30 de dezembro de 2015 às 14:05
Continuando a viagem então, depois do almoço saímos de Rio Branco e nossa ida até Treinta y Tres foi muito tranquila e curta, por volta dos 130km. O GPS nos levou até a porta do camping do Parque do Rio Olimar, saindo a esquerda e entrando no parque antes de cruzar a ponte do Rio Olimar.
Nos registramos na recepção do camping e ficamos sabendo que a estadia era gratuita. Haviam alguns pontos de água mas sem energia elétrica. Ironicamente, o oposto do camping anterior em Lago Merin. Tive que fazer algumas voltas até achar uma boa forma de entrar no camping, pois as porteiras eram um tanto estreitas. Em seguida, posicionei o trailer ao lado dos banheiros e enchemos os tanques para que ficassemos livres para escolher o melhor local depois.
Recepção, vista já de dentro do camping:
O parque e o próprio camping parecem ser um dos principais pontos de final de semana da cidade. O pessoal entra no camping, que não possui qualquer tipo de controle, e sentam em suas cadeiras de praia ou fazem churrasco enquanto observam o movimento intenso do parque.
O Rio Olimar dentro desse parque é a praia da cidade também:
O que nós não contavamos é que no final das contas ninguém ficaria no camping. Eramos só nós e uma outra barraca. Inicialmente estávamos parados mais pro fundo do camping em um local um tanto vazio e já escuro, até que lá pela meia-noite enquanto conversarmos alguém colocou a cabeça na janela sem perceber que estava sendo visto. Eu ofereci um amistoso “Olá!”, e o sujeito saiu correndo. Saí para conversar mas já não o encontrei. Muito provavelmente uma curiosidade mal direcionada, ao invés de uma malícia real, mas de qualquer forma ficamos desconfortáveis e levamos o conjunto para um local mais iluminado e visto. Porém, isso também nos levou para mais próximo da rua onde o movimento de demonstrações inapropriadas de motoqueiros jovens não parecia ter fim.
Já na cama, a 1h45 da manhã, conversamos e resolvemos ir embora dalí naquele momento. Em 15 minutos estávamos com tudo pronto, rapaz já dormindo no carro, chimarrão em mãos, e zarpamos em direção a Enrique Martínez. Era nosso plano B original, porém não sabíamos exatamente o que nos esperava do outro lado dos 60km aquela hora da manhã. Mas estávamos tranquilos pois sabíamos que em um povoado muito pequeno no interior do Uruguai não teríamos problema para achar um paradouro adequado.
Detalhes da chegada e do dia seguinte na continuação…