Uruguai de trailer 2015-2016

Essa é uma restauração da história contada originalmente durante a viagem ao Uruguai no final de 2015 e início de 2016. O texto restaurado será enviado gradualmente. Fique a vontade para participar!


29 de dezembro de 2015 às 12:10

Buenas campistas,

Estamos na estrada desde sábado em uma viagem pelo Uruguai. Nossa idéia inicial era entrar pelo Chuí/Chuy, mas no último dia mudamos o rumo e entramos por Jaguarão/Rio Branco, pegando uma região mais interna do Uruguai nos primeiros dias.

Os preparativos da saída nos tomaram mais tempo que prevíamos e acabamos saindo tarde, pelas 18h. Pegamos a BR116 até chegar em Jaguarão, em uma estrada muito tranquila e já familiar para nós já que com alguma frequência vamos a Rio Branco para visitar os “freeshops”.

Chegamos em Jaguarão no entardecer, ainda a tempo de tirar essa bela foto com a ponte Barão de Mauá, que separa os dois países.

Cruzamos a ponte sem problemas (as aduanas dos dois países ficam alí).

Ao entrar no Uruguai passamos pelos freeshops já fechados e fomos direto ao supermercado que abastece a região, o El Dorado, para pegarmos alguns produtos de importação restrita para nossa alimentação (frutas, queijos, etc).

Logo após, fomos providenciar a nossa imigração. Poderíamos fazer isso no dia seguinte, pois nosso destino era a praia local Lago Merin, que como o nome sugere fica a beira da Lagoa Mirim. Mas resolvemos aproveitar o tempo e fazer a noite mesmo. Foi bom, pois eramos os únicos ali e o processo foi muito rápido.

Já a noite, retornamos alguns km e andamos mais uns 17km até a beira da lagoa para nos instalarmos no Camping Municipal Lago Merin. Já não havia mais administração naquele horário, mas havia espaço e a atividade no camping era grande ainda. Nos instalamos rapidamente para não incomodar ninguém e deixamos para regularizar a situação no dia seguinte. Uma gostosa pizza feita na hora, já com sabor de queijo uruguaio, fechou a noite. No próximo capítulo seguimos viagem.

29 de dezembro de 2015 às 12:27

Buenas Gustavo!

Parabéns pela primeira viagem inter nacional! Saudades das minhas viagens…acho que vou cair na estrada de novo…não aguento mais esta abstinência! E acho tão legal você já estar viajando, pois é para isso que foram feitos os RV’s, para rodar mesmo! Estou muito empolgado com tua viagem, e vejo que você está realizando teu Sonho, aquele que começou a se delinear quando partiste em busca da tua Casa Rodante (assim que “los hermanos” vão chamar tua…Casa com Rodas).

E as fotos, lindas, com gostinho de “quero mais”!

Vou seguir atentamente tua viagem, nos seus detalhes, experiencias e fotos; estava esquecendo: Polini e eu montamos nossas placas fotovoltaicas no Papa-léguas e no Guanaquito, e ficaram muito boas, e no teu retorno, te conto como foi a empreitada, ou então, abrimos, Polini e eu, um tópico ao respeito.

Gustavito, um enorme abraço, vão com Deus, e estou curtindo tua viagem quase tanto quanto vocês!

29 de dezembro de 2015 às 15:10

Buenas Dardo!

Estamos curtindo bastante o passeio, e tu estás sendo bastante lembrado por aqui. Volta e meia entras no assunto. Quanto as placas, que bom que providenciaram tu e o Polini. Com certeza vão sentir diferença na próxima viagem. Desde que saímos de casa não ligamos na tomada ainda, e já foi importante em uma ocasião. Nesse momento temos uma tomada do lado sem custo adicional, e se aumentar o calor vamos ligar só para tocar o ar condicionado a noite.

Fico aguardando os detalhes das instalações.

Grande abraço!

29 de dezembro de 2015 às 18:12

Continuando então sem perder o embalo, acordamos no dia seguinte com nosso relógio biológico (nosso filho) em Lago Merin, e abrimos a porta para essa vista:

O camping é pequeno e bem rústico, sem guardas noturnos e permanentemente aberto. A música alta e de qualidade questionável rolou até a 1h da manhã, mas a partir daí foi muito calmo. Há pontos de luz disponível sem cobrança extra, mas sem água para veículos.

Tomamos um bom café da manhã tranquilos, passeamos um pouco pelo camping, e fui acertar as contas na recepção, que na verdade fica fora do camping, na parte das cabanas. Cobraram R$ 24 em um atendimento muito gentil. Explicaram que normalmente cobram $400 pesos por veículos maiores, mas que nos cobrariam menos por qualquer motivo. Preferi não argumentar…

Zarpamos, mas antes de ir embora da localidade demos uma passada pela orla para ver a lagoa:

E nos fomos rumo a Treinta y Tres. Na passada de volta por Rio Branco, uma parada pro almoço na rua principal da cidade:

E então seguimos viagem. A princípio não sabíamos se iriamos para o camping no Parque do Rio Olimar, em Treinta y Tres, ou para General Enrique Martínez. A cidade de 33 ficava no rumo que queríamos ir, enquanto a outra parecia uma parada melhor, mas tínhamos que andar uns 120km a mais ida e volta. Decidimos por Treinta y Tres.

Continua…

30 de dezembro de 2015 às 10:30

Gustavo, continuo acompanhando, e parabéns pelas fotos…eu tinha escolhido como a tua foto mais linda a primeira, do Balão na estrada, más agora, a do passeio na beira da lagoa e as do Trailer no Camping, do lado do “fogón” (churrasqueira), e principalmente, desde a porta, com o entorno das arvores, estão “so close” da primeira! (no confundir com https://www.youtube.com/watch?v=JXh1KxI4uls ) :smiley:

Na verdade, todas estão lindas, más como “metido” a fotografo “amateur” que acho que sou, sempre encontro uma foto (ou algumas) que se destacam do restante, e acho que tem muito a ver com o momento e o sentimento que uma foto captura, muito além da sua qualidade plástica e técnica…em definitiva, frescuras minhas… :smiley: Más que tuas fotos são muito boas, ah, isso elas são!

Fico na tua escuta permanente; abraços!

30 de dezembro de 2015 às 13:27

Pois é Dardo, ficamos com vontade de fazer um braseiro naquele fogón, já com matéria prima uruguaia. Mas como a estadia era rápida, não deu tempo de nos estabelecermos apropriadamente. Quanto as fotos, obrigado pelos comentários. Fico muito contente que tenhas gostado. Vamos ver se saem mais algumas boas para a continuação.

Grande abraço!

30 de dezembro de 2015 às 14:05

Continuando a viagem então, depois do almoço saímos de Rio Branco e nossa ida até Treinta y Tres foi muito tranquila e curta, por volta dos 130km. O GPS nos levou até a porta do camping do Parque do Rio Olimar, saindo a esquerda e entrando no parque antes de cruzar a ponte do Rio Olimar.

Nos registramos na recepção do camping e ficamos sabendo que a estadia era gratuita. Haviam alguns pontos de água mas sem energia elétrica. Ironicamente, o oposto do camping anterior em Lago Merin. Tive que fazer algumas voltas até achar uma boa forma de entrar no camping, pois as porteiras eram um tanto estreitas. Em seguida, posicionei o trailer ao lado dos banheiros e enchemos os tanques para que ficassemos livres para escolher o melhor local depois.



Recepção, vista já de dentro do camping:

O parque e o próprio camping parecem ser um dos principais pontos de final de semana da cidade. O pessoal entra no camping, que não possui qualquer tipo de controle, e sentam em suas cadeiras de praia ou fazem churrasco enquanto observam o movimento intenso do parque.

O Rio Olimar dentro desse parque é a praia da cidade também:

O que nós não contavamos é que no final das contas ninguém ficaria no camping. Eramos só nós e uma outra barraca. Inicialmente estávamos parados mais pro fundo do camping em um local um tanto vazio e já escuro, até que lá pela meia-noite enquanto conversarmos alguém colocou a cabeça na janela sem perceber que estava sendo visto. Eu ofereci um amistoso “Olá!”, e o sujeito saiu correndo. Saí para conversar mas já não o encontrei. Muito provavelmente uma curiosidade mal direcionada, ao invés de uma malícia real, mas de qualquer forma ficamos desconfortáveis e levamos o conjunto para um local mais iluminado e visto. Porém, isso também nos levou para mais próximo da rua onde o movimento de demonstrações inapropriadas de motoqueiros jovens não parecia ter fim.

Já na cama, a 1h45 da manhã, conversamos e resolvemos ir embora dalí naquele momento. Em 15 minutos estávamos com tudo pronto, rapaz já dormindo no carro, chimarrão em mãos, e zarpamos em direção a Enrique Martínez. Era nosso plano B original, porém não sabíamos exatamente o que nos esperava do outro lado dos 60km aquela hora da manhã. Mas estávamos tranquilos pois sabíamos que em um povoado muito pequeno no interior do Uruguai não teríamos problema para achar um paradouro adequado.

Detalhes da chegada e do dia seguinte na continuação…

31 de dezembro de 2015 às 09:57

Gustavo, parabéns pelo presentão de final de ano que estás dado para ti e para a tua família. Esse passeio é excelente, e melhor ainda sem pressa.

Qual é o teu destino final no Uruguay?

31 de dezembro de 2015 às 15:14

Buenas Ed,

Estamos curtindo bastante. Ainda não temos parada certa, mas vamos subir em direção ao Chuí nos próximos dias.

31 de dezembro de 2015 às 15:43, por Ronald Ataulo

Gustavo, estaremos em Punta no camping Punta Ballena até o dia 4.

31 de dezembro de 2015 às 16:11

Buenas Ronald,

Vocês não tinham feito reserva no San Rafael? Olha as duas vagas vazias esperando vocês:

31 de dezembro de 2015 às 16:54

Seguindo a história então, saímos as 2h da manhã de Treinta y Tres em busca de um ambiente melhor e 60km depois, grande parte por uma estrada secundária estreita e com reparos, estávamos em Enrique Martínez. O povoado pacato tem pouco mais de 10 por 10 quadras e encosta no rio Cebollatí, que deságua na Lagoa Mirim, pelo oeste.

O camping é localizado em uma faixa estreita ao longo do rio sem qualquer fechamento ou recepção que pudéssemos encontrar. Ainda assim, possui energia, água, e vários conjuntos de banheiros, tudo mantido pelo pequeno município.

Quando chegamos encontramos tudo muito calmo, como esperado e apreciado. Avistamos algumas barracas ao longo do camping, e sem enxergar muito tratamos de ficar perto da maior concentração, pois provavelmente tiveram a oportunidade de escolher com mais tempo, mas não perto demais que nosso barulho os incomodassem naquela hora. Entramos de frente mesmo e assim fomos dormir.

Quando acordamos, encontramos esse visual:



Gostamos muito da cidade e pretendemos voltar. Passamos boa parte do dia lá e cogitamos ficar até o dia seguinte. Nosso próximo destino a princípio seria Durazno, mas nosso filho nos fez mudar todos os planos sem querer. Ele nos pediu para ficar “um montão” naquele lugar, e isso nos fez perceber que toda aquela atividade estava deixando ele meio perdido. Ao invés de atender o pedido dele imediatamente, aproveitamos o dia na cidade, mudamos a rota, e as 5h da tarde partimos em direção a Punta del Este para ficarmos um período prolongado no camping San Rafael, que sabíamos nos daria entretenimento por vários dias.

No próximo post continuamos…

1 curtida

Legal…vendo de novo e viajando junto nesta viagem maravilhosa, e muito bem narrada…fico com muita vontade de viajar ao ler este relato…aguardo cenas dos próximos capítulos!
Abraços!

Dardo.

Obrigado, e eu também, Dardo! Já estou louco pra botar o pé na estrada de novo! :smiley:

31 de dezembro de 2015 às 15:23, por Pelagio

Acompanhando e curtindo, aguardando o grande encontro .

31 de dezembro de 2015 às 15:43

Buenas Pelagio,

O grande encontro foi um pequeno encontro. O Ronald e a esposa passaram aqui muito rapidamente, deram uma olhada rápida no trailer, matou a curiosidade sobre o custo (fazia tempo que ele tava tentando :grin:), e se foram. Não deu nem tempo de oferecer um chimarrão! Um crime passível de multa praticamente, se tratando dos pampas.

31 de dezembro de 2015 às 16:28, por Pelagio

Mas eles não ficarão até o dia 4 ?

31 de dezembro de 2015 às 22:02

Pois então! Mas tudo bem… Garanto que eles não teriam ido embora se soubessem que minha esposa tinha preparado uma das especialidades dela.

1 curtida

1 de janeiro de 2016 à 01:09, por Pelagio

Se eu estivesse aí garanto que não ia passar em branco; e feliz ano novo!

1 de janeiro de 2016 às 20:08

Hmmmm… Gustavo, você teve sorte de eu não estar lá… não ia sobrar dessa delicia nem para as formigas! :desconfiado: :stuck_out_tongue: :stuck_out_tongue:

Feliz 2016, com muitas viagens tão lindas quanto esta; abraços!

Dardo.