso:

Fotos:

Preparando para partir.

Saindo do Camping Complejo del Lago

Potrero de los Funes.

Buscando os tempos da volta com o Guanaquito no nosso vácuo.

Chegando na chicane.

O Condor na entrada de Potrero de los Funes.

Saindo de Potrero.

Chegando na Província de Mendoza, a terra do sol e do bom vinho!

A Ruta 7 em Mendoza.

Local do pernoite.

Hangar do Aero Club, com um Citroen antigo usado para rebocar os planadores até a pista.

Continua…

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Dardo, estou acompanhando toda sua viagem aqui, isso sim é o máximo, da aquela inveja boa, parabéns pela grande casa nova, deve ser um espetáculo estar dentro de um turiscar novo, estive dentro de um na expomotor home, achei muito luxo, não perde para os trailer europeus, boa viagem, forte abraço.

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Obrigado Eduardo! Continuando…
A última etapa da nossa viagem para Mendoza começou não muito cedo, porém muito animada, pois até que enfim chegaríamos no lugar escolhido para ficar várias semanas, e aguardar que o inverno fosse se esvaindo aos poucos, assim como as horas do dia, que jornada a jornada, iam ficando mais curtas, como arauto impiedoso de um frio que se insinuava ténue, porém inexorável.
Com o motor da Frontier sussurrando vai saber que cancões de bielas e válvulas a um virabrequim enlouquecido de amores não correspondidos, com pistões uivantes que gritavam seu surdo esforço no suave deslizar pelo asfalto…hmmm…acho que acordei romântico hoje…bom, vou cortar esta parte.

Na estrada, como já mencionei, duplicada, circulávamos pela direita, lugar destinado aos veículos mais lentos, mantendo nossos 82 km/h (GPS), e por vezes, éramos ultrapassados por camiões pesados nos seus 100 ou 110 km/h, que deslocavam uma massa de ar considerável, e a cada ultrapassagem destes brutamontes, comprovávamos a excelência da estabilidade do chassis e suspensão AL-KO, e também, do bom desenho aerodinâmico do Guanaquito que se mantinha muito bem aprumado na estrada e firme, sem tomar conhecimento das ondas de ar que o atingiam.
De repente, vimos uma muralha de pedra nevada no horizonte…sim, era a Cordilheira dos Andes!
Foi uma visão maravilhosa, e que logicamente nos obrigou a parar no acostamento para admirar esta maravilha…bom, nos prometemos ir assim que puder a visitar esta montanha tao especial e tao linda…e assim, em pouco tempo, estávamos passando pelo centro da cidade de Mendoza, pelas ruas que nos levaram para dentro do Parque San Martín, e pouco após sair do Parque, chegávamos no nosso destino, um Camping que já tinha visto na internet em Gramado; ao chegar, o dono do Camping nos atendeu, e nos disse que infelizmente o Camping estava fechado para manutenção, pois o sistema de aquecimento de água para as duchas estava inoperante :open_mouth:…bem, já estava
pensando em procurar outro lugar, mas então lhe perguntei se podíamos ficar mesmo assim, visto que o Guanaquito tem um excelente chuveiro, e se tivesse segurança, eletricidade e água no Camping, eu não precisaria mais nada…Ele olhou o Guanaco, olhou para nos, voltou a olhar para o Guanaco (acredito que achou que o bicho era grande o bastante para ter um banheiro) e disse que se assim fosse, então poderíamos entrar, coisa que fizemos de imediato, antes que ele se arrependesse! :smile:
O Camping é de tamanho mediano, com muitas árvores e piscina, o que deve ser uma delicia no verão, mas agora o indicado seria ficar o mais possível ao sol, coisa que foi facilmente providenciada, já que eramos os únicos no Camping todo, e ficamos numa pequena clareira, ladeados de duas imponentes palmeiras e do lado de um pequeno bosque de oliveiras.
Bem, estamos instalados num bairro de um município que fica pertinho e ao oeste de Mendoza Capital, do lado da pre-cordilheira, o que é muito bem situado para deslocar-se em volta da cidade e as principais saídas para a Cordilheira dos Andes; a segurança do Camping é excelente também, com o portão fechado com cadeado dia e noite e todo o perímetro cercado, com o dono e sua família vivendo no local, o que nos dá uma ótima tranquilidade na hora de sair e deixar o Guanaquito sozinho até o nosso retorno.

Pensamos ficar aqui então, até o fim do inverno, em vista da temperatura agradável quando comparada com a da Patagonia, e também pelas paisagens espetaculares da montanha próxima, e claro, pelo fato não menor de Mendoza ter só…1.200 vitivinícolas para conhecer! :open_mouth::heart_eyes:

Ou seja que se eu visitar duas vinícolas por dia, uma de manha e outra de tarde, em só 600 dias vou visitar todas! :open_mouth:
Falando serio, as “Bodegas” conhecidas e que permitem as visitas são relativamente poucas, por volta de 30, o que mesmo assim, é impressionante, e vamos nos esforçar em conhecer todas as que pudermos, afinal, alguém tem que fazer o trabalho sujo…:astonished::grin::wine_glass::wine_glass:

Fotos:
Lembrando, se quiser ver a foto maior e com mais detalhes, é só "clicar"nela.

Na Ruta 7.

Cordilheira de los Andes à vista!

No seu local de estacionamento.

O bosque, com o Guanaquito ao fundo.

Descanso merecido…

Open the door…

Vista desde o bosque das oliveiras.

Nosso primeira refeição em Mendoza; salada, polenta (feita na panela), churrasco feito no forno do Guanaquito, e claro, um Malbec local…estão servidos?

Shine…

Do lado das palmeiras.

Continua…

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Buenas Dardo!

Que coisa incrível esse contraste da planície com aquela parede branca.

Por aqui estamos com saudades de vocês já. Ainda bem que conseguimos “viajar juntos” um pouco pelas fotos, ao menos.

Um grande abraço!

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Buenas Gustavo!
De fato, a Cordilheira é maravilhosa, especialmente quando vista de perto, e pretendo subir fotos da mesma nos meus próximos relatos; também estamos com saudades, e na volta, sem dúvida teremos muito para conversar.
Grande abraço!

Dardo.

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Mais um relato de dar “água na boca”, Dardo. Era evidente que tinha uma ótima redação, mas um veio poético?! Será influência da região? Ou de um belo Malbec? Lugar fantástico! Um abraço!

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Que bom que você gostou Miguel!
Na realidade, esse devaneio era para ser apagado do post, mas a minha guria achou que devia deixar, que deixava mais humano o relato, para não parecer o informe comercial duma palestra…e assim ficou; quanto à influencia do Malbec, juro que não tem nada a ver, e se você não acreditar, pergunta para meu amigão o elefante cor de rosa sentado do meu lado, podre de bêbado, que está entoando uma ária de de Verdi (La Traviata) em mandarim…

Abraços Miguel!

Dardo.

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Cada vez melhor!!!
E o toldo? Ainda não está fazendo falta?

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Buenas Edin!
Obrigado, e sobre o toldo, quando compramos o 6.0, achei que os toldos eram muito caros (os melhores), e que o custo-beneficio não compensava, pois comprei um gazebo, que acho mais interessante, mas não estou utilizando ele agora porque no Camping onde estamos tem diversos quiosques que servem como substitutos,
Além do mais, se você sai durante o dia para passear e deixa o Trailer sozinho, fica muito preocupado que quando você não estiver, dê um vento forte e destrua o mesmo, e que nestas latitudes, não é difícil de acontecer, não.
De todo jeito, se eu achar um dia que seria bom colocar o toldo, é só ir numa oficina ou na própria Turiscar e colocar, pois já tem a ranhura para acomodar até a barraca que fecha o toldo.
Abraços!

Dardo.

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Continuando…
Bem, chegamos no Camping, e no dia seguinte, uma rápida volta pelo mesmo para conhecer os detalhes; nos encontramos com um MH gigante montado sobre um caminhão MAN alemão, pela montadora UNICAT, famosa por criar essas “coisinhas frágeis”:smile::smile::smile:
https://www.unicat.net/en/info/EX63HDM-MANTGA6x6.php
Fiquei um tempo olhando o “grandalhão” e pensando o quê eu faria com um destes…bom, teria que me adequar as estradas por onde andaria, os preços que me custaria, e o que significaria viver nesse estilo…achei imponente, mas antes do Guanaquito ter um ataque de ciumes, cheguei à conclusão de este MH seria um tanto quanto “cheguei!” para meu jeito sossegado de ser…já considero o novo Guanaquito um pouco “estrelinha” demais para meu gosto tipo “Guasca Tricolor mais ortodoxo que Biotônico Fontoura”, tche!..:laughing:
Voltando ao MAN UNICAT, é propriedade dum francês que deixou ele aqui um par de meses enquanto ia para Paris, e voltaria algumas semanas depois para ir com ele para o centro de esqui em Valle Nevado, no Chile; claro que o felizardo, trabalha, dentre outros “bicos” :smile: como “free-lance” da National Geographic, segundo ele mesmo me contou quando retornou no Camping.

Fomos passear, na sequencia, no Parque San Martin, que fica próximo do Camping, e ficamos encantados com o tamanho do mesmo e as ruas para caminhar debaixo de arvores maravilhosas que mostravam já as cores do outono avançado.
Dias depois, fomos para a montanha, conforme prometido, e passamos um ótimo dia passeando e fotografando esta maravilha da natureza, que a cada vez que a visito, eu gosto mais e mais, tal é a grandiosidade da mesma; caminhamos, na alta montanha um pouco na neve, curtindo a mesma (mal sabia eu que ia ter neve de sobra no próprio teto do Guanaquito), e tomamos um chocolate quente no Paso do Cristo Redentor, afinal como sempre digo, ninguém é de ferro, a excepção talvez do Tony Stark.

Também aproveitamos para passar o túnel que une ambos países, Argentina e Chile, para fotos diversas, e retornamos antes da aduana chilena, que fica por volta de 3 km após a fronteira, dentro do Chile, e claro, uma visita obrigatória na região do mirante do Aconcágua, que não é fácil de ver, pois está um pouco longe, e as montanhas em volta também são muito altas, o que faz que não se destaque muito, mas não se engane; após a Cordilheira do Himalaia na Asia, este é o maior de 4 continentes, com quase 7 km de altura. (6.962 metros)

Retornamos de tardinha, após comer nosso almoço de empanadas dentro da Frontier no parque do Aconcágua, pois tinha começado um vento na alta montanha digno de filmes de alpinistas congelados nos cumes…a temperatura, que sem vento estava por volta de agradáveis 7 a 9 C, despencou para menos 10 C abaixo de zero de sensação térmica…um tanto quanto friozinho! :scream::crazy_face:

Fotos:
Lembrando, ao “clicar” na foto, pode ver ela com mais detalhes em tamanho maior.

UNICAT vizinho.

Já falei para o Guanaquito que o UNICAT é grande, mas não é dois…:smile:

Não sei não se não estava praticando “bullying” com o Corsinha…:thinking:

As ruas do Parque San Martin em Mendoza.

As cores do outono…

Pequeno lago dentro do Parque para a pratica de canoagem.

Saindo cedo em direção à montanha.

O sol da manhã na Cordillera de los Andes.

Um dos 14 pequenos tuneis que precedem ao grande túnel da divisa.

Subindo cada vez mais…

Chegando nas primeiras neves da Cordillera…

Na região do Parque do Aconcágua; essa neve na estrada, onde tem sombra, está congelada, e é muito perigosa.

Pertinho do túnel, tem este caminho que só podemos passar no verão, e leva à cume da montanha na divisa de Chile e Argentina.

O caminho que leva ao cume está fechado no inverno…nem sei porquê! :fearful::smile:

Entrada do lado argentino do túnel.

Entrada do lado chileno, após 3 km por dentro da montanha.

“Caminho com gelo…” não brinca! Sério? :scream::laughing:

Alfandega chilena; deste ponto, retornamos para Argentina.

Entrada ao Parque do Aconcágua.

Bem no fundo e ligeiramente à esquerda, o Aconcágua.

Puente del Inca; no fundo, a igrejinha que se salvou da avalanche que destruiu o hotel ao lado.

A igrejinha e as ruínas do hotel resultado da avalanche do 15 de Agosto de 1.965.

Retornando, podemos ver no lado direito o túnel da estrada, e na esquerda da foto, o antigo túnel do trem transandino.

As sombras do entardecer, deixando para trás o dia e as altas montanhas.

Continua…

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Que fotos e lugares lindos, Dardo! Vou ter que voltar mais algumas vezes para pegar todos os detalhes.

O túnel maior esse parece tão estreito… cabe dois carros ali ou é mão única? Deve dar um certo receio de andar 3km por ele. :slight_smile:

Esses motorhomes construídos sobre os MAN são muito legais mesmo. Se não me engano é 6x6 inclusive. Um vez encontramos um da Action Mobil lá no forte Santa Teresa. São todos preparados para situações mais inóspitas. Mas realmente não é pro nosso bico, Dardo! :smile:

Grande abraço, e daqui a pouco mais volto pra ver essas fotos de novo.

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Buenas Gustavo!
Realmente, o túnel é estreito e duas mãos, e quando você cruza com um caminhão no sentido contrario dentro do túnel, o mesmo fica muito estreito mesmo…imagina com o Guanaquito! :fearful::scream:
Grande abraço Gustavo!

Continuando…
Aproveitei a estada em Mendoza para fazer uma coisa que desejava realizar desde que acoplei o novo Guanaquito na Frontier, e que era levantar a traseira da mesma; acontece que dentre as camionetas que temos no Brasil, a Frontier é para mim, pelos “test drive” que fiz em todas elas, a de suspensão mais macia e de melhor estabilidade nas curvas em velocidades altas, mas, claro, te cobra um preço, e é que com mais de 500 kg na caçamba, a mesma abaixa, fazendo que o engate fique um pouco abaixo da lança do novo Turiscar, deixando a frente do Trailer mais baixa do que o ideal.
Tudo isto é, repito, uma opinião MINHA muito particular, e talvez não seja a mesma opinião de outras pessoas; más, como ninguém que discordasse comigo iria me pagar a modificação, por indicação do dono do Camping fui conversar com um cidadão que tem uma oficina de molas, e depois de conferir o trabalho dele noutros carros e acertar o preço, coloquei um par de molas a mais na suspensão traseira, o que levantou um pouco a caçamba, e deixou a mesma na altura certinha do engate do Guanaquito, com a caçamba cheia e atrelada ao engate do Turiscar.
Sai na estrada para testar a modificação, e vi que a mudança foi muito pouco perceptível, fazendo as curvas na mesma velocidade e com a mesma inclinação do que anteriormente, e sem mudanças aparentes na operação de freada, reforçando a minha impressão sobre a excelência da estabilidade da Frontier, e ainda devo ressaltar que via de regra, nunca excedo os limites de velocidade permitidos para cada estrada em particular, e muito menos rebocando ; feito isto, o próximo passo era testar a estabilidade em curvas nas estadas de chão, especialmente no difícil "rípio " (cascalho), e também o comportamento nas freadas no rípio, e a eficiência do sistema de controle de estabilidade, para ver se o mesmo não tinha sido afetado.
Então, para checar bem o sistema, fomos passear e fazer os testes na estrada de rípio dos “Caracoles” (Caracóis ou estrada de muitas curvas consecutivas) de Villavicencio, distante aproximadamente 40 km de Mendoza, onde além da paisagem maravilhosa, conseguimos comprovar os resultados obtidos no asfalto, com um comportamento exemplar da Frontier, sem mudanças perceptíveis no seu CG nem no seu comportamento dinâmico como um todo, me deixando muito satisfeito com o resultado obtido.
Obviamente, os testes foram feitos com muito cuidado nas primeiras curvas de rípio, na parte baixa da subida e com amplas áreas de escape, caso derrapasse; depois disso, foi só curtir o panorama, e aproveitamos o tempo excelente, sem vento e com um céu lindo, para fazer um piquenique na parte alta da estrada, que por sinal, era esta a antiga estrada de Mendoza para Santiago de Chile, e que hoje, como mencionei anteriormente noutro relato anterior, é um Reserva de Preservação da Flora e Fauna.
http://www.rnvillavicencio.com.ar/
Na verdade, já tinha adiantado algumas fotos e inclusive o “site” do local, porem acredito que mais algumas fotos não sejam demais, e por isso repito as mesmas com mais detalhes; neste “site”, podemos ver algo sobre a Cruz de Paramillos e sobre a passagem de Darwin lo lugar, onde foi descoberto o primeiro bosque fossilizado da America do Sul:

Fotos.

A bela estrada na montanha.

Hotel de Villavicencio.

E o quê vemos de repente na estrada? Sim, guanacos!

Curvas deliciosas na montanha!

Neve acumulada na sombra.

Mais uma da neve dos dias anteriores.

Continuamos subindo…

Dá licença, “seu” guanaco?

Raposa na estrada.

Local do almoço, muito exclusivo…só tinha nós e um guanaco por perto.

Altura do piquenique, 9.065 pés, ou aprox. 2.762 metros.

Região da Cruz de Paramillo, um dos locais mais altos de “Los Caracoles de Villavicencio”, com os Andes ao fundo.

Cruz de Paramillo.

Sim, Charles Darwin passou por aqui, atravessando a Cordilheira dos Andes quando estava no Chile.

Mirante do Aconcágua; é o pico mais alto com neve na foto, à esquerda.

Aproximando a imagem.

Iniciando o retorno.

Continua…

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Salve, Dardo! Mais uma vez, nos proporcionando um deleite no relato e nas belas imagens. Achei muito legal o piquenique nas alturas. Não vejo a hora de estar nessas bandas daí. Abraços!

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Bha show de Bola! :grinning:

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Como sempre, muito boas as fotos, Dardo!

Se for viável e quando der um tempo, nos manda uma foto do trabalho feito nas molas por favor. Tenho curiosidade sobre como funciona esse ajuste.

Essa foto do Guanaco me lembrou desse vídeo:

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Buenas Campistas!
Queiram desculpar a demora em retomar o relato, mas estava me deslocando entre outras cidades e não tinha internet rápida o suficiente para prosseguir.
Obrigado Miguel e Carlos, vou continuar logo!
Gustavo, dei muitas e boas risadas com o desenho do Guanaquito…obrigado, muito legal!
Vou ver se amanha consigo continuar, e para “atiçar as bichas”, um par de fotos de Tupungato, Prov. de Mendoza, no famoso Valle de Uco, lugar produtora de excelentes vinhos de altitude…lugar lindo demais!

“Parece que essa neve que caiu ontem está pertinho…vamos ver?”

“Estava perto mesmo! E agora, continuamos? E onde está mesmo a estrada? Mais nos próximos capítulos…”

Abraços!

Dardo.

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Continuando…
Nos dias seguintes, fomos visitar Cacheuta, uma vilinha perto de Mendoza capital, que tem uma fonte de águas termais e se encontra numa região encostada na pre-cordilheira, com caminho de asfalto até o local, espremida entre os morros.
Um par de dias depois, fomos visitar nossa primeira adega, a pequena porém excelente Bodega Lamadrid, e compramos algumas garrafas de um Malbec que é para ser bebido de joelhos! :heart_eyes: :yum:
Como não só de vinho vive o homem, visitamos o Museu de Ciências naturais de Mendoza, situado dentro do enorme Parque San Martín, que embora pequeno o museu, tem um acervo excelente de amostras arqueológicas da região.
Nesses dias, o dono do MAN Unicat chegou, e batemos um papo legal sobre andanças diversas de ambos, e ele, o dono, se dedicou a reparar o aquecedor do MH, que tinha pifado no tempo que ficou parado.
Bem, eu estava na realidade, ansioso para acampar em Villavicencio, pois lá seria um Camping agreste, sem água nem eletricidade, e seria um test de verdade para ver se o Guanaquito era auto-suficiente num lugar agreste como aquele, e dito e feito, enchemos o tanque de água, gasolina para o gerador, e lá vamos nós com o Turiscar para ver como se saia na empreitada.
A estrada, embora de asfalto, já perto de Villavicencio começa a ficar estreita, e quando outro carro aparecia no sentido contrario, diminuía ainda mais a velocidade, para ultrapassar com segurança; ainda bem que somente 2 ou 3 carros somente cruzaram conosco.
Estávamos chegando quase no destino, quando aparece na estrada quem? Sim, um bando de guanacos, que provavelmente, vieram dar as boas-vindas ao primo deles que vinha de distantes terras tropicais (ou quase isso)…:smile:
Chegamos no local de pernoite que os Guarda-Parques tao gentilmente tinham nos autorizado a ficar nos dias anteriores quando da nossa primeira visita a Villavicencio, e logo nos instalamos, para dar tempo de fazer uma caminhada pelo lugar antes do anoitecer; após a caminhada, liguei o gerador para ter energia de maneira tal de funcionar o aquecedor de passagem e recarregar as baterias, já que a geladeira tinha consumido toda a energia das baterias :frowning_face: e assim, depois de tomar banho e jantar, sai para desligar o gerador, com as baterias carregadas para ter a bomba e luzes de prontidão durante a noite, desligando a geladeira, para não drenar as baterias :unamused:, e até porque já estava bem frio para deixar a mesma funcionando.
Na hora que sai para desligar o gerador senti que estava frio lá fora, mas nada de extraordinário…mal sabia eu que aquela noite, a temperatura externa despencaria vertiginosamente, chegando a 4,4 abaixo de zero…:astonished::scream:
Na realidade, não estava prevista essa temperatura tao baixa, e que segundo os Guarda-Parques do lugar, por efeitos do vento, a sensação térmica chegou a singelos 9 graus abaixo de zero…:fearful:
Claro que tudo congelou, e a dilatação produzida pelo gelo, quebrou uma peça interna do aquecedor de passagem, e que só descobriríamos quando voltamos do nosso passeio…:confused:
Levantamos, surpresos com o frio não esperado, nos higienizamos com água de um galão que tínhamos extra para não precisar usar a bomba, ligamos o forno do fogão que aqueceu rápido o Trailer, e após o cafe da manhã, fomos passear pela estradinha cheia de curvas, levando um almoço pronto para comer na montanha
No retorno, quando fomos tomar banho, descobrimos que o aquecedor não funcionava…vou lá fora inspecionar o aquecedor, e vejo que ao ligar a bomba, o mesmo jorrava água, impedindo o funcionamento do aquecedor, e não tinha como reparar este vazamento, pois a cola que eu tinha, não suportava a pressão da bomba…:fearful: e como já era tarde, decidimos ficar por lá mesmo, embora sem banho aquela noite, e na manhã seguinte, retornamos para Mendoza, para arrumar urgente a tal peça; verdade seja dita, o aquecedor não foi culpado do problema, e sim eu, que não tomei todos os cuidados caso viesse a esfriar tanto, como de fato aconteceu.
Já em Mendoza, por indicação do dono do Camping (uma excelente pessoa, muito prestativo!), fui numa oficina onde reparam radiadores de carro, para soldar a peça de bronze danificada, o que foi feito, embora a pessoa que fez o trabalho me advertiu que talvez ficasse um puco ondulado, por efeito do calor da solda na peça, e de fato, ficou um minúsculo vazamento, que eu mesmo solucionei com solda plastica; juro que dá um trabalho e tanto retirar e colocar novamente a peça, pelo pouco espaço que se dispõe para trabalhar no aquecedor de passagem. :persevere:
Bem, mais um problema, mais um aprendizado!

Fotos:

Estrada para Cacheuta, seguindo o rio.

Bodega Lamadrid.

A cave da Bodega Lamadrid…queria fica um mês sozinho com os Malbec…

Museu de Ciências naturais e antropológicas de Mendoza.

O Unicat sendo reparado.

Aproando a montanha com o Guanaquito.

Os priminhos vindo cumprimentar o parente distante.

Chegando em Villavicencio.

No local de pernoite.

Mais uma do local de pernoite, com a montanha no reflexo da parede do Turiscar.

Um pouco fria a manhã…2.6 C dentro e -4,4 C lá fora…:open_mouth::fearful:

Subindo os Caracóis de Villavicencio.

Sua Majestade voadora, o Condor.

A rachadura na peça do aquecedor de passagem, logo abaixo do buraco.

Retornando para Mendoza.

A peça já colocada no lugar e soldada, na parte prateada, do lado da mangueira preta com detalhe vermelho da direita.

Continua…

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