Em busca da casa móvel

26 de agosto de 2015 às 21:42, por Marcos

Show de bola Gustavo. Tremenda experiência…. A única coisa que me preocupa é essa potência tão alta de descarga das baterias. Que eu saiba as estacionárias não podem sofrer descarga de mais de 10 ou 20% da sua capacidade.

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27 de agosto de 2015 às 01:47

Gustavo vc ta dando show nas explicações e testes, eu só não vejo necessidade de, na “vida real”, usar as baterias conjugadas com a energia 110/220V, nos acampamentos que fiz (um nos EUA de MH e outro com meu KC450 em Cabo Frio) se tivesse energia externa as baterias saiam do circuito e eram carregadas pelo carregador inteligente de 110V para 12V, somente. Caso não tivesse energia externa ficava com as baterias até que o alarme disparava e tinha que virar o motor para carrega-las para o MH ou ficava sem energia até o sol carregar no caso do trailer. (neste ultimo caso irei testar a utilização de um pequeno gerador a gasolina para ligar o carregador de baterias). Outra coisa que lembrei foi que no MH, se não houvesse energia externa o microondas só poderia ser ligado partindo o gerador que era ligado do painel de controle geral e tinha um horímetro pois custava 5$ por hora extra. Todo o resto de equipamentos pesados (geladeira, aquecedor de água e de ambiente) eram “tocados” por gás.

Marcos, acho que é o contrario, as estacionarias podem chegar a 20% de carga e recuperar os 80% sem danificar. As automotivas só devem ser descarregadas durante a partida do motor até 20% de descarga.

Abç Carlos Fanara

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27 de agosto de 2015 às 02:27

Marcos, Carlos, muito obrigado pelos comentários.

Quanto a descarga das baterias, existem dois fatores relevantes: a profundidade de descarga e a taxa de descarga. A taxa de descarga é menor que uma bateria automotiva pela própria construção: baterias automotivas tem placas mais finas ou esponjosas para aumentar a área de contato com o eletrólito, e por ter essa área maior elas tem uma capacidade de corrente instantânea bem maior. Por outro lado, por essas placas serem mais finas, o efeito da corrosão é bem mais nocivo, o que desfavorece ainda mais as descargas profundas. Já as baterias estacionárias de verdade possuem placas sólidas e bem mais espessas (mais pesadas e mais caras), o que reduz a área de contato com o eletrólito e portanto a capacidade de descarga instantânea, mas por outro lado permite que elas sejam usadas para o propósito que são fabricadas, com descargas profundas.

Dito isso, as baterias estacionárias também sofrem o processo de corrosão, principalmente com as descargas profundas, mas como o material é mais robusto, demora bem mais para que elas deixem de funcionar de forma adequada devido a essa corrosão. Se possível, o melhor é não deixar que elas descarregem abaixo dos 11.5V (os mágicos “20%”), para reduzir a corrosão e aumentar a vida útil. Se as descargas forem ainda menos profundas, mais elas duram. Mas não existe uma regra que diga que a bateria estacionária deve ser descarregada a uma corrente de 20% de sua capacidade, e não há um grande problema em termos de vída útil de se usar correntes mais altas. Só não se deve usar correntes muito altas todo o tempo porque a resistência interna da própria bateria causa um aumento de temperatura, o que com o tempo vai reduzir a vida útil dela.

O outro detalhe a atentar é o chamado efeito Peukert, que explica que a capacidade da bateria cai conforme a taxa de descarga. Mas esse efeito não é permanente… a capacidade sobe e desce conforme a taxa de descarga em uso. Por exemplo, segundo a formula do Peukert, esse é o gráfico para as baterias que tenho aqui:

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Dito tudo isso, na verdade nosso trailer não tem nenhum equipamento de 1500W. Até mesmo nossos ar condicionados são de 750W, e não pretendemos ligá-los ao mesmo tempo. Esse teste mais alto foi para ver se o sistema se comportaria de forma adequada mesmo em alguma eventualidade, como um microondas e um ar condicionado ligados ao mesmo tempo.

Carlos, quanto a necessidade, na verdade nada é estritamente necessário… até mesmo uma barraca e uma lanterna já garantem a festa!! :smile: Mas eu me divirto com essas coisas, e acho legal a ideia de autonomia completa e estabilidade usando um equipamento que no final das contas vai sair conveniente, barato, e leve se comparado ao tradicional. Mas ainda assim não recomendo pra quem não tem um interesse maior pelo problema.

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29 de agosto de 2015 às 21:11

Hoje fizemos mais uma visita ao trailer, e ficamos bastante animados. O trabalho que antes estava em andamento começou a aparecer. As canaletas, o parachoque, e as pingadeiras estão fibradas, lixadas, e praticamente prontas:

Os suportes das placas solares estão fibrados no lugar, e o suporte da Winegard com a manivela e elétrica está instalado também:

As três caixas, as duas bombas, e toda a hidráulica estão no lugar:

Infelizmente o cano de saída da caixa do banheiro ficou muito baixo e vai precisar ser modificado um pouco (bem visível na segunda foto). Também confirmamos a instalação da quarta caixa… vai ser feita enquanto estiver sendo pintado.

A cozinha e o banheiro estão praticamente prontos também:

As tomadas estão todas no lugar, inclusive as de 12V que solicitei para podermos carregar celulares e similares sem precisar ter o inversor ligado:

O armário com a máquina de lavar está montado novamente, e com a caixa de baterias no lugar. So falta instalar a TV. Achei fantástico o trabalho da Sinostrailer nesse armário:

Armários suspensos e iluminação prontos também, só faltando ajustes menores:

Distribuição elétrica e nível das caixas bem encaminhados:

E por enquanto é isso. Hoje não deu vontade de sair. :slight_smile:

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29 de agosto de 2015 às 22:43, por Odair Teixeira

Show de bola Gustavo! Parabéns! Legal que usando compositos e a técnica empregada para as juntas elimina a preocupação com calafetação … Vai durar 100 anos

Abraço

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30 de agosto de 2015 às 01:53

Boa noite Gustavo, realmente ta ficando show, tudo muito bacana. Só a cuba na cozinha que me pareceu pequena, falo isto pois tenho uma da tramontina que deve ter uns 32cm de diâmetro e as vezes não cabe alguns pratos maiores.

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30 de agosto de 2015 às 02:53

Buenas, Odair. Fiquei bem feliz com o resultado, mas não tenho essa noção de durabilidade. Fico contente que parece bom aos teus olhos.

Carlos, confesso que o problema não passou pela nossa cabeça, mas é bem possível. Talvez seja um tópico de uma manutenção futura.

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30 de agosto de 2015 às 22:31

Uau! Cada vez mais perto de rodar! Está ficando fantástico!

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31 de agosto de 2015 às 19:05

Valeu, Ed! Estamos anciosos pra botar o Balão pra passear.

Aproveito pra compartilhar umas fotos de uma brincadeira que fizemos ontem a noite: pensamos em colocar pastilhas naquela parede a direita do fogão também, um pouco por uma questão estética, mas principalmente para que os respingos das panelas caiam na pastilha e não na madeira.

Chegamos a um acordo básico, mas tivemos dificuldade em decidir como fazer o arremate. Para ajudar, editamos a foto original e colocamos a pastilha lá, para dar uma idéia melhor do resultado.

Foto original:

E as três opções “finalistas”:

Ficamos com a última. Agora resta saber se vamos conseguir um pouco mais desse modelo de pastilha, pois as sobras que planejamos não são suficientes para tanto.

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31 de agosto de 2015 às 19:43

Buenas Gustavo; muito bonito o acabamento, e na minha modesta opinião, a última é a melhor mesmo, pelo fato de ter pastilhas o mais alto possível, justamente para evitar os respingos sujar a madeira da parede, o que é muito mais difícil de limpar e não deixar encardir; por mim, eu as deixaria na altura das outras. No Guanaquito, o fogão está no outro extremo da pia, então não tenho o problema da parede ficar perto do fogo, mas o fato de ter as pastilhas, que não são combustíveis como a madeira da parede, já faz toda à diferença.

Grande abraço Gustavo, e parabéns pelo progresso!

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31 de agosto de 2015 às 20:59

Obrigado, Dardo. Nós acabamos gostando esteticamente do resultado de colocar a pastilha até o limite do nicho de madeira na parede de trás, mas há um detalhe que torna essa a única opção razoável: enquanto estávamos preparando a montagem para vermos como ficaria, nos demos conta que a parte de baixo das pastilhas não alinha com a parte de cima, porque o nicho foi colocado primeiro e as pastilhas foram encaixadas depois ao fundo. Se fizéssemos a parede inteira na direita, o desalinhamento se tornaria bem visível no canto. Então o truque de parar a pastilha no meio é um toque estético mas também um mal necessário. E a boa notícia é que a sobra que tinha vai ser suficiente no final das contas. Só vamos precisar de mais para uma futura manutenção, o que é um problema menor.

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31 de agosto de 2015 às 22:41

Também voto na opção 3!

Está ficando muito lindo, Gustavo. Meus parabéns!

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17 de setembro de 2015 às 18:49

Obrigado, Paulo!

Acabei de receber algumas fotos de hoje da Sinostrailer. A base em branco da pintura está feita, faltando só os detalhes, a porta está no lugar, e as janelas estão indo para o lugar:

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Falta pouco!

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Gustavo,
Bom dia! Obrigado por compartilhar sua história. A li com muito entusiasmo!
Compartilhe se possível, o resultado final do seu projeto. Como ficou o seu trailer?

Com base na sua experiência, você recomendaria a construção de um trailer, assim como fez, ou comprar um já industrializado? Minha pergunta vem no sentido de que eu não tenho necessidades específicas de layout do trailer, sendo assim um trailer standard me atenderia.
O que você pensa sobre o tema?

SAPS.
TFA

Edson Candido

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Olá Edson, seja bem vindo!

Um prazer compartilhar… é uma história que guardamos com muito carinho, e ainda não chegou ao fim. Vou dar continuidade nela, obrigado pelo incentivo.

Como ficou o seu trailer? Com base na sua experiência, você recomendaria a construção de um trailer, assim como fez, ou comprar um já industrializado? Minha pergunta vem no sentido de que eu não tenho necessidades específicas de layout do trailer, sendo assim um trailer standard me atenderia.

Nós vendemos o Balão recentemente, realmente com muito peso no coração. A única razão da venda foi termos nos mudado para outro país, e não há forma remotamente prática de trazê-lo ou legalizá-lo. Então entre deixá-lo estragando em uma garagem e vendê-lo, vendemos.

Não fosse por isso, honestamente acho que dificilmente venderíamos ele. O resultado final foi excelente, e era um trailer único. Uma casa sobre rodas que apesar de pequena era muito confortável, construída ao longo de 8 meses em todos os detalhes para o nosso gosto. Cozinha, camas, parte elétrica, TV, lava roupas… tudo foi pensado.

Bom, mas respondendo a pergunta se eu recomendaria para o teu caso: considerando somente o pouco que disseste, acho que não. Justamente porque essa história foi longa. Muita pesquisa, estudos de materiais e de opções, muitas visitas durante a construção, mudanças de planos, conversas com quem entendia mais que eu, compra de materiais… e lá se foram mais de 8 meses. Foi muito legal, mas só foi legal porque não achamos nada parecido com o que queríamos e realmente queríamos muito. Se tivéssemos achado algo mais parecido com o que queríamos e por um preço que estivesse dentro do orçamento, não teríamos optado por esse caminho.

Hoje em dia existem outras opções no mercado que não existiam em 2014 e 2015, e a própria Sinostrailer já fez outros trailers depois do nosso, então além de poder chegar lá e ver opções prontas, a equipe também já está mais acostumada a fazer esse tipo de serviço e seria mais fácil.

Minha recomendação geral seria a seguinte: pesquisa e depois conversa com os fabricantes que têm opções razoáveis para o que procuras. É muito provável que depois da conversa sobrem no máximo uns dois ou três. Depois disso, visita esses fabricantes e observa a forma que eles trabalham e os resultados, e conversa sobre qualquer adaptação que for necessária para as tuas necessidades. Depois disso, com sorte vai sobrar ao menos um. :smile:

Boa sorte na procura, e se precisares de algo é só criar um tópico por aqui. No que soubermos ajudaremos.

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Obrigado pelo rápido e esclarecedor reply!

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17 de setembro de 2015 às 19:53, por Tiago GIN

Desculpem minha ignorância, mas isso pode me ser útil futuramente… Como foi “fixado/soldado/cimentado” as pastilhas na madeira? É com massa corrida? Cola? algum produto especial?

Me lembrei de um relato do Ronald (se não estou enganado) onde ele mesmo colocou pastilhas no Diamante. Já tinha ficado na dúvida, aí agora quando vi o seu post, não resisti a perguntar rs…

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17 de setembro de 2015 às 20:32, por Alexandre Rabello

Um brinco, certamente será um dos mais bonitos na categoria/dimensão!

Já tem previsão de entrega? (estimativa)

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17 de setembro de 2015 às 20:38, por Rodrigo Ribeiro

Como está lindo este Diamante, parabéns!!!

Tiago as pastilhas são colodas com a cola cascola PL500:

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17 de setembro de 2015 às 21:45, por Rafael Mafra

Demais Gustavo… Falta pouco mesmo… Quando vai para a estrada?

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