Viajando pela Europa de MH

Buenas!
No final de Março de 2019 fizemos uma viagem por alguns países da Europa; em principio, queria levar o Guanaquito e a Frontier de navio, com uma empresa que realiza esses ferrys que leva e traz os MH dos europeus que as vezes vemos pela Patagônia, mas o preço era muito caro, por se tratar de 2 veículos, e o que mais me desanimou foi que o responsável da agencia de navegação me diz que era proibido, por uma questão de seguro, fazer eu mesmo o embarque e as manobras para subi-lo a bordo e manobrar dentro do navio para posiciona-lo no seu lugar de estacionamento dentro do navio…sim, seguramente eles fariam melhor que eu as manobras de embarque, embora depois, se aparece algo quebrado ou riscado/amassado, ninguém se faz responsável, pelo que ouvi de estrangeiros que usaram este serviço…e tenho que confessar que tinha muito ciúme de largar o Guanaquito na mão de outras pessoas!
Bem, visto e considerando tudo isso, pesquisas feitas, entramos em contato com uma empresa em Madrid que aluga MH, e alugamos por 3 meses um Motor Home para poder cumprir com nossos projetos, que era algo que sonhávamos fazia muitos anos.
Embarcamos em São Paulo, Guarulhos, na noite da sexta-feira 29 de Março de 2019, chegando na madrugada do sábado 30; eu planejei assim para poder passear por Madrid com aqueles ônibus turísticos sábado e domingo, aproveitando para acostumar-nos ao fuso horário de 5 horas de diferença a mais, e também para não ter que chegar com sono da viagem e já sair dirigindo numa cidade do tamanho de Madrid; meus anos de viaje para Europa como Piloto, me mostravam que esta era a atitude mais indicada, e de fato, funcionou muito bem.
Passeios feitos em Madrid sábado e domingo, e na segunda-feira cedinho, fomos conhecer a empresa pessoalmente e pegar nosso MH, que batizamos de…Torito! !
O dono, como sabia que eu tinha uma Caravana (Trailer) no Brasil, me explicou pouca coisa do funcionamento, me disse em espanhol “arreglate que tu sabes, hombre, toma la llave y adios” … e quando dei por mim, estava na estrada, por conta!
Bem, logicamente eu tinha planejado uma boa logística para nossa viagem, embora pensei que teria mais tempo para me adaptar ao MH e a rota a seguir, mas já que estávamos na estrada, relaxamos e começamos a curtir de verdade pela primeira vez a viagem. Passamos por um grande supermercado para abastecer o Torito, e aproamos Toledo, não muito longe de Madrid, ao sul, onde chegamos de tarde, ainda com o dia claro para estacionar e conhecer as redondezas da cidade de Toledo.
No dia seguinte, após uma noite mal dormida pela emoção e pela expectativa, aproveitamos que era cedo para conhecer Toledo a pé, já que tudo é perto, nesta importante cidade histórica, visitando El Alcázar, especialmente o museu do Ejercito Español e a biblioteca do mesmo; andamos o dia inteiro para ver todo o que era possível, de manhã cedo até a noite, e visitamos também a catedral de Toledo, de uma construção imponente, e plena de historia.
Havíamos planejado ir para a região de Burgos, terra natal de meu avô materno, mas como era o inicio da primavera na Europa, ainda estava nevando, pelo que deixamos para ir mais adiante, quando o tempo melhorasse, e assim, no dia seguinte, empreendemos viagem para Aranjuez, cidade muito linda também, onde nós ficamos mais 2 dias, antes de continuar nosso viagem com destino inicial ao Mediterrâneo.

Algumas fotos:


Embarcando em Guarulhos, desta vez como passageiros.


Madrid.


Passeando por Madrid.


El Torito!


Toledo, España.


Mais uma de Toledo.


Tarde de tormenta próxima.


Contorno de Toledo.


Passeando por Toledo com o Torito.


El Alcazar. Toledo.


Dentro das muralhas do El Alcazar.

Continua…

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Parabéns Dardo, belo relato. De dar “água na boca” de vontade de pegar a estrada.
Fotos que conseguem dar a dimensão do local e da história da civilização.
Sérgio

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Dardo, mais um magnifico relato, para nos deixar com água da boca.

Abraço

Família M&Ms

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Sergio e Marcelo, muito obrigado, fico feliz de que estão gostando; vou escrever mais um pouco então.
Grande abraço para vocês!

Dardo.

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Buenas!
Bem, continuando com o relato: A primeira noite, como comentei antes, a gente não dormiu direito, da excitação de estar lá, na Europa, de MH, com tudo para percorrer ainda!
Na segunda noite, estávamos tão cansados de andar tanto pela cidadezinha, que a gente desmaiou ao cair na cama do Torito! :smile:
E agora, com calma, fomos caminhar em volta do estacionamento, para conhecer o mesmo; o estacionamento, é isso mesmo, um estacionamento de carros, onde o pessoal que vai trabalhar de trem em Madrid, deixa seu carro, e custa só 3 euros por dia, com direito a pegar agua numa torneira perto da entrada, embora sem tomada, só com postes de iluminação.
O bom era que tinha segurança, especialmente para quem vem da paranoia de cidade grande no Brasil, embora veríamos mais para frente que nas pequenas cidades, a segurança é algo normal e corriqueiro, e também era bom que ficava muito perto do centro, restaurantes, lojas, museus, catedrais e todos os lugares interessantes de se conhecer, especialmente agora, que não tínhamos a Frontier para sair a passear.
Saímos de manhã, não muito cedo, de Toledo para Aranjuez, outro lugar próximo e que queríamos conhecer, e pouco depois, lá vamos nós, a passear de novo!
Fomos visitar parques, castelos, e também um camping, para ver como era, já que estávamos parados num estacionamento onde era permitido estacionar MH, embora sem agua nem luz, e lá encontramos estacionados dois MH da França e outro da Holanda.
O Camping era bonito, embora um pouco caro para nós, pois custava 25 euros para a gente e o Torito, o que, considerando que ficaria pouco mais de um dia, achamos que não valia a pena.
De fato, ficamos só três vezes de estadia em Campings, e como a ideia era poupar todo o possível para gastar o dinheiro de campings em combustível passeando, optamos pelo pernoite em lugares próprios para estacionamento de Autocaravanas (MH), que são, geralmente, pequenos lugares onde tem capacidade para estacionar 5, 8 ou mais MH, e como o camping livre está proibido em muitos países da Europa, estes pequenos estacionamentos, são criados pelas prefeituras das cidades, para que os turistas com MH ou Trailers fiquem 2 ou 3 dias no máximo, para movimentar a economia da cidade, especialmente as mais pequenas, pois o campista gasta no comercio local sempre com comida, restaurante, passeios, entradas de museus, etc., e por isso te permitem ficar, normalmente condicionado a 2 ou 3 dias como máximo no lugar, quase sempre com agua e lugar para descarregar o “pinicão”, e poucas, muito poucas, com energia elétrica, e eram esses os locais que a gente usava em geral.
Tinha áreas de estacionamento pagas, baratas, que te forneciam energia, além de agua e lugar para despejar detritos.
Também devemos saber que nestes locais de estacionamento de MH, não se pode acampar, ou seja, você não pode abrir seu toldo, nem colocar cadeiras ou mesas fora do MH, isto é, você fica literalmente estacionado, não acampando, e é para visitar a cidade onde está estacionado, claro que podendo comer, ficar e dormir dentro do seu equipamento.
Bem, o tempo em Aranjuez foi maravilhoso, mas estava na hora de continuar a viagem, embora isso é tema para o próximo relato; abraços!

Percurso da saída próximo de Madrid a Toledo:

Percurso de Toledo para Aranjuez:


Vista da cidade de Toledo, olhando do estacionamento.


Torito no meio dos carros no estacionamento em Toledo.


Chegamos em Aranjuez.


Torito em Aranjuez.


A beleza de Aranjuez.


Passeando por Aranjuez.


Belos parques.


A cidade respira historia, como quase toda Europa.


Entrada para um dos parques da cidade de Aranjuez.


Passeando pelo parque.


Fomos conhecer o Camping.


Muitos RV´s.


Trailer diferente…


Entrada ao Camping em Aranjuez, Espanha.

Continua…

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Buenas!
Partimos de Aranjuez com destino a Garcimuñoz, para visitar o Castelo da vila, e foi interessante ver e curtir as excelentes estradas que España tem, muito bem sinalizadas, seguras e sem buracos…que inveja!
Bom, chegamos ao castelo, e infelizmente estava fechado para visitação, embora tem um estacionamento para Autocaravanas, e já que estávamos, decidimos caminhar pelo povoado e passar a noite por lá.
Passeando pela vila, encontramos uma moça, uma das pouquíssimas pessoas que se via na cidadezinha, e conversando com ela, nos contou a historia da vila, e também nos comentou sobre uma queijaria que vende queijos de leite de ovelha, e que segundo ela, eram excelentes.
Bem, já que a vila era muito pequena, já tínhamos caminhado por ela por inteiro e o castelo estava fechado, fomos para a cidadezinha onde vendiam os queijos, em Santa Maria do Campo Rus, a poucos km de lá.
Quando chegamos em Campo Rus, perguntamos a um ciclista do lugar onde ficava a queijaria, e o senhor, muito gentil, foi na frente de bicicleta para nos mostrar o endereço…de nada adiantou falar para ele que não precisava acompanhar a gente, que era só explicar…que nada, ele fez questão de nos mostrar o caminho, ele de bicicleta, e nós atrás dele em segunda, escoltando a bicicleta com o Torito!
Foi uma amostra da amabilidade do pessoal da España, que veríamos muitas e muitas vezes no nosso passeio por este belíssimo Pais!
Quando vimos a queijaria, sinceramente, não demos um centavo de valor…casa antiga, caindo o reboco das casas, mas já que estávamos lá, entramos; qual não seria nossa supressa ao ver nas paredes os vários prêmios, alguns internacionais, pelos queijos excelentes que eles fabricam, lá, no meio da nada, sem figurar em nenhum percurso turístico!
Experimentamos os queijos, maravilhosos, e enquanto estávamos comprando e experimentando, uma senhora do lugar puxou conversa conosco, pois pelo sotaque, sabia que não éramos de lá; então, foi aquele bafafá entre os atendentes da queijaria e a senhora que falou conosco (“vocês são do Brasil, caramba, vocês estão muito longe de casa! Não, respondemos, nossa casinha está lá fora”), e já nos convidou para conhecer o povoado, em especial uma fonte que os romanos construíram quando passaram por lá, a mais de 17 séculos!
O pessoal da queijaria falou que podíamos deixar o Torito na frente da loja, e fomos caminhando, admirando a beleza bucólica do povinho e sua fonte restaurada e repleta de historia, sua igrejinha antiga, e ainda queria que fôssemos na casa dela, para conhecer uma autentica vivenda da Mancha, Espanha…foi uma tarde maravilhosa!
Voltamos de tardinha para o estacionamento do Castelo de Garcimuñoz, carregamos agua para a ducha, e a jantar, com queijos, presunto, pão e vinho de Campo Rus, La Mancha, España…foi um dia maravilhoso, onde descobrimos o verdadeiro interior da Europa!

Percurso:

De Aranjuez para Castillo de Garcimuñoz e Santa María del Campo Rus.

https://goo.gl/maps/zBwZo4sKDFsqz65x7

Fotos:


Chegamos a Garcimuñoz.


Entrada ao Castelo de Garcimuñoz.


Lateral do Castelo.


Ruas estreitas.


Imagina encontrar outro carro e ter que dar ré com o Trailer…


Vista do Castelo na outra ponta de Garcimuñoz.


Campos de Garcimuñoz.


Informação do Castelo.


Estacionamento para MH do lado do Castelo de Garcimuñoz.


Local de pernoite em Garcimuñoz.


Santa Maria do Campo Rus.


Fonte romana de Campo Rus.


Centrinho de Campo Rus.


Queijaria Campo Rus.


Os queijos e presunto de Campo Rus.


Os prêmios da queijaria.


Voltando para o estacionamento de Garcimuñoz.


Jantar com queijos, presuntos, pão e vinho…maravilhoso!

Continua…

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Lindas fotos de Aranjuez, que cidade!!! Muita vontade de conhecer.
Quando eu for a Espanha, vai para a lista, certamente.

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Eba, lá vem história! :clap::clap::clap: Que coisa boa acompanhar os detalhes aqui, Dardo, e que sorte vocês tiveram de fazer esse passeio em 2019! Já pensaram se houvessem esperado para fazer em 2020… ufa…

Como disseram o Sergio e o Marcelo, essas fotos de Toledo realmente deixam com água na boca e com vontade de sair a passear. Vou anotar no caderninho aqui para irmos lá quando possível. Curti bastante a aparência desse camping de Aranjuez também… parece um local agradável e bem espaçado, apesar do movimento.

Agora com licença que vou fazer a pipoca para esperar a continuação… :smile: :popcorn: :+1:

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Buenas Emerson, seja muito bem-vindo ao nosso querido Campistas.net!
Tivemos a imensa alegria e prazer de conhecer Emerson e sua linda família em Cambará do Sul, a bordo de um novíssimo Apolo Trailer, e a empatia foi imediata; claro que o fato do distinto Emerson ser um torcedor de carteirinha do Glorioso Tricolor dos Pampas, só abrilhantou o encontro!
Ficamos muito felizes de ver esta jovem família começar a viver no Brasil o Campismo de Trailer (eles já rodaram de MH em outro País), identificando uma nova geração de Campistas que decidiram viver este maravilhoso estilo de vida que nos identifica e reúne.
Mais uma vez, seja muito Bem-vindo Emerson e família, e é nosso sincero desejo de que curtam este estilo de vida com sucesso; grande abraço!

Dardo.

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Buenas Gustavo!
Obrigado, e fico feliz de que aproveites essa nossa viagem, para criar roteiros com base no meu modesto relato.
E sim, foi muito bom poder ter viajado antes da pandemia…se fosse agora, vai saber quando iriamos poder fazer esta viagem!
Grande abraço Gustavo!

Dardo.

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Saímos cedo de Garcimuñoz, sabendo que sempre teremos na memoria estes lugares maravilhosos, com pessoas idem, o que era um excelente augúrio dos dias futuros, como de fato aconteceu.
Chegamos em Murcia, onde estivemos 3 dias, para conhecer a cidade e realizar compras, pois com o passar dos dias, percebemos que sempre algo nos fazia falta…que saudades do Guanaquito onde tudo estava a mão!
Inclusive, o tamanho interno do Torito é pouco mais da metade do Turiscar, e, principalmente na hora de tomar banho, as comparações eram inevitáveis, e as saudades do nosso Trailer eram tremendas!
A Autocaravana, ou Motor Home, resultou prática quanto a sua agilidade e economia de combustível, mas perdeu feio com respeito ao tamanho interno do Guanaquito, e também o acabamento da casa era bastante inferior; este modelo de Autocaravana, Elnagh Baron 54, Italiano, montado sobre um Fiat Ducato de 130 HP turbo, é interessante para uma viaje de 15 ou 20 dias no máximo, embora, como sabíamos que os modelos maiores eram mais caros e o banheiro também é em geral pequeno, especialmente a ducha, deixamos passar os detalhes…o problema que mais nos afetava, era que nós não podemos passar um dia sequer sem tomar ao menos uma ducha, e o espaço do Guanaquito é insuperável…bem, era parte do pacote, e na realidade, era um mal menor, considerando o maravilhoso da viagem que tínhamos por diante.
Em Murcia, disfrutamos muito o excelente sistema de transporte por bonde que tinha sua parada a menos de 2 quadras do estacionamento das Autocaravanas, e inclusive este estacionamento foi muito bem pensado, pois você tem uma área enorme de estacionamento com capacidade para até 80 MH, com agua e lugar de descarte de aguas negras e cinzas, segurança e tendo do lado uma loja da Ikea, outra da Decathlon ,vários restaurantes, inclusive um de comida chinesa, uma loja de ferragens, e um supermercado, tudo a no máximo 20 metros de distancia; uma maravilha de comodidade, e que movimentava um excelente comercio com os MH como grande clientes, pois tinha mais de 40 MH e Trailers estacionados por lá.
Passeamos muito pela bela Murcia, fizemos compras diversas para o Torito, abastecemos a geladeira e assim, os dias passaram muito rápido, e quando demos por si, estava na hora de continuar caminho.

https://www.areasac.es/murcia/murcia/murcia_6614_1_ap.html

https://www.campercontact.com/es/espana/region-de-murcia/murcia/61190/service-ikea

Modelo do nosso MH alugado:

Percurso:
https://goo.gl/maps/KCH3v6KancAxrzpF7

Fotos:


Chegando em Murcia


Chegada no estacionamento de Murcia.


O Estacionamento para MH em Murcia.


Nas redondezas de Murcia.


A estação do bonde é ao lado do estacionamento de Murcia.


Passeando por Murcia.


O morro de Monteagudo.


Monteagudo, Murcia.


A rua que leva a Monteagudo.


Passeando por Murcia.


Região central de Murcia.


Belas fontes.


Voltando para casa.

Continua…

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Continuando com o relato:
Após os lindos dias passados em Murcia, continuamos nossa viagem com rumo ao Mar Mediterrâneo, um outro lugar que queríamos muito conhecer, e assim, sem mais delongas, deixamos Murcia para percorrer os poucos mais de 80 km que nos separavam do Mediterrâneo.
Chegamos ao mar, e aproveitamos de fazer o caminho pela orla que separa o mar em uma estreita faixa de terra, até o ponto que culmina no extremo da Manga do Mar Menor.
O lugar é muito belo, e eu estava maravilhado de poder tocar nas aguas daquele mar que tantas vezes vi desde a cabina do avião a mais de 12.000 metros de altura…e o farol na nossa frente, era o marco perfeito para aquele lugar de sonhos!
Fomos caminhar naquela tarde e no dia seguinte pelas redondezas, admirando os navios enormes e também os veleiros e barcos pesqueiros que navegavam a pouca distancia de nosso local de estacionamento; inclusive, este local era um estacionamento para carros, sem agua disponível, o que nos obrigou a racionar nosso estoque de agua, o que limitou a só dois dias de permanência naquele lugar maravilhoso.
Claro que o mesmo acontecia com os outros MH do lugar, e assim, vimos vários irem embora e outros chegarem; conversando com um campista alemão parado com seu belo MH do nosso lado, ele me contou que naquela época era bom para se estacionar por lá, mas no verão, em plena temporada de turismo, era quase impossível conseguir estacionar naquele local, pela imensa quantidade de carros que vão parar naquelas bandas, e ainda devemos considerar que as vagas demarcadas eram para carros, sendo mais limitado, pelo tamanho, ocupar estas vagas com MH…aí eu pensei que se tivesse dado certo vir com o Guanaquito e a Frontier, onde seria que eu iria poder parar…sem duvida, teria que ir para um camping, mesmo fora de temporada, o que nos privaria, naquela noite e a seguinte, de olhar pela janela da sala com todas as luzes desligadas do Torito, e ver o farol iluminado recortado contra uma noite escura e sem estrelas…lindo demais!
Curtimos muito Cabo de Palos, mas estava na hora de ir para um camping, para poder lavar roupas, coisa que seria impossível naquele ou qualquer outro estacionamento, e assim, deixamos para atrás aquele lugar que tanto gostamos e que lembramos com carinho sempre.

Percurso de Murcia a Cabo de Palos:

Percurso entre os faróis:

Fotos:


Chegando em cabo de Palos.


Passeando pela Manga do Mar Menor.


Chegando ao mar.


Chegamos ao Mediterrâneo!


Farol del Estacio, na Manga del Mar Menor.


Informação do farol.


Torito e o farol del Estacio.


No estacionamento de Cabo de Palos.


Farol do Cabo de Palos.


Informação do farol de Cabo de Palos.


Estacionamento visto do farol.


Farol visto do Torito.


Aguas azuis do Mediterrâneo.


O belo MH do nosso vizinho alemão.


Estacionamento do Torito.


Torito no entardecer.


Nossa vista.


Entardecer no Mediterrâneo.


Estacionamento do Torito visto no entardecer.


Passeando pela praia de Cabo de Palos.


O belo Mediterrâneo.


Aguas azuis lindas.


Prontos para deixar Cabo de Palos.

Continua…

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Dardo, que local fantastico.

Deixou a gente embasbacados com essa fotos.:star_struck:

Família M&Ms

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Obrigado Marcelo, e te conto que as melhores fotos ainda vão aparecer no relato, não porque fui eu que tirei elas, e sim porque os lugares fotografados são maravilhosos.
Grande abraço Marcelo!
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Continuando…
Para aproveitar o dia, deixamos Cabo de Palos cedo, embora a distancia a ser percorrida era bem curta, quanto mais cedo estivéssemos lá no Camper Park, mais cedo faríamos as nossas tarefas.
O Camper Park La Ribera é enorme, com capacidade para 200 MH ou Trailers, e ainda estavam ampliando o mesmo na época que fomos lá; fizemos nosso registro, escolhemos o local de pernoite, e nos instalamos, inclusive abrindo o toldo e usando a mesinha e cadeiras que vieram de cortesia no MH, tudo isto pela primeira vez, pois onde tínhamos ficado até então, eram somente estacionamentos.
O camping não tinha grama nem sombra, e imagino que no verão aquele lugar deve ser muito quente,
O custo era de 9 euros pelo MH e 2 pessoas, pagando como opcional a luz e o wi-fi, caso desejar estes serviços, e claro, também tinham as maquinas de lavar que funcionam com moedas, além de dispor de varais para secar as roupas, caso não quiser usar as secadoras, também pagas.
Foi um dos poucos lugares onde usamos as duchas do camping, dado o exíguo lugar para duchar-se no Torito, e também fizemos o almoço do lado de fora, debaixo do toldo, usando os recursos do nosso MH.
De tardinha, fomos caminhar pela cidadezinha, e aproveitamos para fazer compras no mercado próximo, embora tivesse um supermercado enorme não muito longe do camping.
Eu conversei com campistas da Europa inteira que me deram muitas dicas de lugares interessantes de se conhecer e acessíveis com MH, sendo alemães, espanhóis, portugueses, holandeses, ingleses, italianos, etc…com quase todos eles falei em inglês, espanhol ou português, exceto, claro, com os franceses, que não faziam muita questão de se comunicar em qualquer outro idioma que não o próprio…em fim, azar deles! :smile:
Também vi um “pobre coitado” de um alemão com um MH luxuosíssimo, que levava de reboque um Porsche conversível…coitado, fiquei com pena dele, e ia dar uns trocos para ele tomar um cafezinho, mas percebi que tinha usado as moedas na maquina de lavar…sinto muito rapaz, não leva a mal, fica para a próxima! :joy:
O camping é muito bem estruturado, limpo, com maquinas de lavar e secadoras e com tudo que for necessário, inclusive com um pequeno restaurante, onde além das refeições e bebidas, tinha um micro mercadinho para tirar de apertos no caso de necessidade e não querer caminhar até o mercado a dois quarteirões.
E assim se passaram dois dias, e já estávamos loucos para pegar a estrada, para continuar com esta viagem dos sonhos; grande abraço!

Percurso:

O “site” do Camper Park La Ribera:

Fotos:


Torito no Camping.


Toldo aberto ela primeira vez.


Visto de frente.


Camping 1.


Camping 2.


Camping 3.


Camping 4.


Camping 5.


Oba, um Trailer…pena que era “roda quadrada…”


Os outros (poucos) trailers do Camping.


O “pobre coitado” do MH Centurion reboca um Porsche conversível…que pobreza!

Continua…

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Muito obrigado pela acolhida ao grupo, Dardo!
Espero também poder retribuir o que aprendo aqui, ajudando os demais com alguma informação sobre o RS.
Estou à disposição!!!

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Obrigado Emerson, tua contribuição, especialmente as tuas historias com o teu Trailer e fotos, serão muito bem-vindas; grande abraço!
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Continuando…

De San Javier, onde fica o Camper Park La Ribera, saímos do Mar Mediterrâneo e fomos para as serras, mais especificamente o Santuário de Santa Eulália de Mérida, em Montysol de Espuña, no pé da Sierra de Espuña, que queria muito conhecer, e aproveitamos que este santuário tem um belo estacionamento, onde dormimos 2 noites.
A vegetação é bem rala nesta região, parecendo mais desértica, e onde víamos arvores, pareciam plantados pelo homem mais do que naturais, exceto os bosques de pinheiros que encontramos na serra, embora algumas partes destes bosques eram reflorestamentos.
La Sierra de Espuña é belíssima, toda ela protegida nos moldes de um Parque Nacional, com especial ênfases para as espécies animais e vegetais que estiveram ou estão em perigo de extinção, como podemos aprender em um vídeo no Centro de Visitantes, completamente gratuito e muito bem atendido; também, aprendemos muito da historia da região, em especial da próxima Andaluzia, que se remonta a milhares de anos, passando por entre outros eventos importantes, pela luta contra os mouros ou árabes, que invadiram e habitaram a España por cerca de 800 anos, suas lutas, e a reconquista por parte da España.
Almoçamos dentro do Torito, no estacionamento do Centro de Visitantes, após pedir permissão para isso, que nos foi concedida muito amavelmente pelo pessoal do Centro, e sempre que possível, gostamos de pedir permissão para tudo aquilo que não sabemos direito se é permito ou não, para evitar constrangimentos, e sempre dá excelentes resultados.
As estradinhas são, dentro do Parque, em geral estreitas, porém muito lindas; aproveitamos no retorno para carregar agua no posto do lado de Totana, já que o estacionamento não dispunha de agua, e retornamos para o santuário para dormir a segunda noite lá mesmo.
Passeamos muito pela região, e logicamente, visitamos o santuário, que está junto com um hotel, e é lugar de romarias; a visita do Santuário foi muito interessante, pois era um lugar impregnado de historia e reflexão religiosa, e tinha um sino que até as 23 horas tocava alto, o que se podia ouvir muito bem dentro do MH…então, dormir só depois das 11 da noite! :smile:
Foi um passeio maravilhoso!

https://www.murciaturistica.es/es/sierra_espuna/

Percurso:

Percorrendo a Serra de Espuña:

Fotos:


Caminho para o nosso destino do dia.


Chegando no estacionamento do Santuário de Santa Eulália de Mérida.


Entrada ao santuário.


Dentro da capela.


Na capela do Santuário.


O belíssimo altar.


Santuário e a esquerda, o Hotel.


Hotel e Santuário visto de cima.


A estrada na serra.


Sierra de Espunha.


No estacionamento.


mais uma do Torito.


Tranquilamente instalados.


Serra de Espuña.


Hotel do Santuário.


Parada para as fotos.


Estrada da Serra.


Vista do alto da Serra.


As belas formações rochosas da Serra de Espuña.


A estrada estreita, porem encantadora da Serra.


Parada para curtir a visão do vale.


Barranco de Gebas.


Placa informativa do Barranco.


Subindo pelo Barranco.


Barranco de Gebas.


Fim do caminho (permitido).


Descendo a Serra.


Parada para descansar e fotos.


Serra da Espuña.


Bosques da Serra.


Voltando para o nosso local de pernoite no Santuário.

Continua…

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Deixamos para atrás a Sierra de Espuña com destino novamente ao Mar Mediterrâneo, embora primeiro fomos visitar um castelo fortaleza em Velez Blanco, do lado de Velez-Rubio, uma pequenina e pitoresca cidade que tem um castelo muito bem conservado, e que tem uma rica historia.
Após o almoço no Torito, continuamos caminho para visitar Mojacar, uma encantadora cidadezinha mediterrânea onde ficamos três dias, curtindo muito o lugar, e pudemos ver porquê esta vilinha é considerada uma das vilas mais lindas da Andaluzia e até da própria España.
Mojacar é uma cidade que conserva em muito seu passado mouro, da época que os otomanos invadiram e ficaram pela região durante 8 séculos, e toda Andaluzia conserva estas raízes, em maior ou menor grau; a cidadezinha é encantadora, toda branca como testemunhando suas origens mouriscas, com suas ruas estreitinhas, suas escadas íngremes (está situada acima duma colina), suas lojinhas interessantes e suas igrejas, assim como diversos restaurantes com suas comidas típicas e internacionais.
Foi em um desses restaurantes no centrinho, que comemos algo de tardinha, e na hora da pôr-do-sol, eles colocam o Bolero de Ravel enquanto o sol some, e te convidam com uma taça de espumante como celebração…bom, ganharam dois clientes de Além-mar!
Essa região, é uma Espanha e uma Europa muito diferente do que já conhecia, com um encanto muito particular, e sem duvida, é um lugar que gostaríamos muito de voltar, pois ficou marcada em nós de um jeito muito especial.
E de repente, lá naquela vilinha incrível, caímos na conta que já estávamos na Espanha a duas semanas! Vamos ter que acelerar um pouco, ainda temos muito para ver!

Mojacar:

Percurso:

Fotos:


Chegando em Velez-Rubio.


Castelo de Velez-Blanco 1.


2


Vista de cima da muralha do castelo.


As velhas e fortes muralhas.


Castelo 3


4


Informação do castelo.


A vista da janela.


Maravilhosa vista!


A cidadezinha abaixo.


Dentro do castelo.


O castelo visto da estrada.


Mais uma vista.


Estradinha no interior de Andaluzia.


Mojacar.


A estrada que entra em Mojacar.


As ruazinhas muito estreitas.


Mais uma vista.


Visão espetacular do Mar Mediterrâneo.


As floreiras nas paredes.


A escada muito íngreme…bom exercício para as pernas!


Vista da estrada de entrada e o Mediterrâneo ao fundo.

e
Ruazinhas encantadoras.


Pôr-do-sol vista de Mojacar…imperdível!

Continua…

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Deixamos Mojacar no retrovisor do Torito, com proa de Guadix, passando primeiro por Zújar, para curtir suas extensas plantações de oliveiras.
Tivemos um lance tragicômico ao sair de Mojacar; antes de ir embora, fomos dar uma volta pela orla, e ao querer sair para a autoestrada, errei o caminho e entrei em uma ruazinha estreita, e bota estreita nisso! Não podia dar ré, porque por onde passamos era mão única, e só podíamos virar a direita ao terminar aquela rua por onde viemos…bem, para encurtar a história, tivemos que dobrar os espelhos do Torito e encostar o pneu no meio-fio…acontece que além da rua ser muito estreita, como era cedo, tinha diversos carros estacionados, e acredito que se o Torito tivesse mais uma camada de tinta, não teria conseguido passar sem riscar o MH nos outros carros…cheguei a sonhar com isso na noite seguinte!
Bem, dificuldade resolvida, e lá vamos nós pela estrada rumo aos olivares: quando chegamos perto, não podíamos acreditar na extensão dos verdadeiros bosques de oliveiras, quilômetros e quilômetros a perder de vista, em um panorama lindo, em especial para quem, como nós, gostamos muito de azeitonas!
Em Zújar, uma vilinha no meio dos olivares, pegamos uma estradinha vicinal, de terra, para ir no topo duma colina, onde tem um mirante da região, principalmente porque queria saber como era o desempenho do MH na terra, já que com o nosso Turiscar 6.0, nós evitávamos sempre que possível as estradas de chão…e o resultado foi bastante bom, embora, devo reconhecer, a estradinha era bastante parelha, com pouquíssimos buracos, o que fez ter uma confiança a mais no MH, já que nunca tinha feito isso, o de rodar por estradas que não fossem de asfalto.
Lá na estradinha, cruzamos por um MH francês, que estavam almoçando, o que lembrou a Neiva que estava na hora do almoço, e assim, logo estávamos parados na estradinha, almoçando com a vista daqueles olivares lá embaixo, e a experiência foi maravilhosa!
Zújar foi um local de águas termais onde os antigos romanos tinham um lugar de repouso, aproveitando essas termas, que desciam do cerro Jabalcón, lugar onde nós subimos, mas essas termas ficaram submersas pela represa de Negratín, do lado oposto de Zujar, e hoje tem um balneário no lugar, a nove km da cidadezinha, embora na época que nós passamos, estava fechado.
Retornamos para o asfalto, e em pouco tempo estávamos em Guadix, onde iríamos pernoitar, e chegando na cidade, pudemos avistar ao longe a Sierra Nevada, que fazendo jus ao seu nome, estava nevada no seu topo, proporcionando uma bela visão.
Guadix é uma cidade muito bonita, com uma catedral católica majestosa, e diversos barzinhos onde os locais se reuniam para o “Happy Hour”, e também Guadix é conhecida pelas cavernas que servem de residência para algumas pessoas que vivem nelas; como nem Neiva, nem eu gostamos de viver soterrados, deixamos de conhecer esta estranha forma de vida de alguns dos seus habitantes.
Passamos em um mercadinho, fizemos umas compras, e retornamos no entardecer para nosso local de pernoite, onde tinha mais dois MH para fazer companhia, e no mesmo enorme estacionamento, mais distante, tinha um circo, com música e diversas atividades que pensamos que iria nos atrapalhar o sono, mas as 22.00 horas exatamente, parou todo barulho e movimento, e dormimos muito bem, em silêncio numa noite fresquinha, com as luzes da cidade ao fundo; uma maravilha!
Bem, amanhã continuamos viagem para Antequera, passando por Granada, mas isso é motivo do próximo capítulo; abraços!

Zújar:

Guadix:

Percurso do dia:

Fotos:


Saindo cedinho de Mojacar.


Enorme área de olivares perto de Zujar.


Cercado pelas oliveiras.


Estradinha de terra em Zújar.


Parada para o almoço.


Embalse de Negratín.


Estrada na montanha de Jabalcón.


Descansando na hora de “la siesta”.


Estrada estreita, porém deliciosa!


Guadix.


Parte da catedral.


Rua interna.


Catedral de Guadix.


Majestosa catedral.


Catedral na luz do entardecer.


Parte posterior da catedral.


Rua debaixo da catedral.


Companheiros de pernoite em Guadix.

Continua…

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Grande Dardo,

Que fotos incriveis, e que aula de história.
Continuamos aqui acompanhando essa fantastica aventura pela Europa.

Abraços

Família M&Ms

Buenas Marcelo!
Obrigado, e espero que curtas muito acompanhando a viagem; grande abraço Marcelo!

Dardo.

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