Olá Dardo, acompanhando tua viagem reparei que tanto no atual quanto no antigo Guanaquito, tens uma lanterna verde instalada na parte traseira da lateral esquerda do trailer, então me surgiu uma curiosidade. Esta lanterna é exigida nas leis de algum outro país como Uruguai e Argentina ou é somente uma opção tua?
Pergunto porque se for uma exigência eu gostaria de aproveitar este momento em que estou reformando meu trailer para instalar.
Sigo aqui admirando esta bela viagem pelos teus relatos.
Abraço!
Buenas! Após vários dias (mais de 35!), estamos num Camping em Ensenada, Chile, e temos novamente internet, mesmo que um pouco lenta, e ontem, quando chegamos, a internet estava inoperante, e só hoje de tarde voltou a funcionar.
Me desculpem por não responder, mas agora vou tentar atualizar as respostas.
Matheus: sim, a lâmpada lateral verde é uma exigência da Policia Caminera de Argentina; podes ver que os MH da Santo Inácio tem de fabrica.
Obrigado Frank!
Imacieljr: será um prazer tentar ajudar, só me dá um tempo para ajeitar minha estada neste Camping, e já vou responder.
Um grande abraço para todos!
Seja bem vindo de volta, Dardo!
Confesso que nós aqui em casa estavamos um pouco preocupados com a falta de notícias. Já até estavamos começando a pensar em ir atrás de vocês para ver se precisavam de algo.
Que bom que continuam o passeio sem maiores problemas.
Aguardamos as novidades. Grande abraço pra ti e pra a Neiva!
Salve, meu caro! É bom ter notícias tuas, novamente. Perdoe a ignorância, mas para que serve esta lâmpada verde na lateral? Quando ela deve ser usada? No Guanaquito antigo tinha?
Abraço!
Buenas pessoal!
Tentando escrever, mas a internet não ajuda muito…a coitada é mais lenta que reforma da Previdência…
Obrigado Gustavo pela preocupação, mais o retiro espiritual em Las Loicas foi demais, e já estávamos nos acostumando sem sinal de celular nem internet…
Miguel, esta lâmpada serve para que em condições de pouca visibilidade, por exemplo de noite com chuva, o carro que vem detrás, saiba qual a posição do Trailer e a distancia ao ser ultrapassado, e verde porque esse é o lado certo para ser ultrapassado; sim, o antigo Guanaquito tinha também, pois fiz 4 viagens para Argentina com ele.
Grande abraço Miguel!
Dardo.
Vou tentar mostrar (se a internet deixar) porquê o Paso del Pehuenche esteve tanto tempo fechado…afinal, quê são só 7 metrinhos de neve acumulada? Coisinha à toa…
Paso del Pehuenche, sentido Argentina-Chile:
Abraços!
Dardo.
@Dardo, isto no lado é gelo? da viagem não vou nem falar só vou ficar babando aqui.
grande abraço.
interessante como mesmo sem conhecer as pessoas (dardo, gustavo, edin, guiuliano e tantos parecem amigos de anos …)
@Dardo Mas que pequeno bloco de gelo hein! Minha nossa…
E essa da sinaleira verde eu também não sabia… será que é quente isso, Dardo? Eu já li em alguns lugares que quando eles param naquela região mais problemática eles as vezes inventam algumas coisas que nem sempre são de fato necessárias pela lei, para facilitar a “conversa”. Se for quente eu queria ler alguma documentação mais oficial para entender melhor a lei. Dei uma procurada rápida mas não consegui achar nada por aqui… vou procurar melhor depois.
@Frank É verdade!
Neve de nada, qq solzinho já derrete hehehehehe!!!
Embora não seja o foco da postagem (que nos perdoe o Dardo), a questão da lanterna verde na lateral traseira, deve interessar a todos que pretendem viajar pra outros países e que gostam de estar dentro da Lei. @Gustavo, este item também já foi alvo de pesquisas minhas, nas Leys hermanas e não encontrei nada até agora. Claro que a instalação não é difícil e, se não encontrar nada a respeito, seguirei a linha do nosso amigo Dardo. Precaução nunca é demais. Abraço a todos!
Dardo, que imagem…
Já fiquei imaginando quebrando umas pedrinha pra caipirinha…hehehe
Continuamos acompanhando.
Abraço.
Obrigado Frank, e sim, é gelo mesmo, isto é, neve que congelou; como podes ver, tem setores que passou dos 7 metros de altura… é de arrepiar, literalmente!
Giuliano, Miguel, Marcelo, Gustavo,muito obrigado: quanto à luz verde, vou procurar melhor na legislação da Argentina, mas quando o meu caro amigo Camargo me vendeu o Guanaquito (The Oldest one), e ficou sabendo que viria para estas bandas, ele me fez colocar a lanterna… se é excesso de zelo ou não, por via das dúvidas, preferi deixar assim, com ela, e pelo que pude saber do boca-a-boca com caminhoneiros argentinos, tem que ter…pelo sim, pelo não, deixa ficar com ela, já que o que abunda, não prejudica!
Abraços!
Buenas!
Já que hoje é o primeiro dia com chuva aqui em Ensenada, Chile, vou continuar com o relato, se a internet vagarosa me deixar.
Bem, a estadia em Mendoza, que era para ser de algumas semanas, até passar o mais frio do inverno, se estendeu por …3 meses, o que permitiu, dentre outros, conhecer muitas Bodegas (onde comprei algumas caixas de Malbec!), Olivícolas (onde compramos alguns quilos de azeitonas verdes e pretas, além de 6 litros de azeite de oliva excelente!), museus, paisagens lindas, e também outros campistas, de diferentes países, inclusive do Brasil, como o casal de “Rolenaamerica”, que passaram na ida e na volta por Mendoza, e mais 3 casais do Brasil, dos quais conhecíamos 2 de Gramado (são os que Gustavo tirou fotos quando da sua estada no Camping de Gramado), e diversos campistas de outros lugares do mundo, especialmente europeus.
Para os Caracóis de Villavicencio só fomos 6 vezes , de tanto que gostamos do lugar, inclusive o dia seguinte duma nevada; também pegamos no Camping de Mendoza uma nevada como não se via ha 10 anos, e assim, passou o tempo sem perceber o transcurso do mesmo.
Como já se passaram 3 meses na Argentina, antes de expirar nossos vistos, renovamos eles num órgão estatal, e nos deram mais 90 dias de permanecia no Pais; cabe notar que após essa revalidação, na próxima tem que sair do Pais, nem que seja por umas horas e retornar, para obedecer a legislação, que é similar à do Brasil.
De Mendoza capital fomos para Tupungato, para conhecer o famoso (pelos vinhos) Valle de Uco, e acabamos ficando 10 dias por lá; também nevou por aquelas bandas da montanha não muito distante de Tupungato, e claro, lá fomos de novo curtir a neve.
Em Tupungato, foi maravilhoso almoçar numa vinícola, tomar muito vinho, e caminhar 30 metros para dormir no Guanaquito…foi um sonho de longa data feito realidade…o dono foi muito legal em deixar pernoitar lá, rodeado de parreiras e com as montanhas nevadas ao fundo…demais!
De Tupungato fomos para San Rafael, uma bela cidade com ruas cheias de sombra de arvores, onde ficamos a 4 metros de distancia do rio Atuel, e visitamos as represas do lugar, assim com 3 vinícolas mais e outros museus, e naquele lugar, San Rafael, ficamos 5 dias…
De San Rafael fomos para Malargue, parando em El Sosneado para um imperdível sandwich de presunto crú com pasta de azeitonas , famoso na região, e chegamos no Camping Municipal, onde 2 dos MH brasileiros já se encontravam, para mais alguns dias de passeios na região; na saída de San Rafael tem uma subida bastante íngreme e com muitas curvas, e mais uma vez, a estabilidade do Turiscar se fez presente, com um ótimo desempenho, fruto dum chassis aprimorado, e um bom carregamento da nossa parte para manter o CG no seu ponto ideal, fruto da nossa experiencia de Comandantes de jatos de grande porte, e principalmente, de experiencias passadas com o antigo Turiscar por mais de 40.000 km de estrada de 4 países diferentes
Malargue é uma pequena cidade rodeada de montanhas do lado do deserto, com pistas de esqui (Las Leñas), sítios arqueológicos diversos, vulcões extintos e principalmente, uns deliciosos cabritos, que segundo falam os locais, são os mais saborosos do Pais, o que, apos vários degustados com alguns bons Malbec, acredito piamente!
De Malargue, o próximo destino era o Paso del Pehuenche, em direção ao Chile, pois alem da visita neste Pais, tínhamos que sair obrigatoriamente da Argentina, pois estava para expirar nosso tempo de estada no Pais, como já tinha explicado anteriormente neste mesmo tópico.
O problema era que como o inverno deste ano tinha sido muito frio, com mínimas que batiam as marcas de até 100 anos atras em alguns lugares, o Paso del Pehuenche estava fechado por excesso de neve, especialmente do lado do Chile, e demoraria alguns dias para abrir; como a alternativa era continuar pela Ruta 40, dentro da Argentina, e esta rota estar com mais de 100 km em más condições, e ainda ser de rípio, optamos por esperar no local da alfandega da Argentina, em Las Loicas, mas isto é motivo de outro relato, para não fazer este muito extenso.
Algumas fotos (por falar nisso, meu acervo desta viagem já está em mais de 7.000 fotos… ) de Mendoza, Tupungato, San Rafael e Malargue ( e regiões próximas).
Cabe agregar que neste tempo todo, o Guanaquito se comportou muito bem, tanto estático quanto dinâmico, e nos dias frios, eu me tomava o trabalho de esvaziar o aquecedor de passagem, e para não congelar as tubulações, coloquei uma proteção nelas de espuma revestida em alumínio, própria para isolar canos de água.
Ficou assim:
Fotos de Mendoza e região.
Neve na frente do Turiscar.
Paula e Niko, do “Role”
A nevada em Mendoza.
Antepassado do Guanaquito no museu da Bodega La Rural.
Tirando a neve do teto para desobstruir as claraboias.
Villavicencio com neve.
Mais uma da neve no Guanaquito.
Convescote na alta montanha.
Villavicencio nevado.
Almoço no alto duma montanha, onde tem antenas repetidoras de radio, a mais de 3.000 metros de altura.
Tupungato.
No Camping Municipal de Tupungato.
Neve nas proximidades de Tupungato.
Pernoitando na Bodega Jean Bousquet.
Em Tupungato.
Amanhecer do pernoite na Vinícola.
Um ângulo diferente do Guanaquito.
Em El Manzano Histórico, com a Cordilheira nevada ao fundo.
San Rafael
No Camping de San Rafael, com o rio Atuel do lado.
Bodega Suter, em San Rafael…todo esse Malbec esperando ser degustado…
Rodeado de montanhas.
Saindo de San Rafael.
Na famosa Ruta 40, perto de El Sosneado.
Malargue.
Las Leñas, perto de Malargue.
Uma Casa Rodante semi artesanal da Argentina; observar, ampliando a foto, a luz verde na lateral esquerda.
Como? Nao achou bonita? Olha de frente! E responde pelo nome de Concorde…fora de brincadeiras, o dono é gente boníssima, muito amável, completamente desencanado, e feliz com sua criação!
No Camping Municipal de Malargue.
Nossas afiliadas alemãs Chiquitita e Sonrisa.
Nossos vizinhos em Malargue.
Bem, no próximo tópico, a saga do nosso "retiro espiritual"com o Guanaquito em Las Loicas; abraços!
Dardo.
Dardo,
Estamos com uma baita inveja deste tua viagem, se eu trabalha-se no marketing da Turiscar ia te contratar para garoto propaganda…hehehe
Excelente relato, o Guanaquito deve estar pesado, pois me sinto como se estive-se junto nesta aventura.
Abraço
Marcelo
Família M&Ms.
Buenas Marcelo!
Celebro de que curtas o relato; por falar nele, esqueci de colocar os mapas dos percursos.
De Mendoza (Camping Suizo),para Camping Municipal de Tupungato:
De Tupungato para San Rafael:
De San Rafael para Malargue:
Abraços!
Dardo.
Pessoal amigo do Campistas.net:
Como sabem, fiquei mais de 1 mês sem internet, e agora, no Chile, os poucos locais onde consigo internet, em geral a mesma é lenta, e por isso, para todos os amigos do Campistas.net que me fizeram consultas, por favor, me desculpem que não tenha respondido, e por isso, para aqueles que ainda não respondi, alem de me desculpar, peço que por favor me enviem suas perguntas para meu e-mail capt.airbus330@gmail.com , que vou tentar responder assim que me for possível; só para dar um exemplo, hoje, 17nov17, saí de Ensenada, sul de Chile, em direção para a fronteira com Argentina, e acabei parando para pernoitar num Camping de Entre Lagos, a 39 km da alfandega do Chile, no Paso Cardenal Samoré.
Aqui também tem internet, mas também esta lenta,para variar; por isso, mais uma vez, me desculpem, e vou tratar de me ajeitar com as respostas e o tempo; pelo menos , o Camping é muito lindo, e assim que puder, envio fotos.
Grande abraço!
Dardo.
Dardo esse teu tópico aqui é um deleite para os amantes do campismo e viagens, muito bom ler!!! Forte abraço!!
Que fotos, Dardo! É surpreendente que esse universo tão visualmente diferente fique aqui tão próximo. Dá vontade de pegar estrada e sair atrás de vocês.
Muito obrigado por continuar compartilhando com a gente essa história.
Que relato! Que fotos! Que lugares fantásticos! Uma verdadeira viagem dos sonhos de qualquer campista.
Obrigado, Giuliano, Miguel e Gustavo!
Continuando com o relato…
Os dias passados em Malargue foram bem interessantes, com diversos passeios na região, e ótimos churrascos de “chivitos” (bodes), devidamente molhados em ótimos Malbec, e assim, foram passando os dias, e o Paso del Pehuenche, continuava fechado, desde o mês de Junho!
https://www.diariouno.com.ar/mendoza/el-paso-del-pehuenche-esta-cerrado-junio-la-nieve-20171006-n1483103.html
A razão de eu querer ir por esse passo para Chile, era que tinham me comentado da sua beleza de paisagens, além de ser muito, mas muito menos demorado para atravessar para Chile do que o Paso de los Libertadores, onde, devido ao grande fluxo de veículos entre ambos países, e por ser o maior do seu tipo entre Argentina e Chile, não raro você leva até 5 horas de demora para passar; só como exemplo, a imensa maioria do transito entre Brasil e Argentina para o Chile, passa por lá.
Bem, os amigos dos MH brasileiros continuaram viagem pela Ruta 40 para o sul da Argentina, mas infelizmente, a parte sul desta estrada entre Bardas Blancas e Barrancas, ou seja, sul das províncias de Mendoza e norte de Neuquén, de aprox. 100 km, é de rípio e terra, e se encontra em péssimo estado; o pessoal com seus MH 4x4 não tiveram maiores problemas, mas me recomendaram que não tentasse ir por lá com o Guanaquito, coisa que acatei, por eles terem vivido essa experiencia de primeira mão…as alternativas eram voltar até Mendoza capital praticamente, e atravessar pelo Libertadores, com a distancia a mais e principalmente a demora, ou ir por San Rafael, Alvear, Santa Isabel e Neuquén, onde uma parte da estrada também está com buracos no asfalto, ou…esperar o Paso del Pehuenche abrir!
Bem, os meios de comunicação de Malargue falavam da apertura do Paso para 1ro. de Outubro, e no dia 06 de Outubro, decidimos ir até o local da alfandega da Argentina, para esperar o Paso abrir, já que dita abertura era iminente, segundo os entendidos, e porque no iOverlander fala que tem um pequeno Camping lá; esperar num Camping ou outro, tanto dava, com a vantagem de que em Las Loicas, nome do vilarejo onde fica a tal aduana e imigrações, ficávamos na "boca"do Paso para quando o mesmo abrisse…e lá fomos nós, percorrendo os 100 km entre o Camping de Malargue e o Camping de Las Loicas.
O percurso é bonito, especialmente a “Cuesta del Chihuido”, Cuesta del Chihuido. Ruta 40 , e a estradinha entre a ponte de Bardas Blancas e Las Loicas, numa estrada de asfalto que inauguraram em Janeiro deste ano.
Pouco após de sairmos de Malargue, ficamos sabendo que Ric e Richie, os alemães donos de “Sonrisa” e “Chiquitita” se empolgaram e vieram atrás do Guanaquito, pois eles também achavam que suas Vespas não teriam condições de enfrentar o trecho ruim da 40; quando chegaram em Las Loicas e viram a solidão, a falta de água quente para tomar banho, e principalmente a falta de internet, aliado à incerteza de não saber quando abriria o Paso, fez conque no dia seguinte retornasem para o Camping de Malargue para esperar lá!
Por falar em Las Loicas, em espanhol, Loica é uma ave comum no lugar, e daí vem o nome para o vilarejo.
http://aves-argentina.blogspot.cl/2013/04/loica-comun-sturnella-loyca.html
Fotos:
Na Ruta 40.
Cuesta (Subida) del Chihuido.
No topo da subida.
Sonrisa e Chiquitita chegando na Cuesta a estonteantes 25km/h!
Falta pouco…
A bela Ruta 145.
Chegando em Las Loicas.
O percurso de Malargue até Las Loicas:
Bem, chegamos em Las Loicas, e vimos que o Camping era muito simples e pequeno, mas era mais do que suficiente para o Guanaquito e mais 3 ou 4 MH/Trailer, no máximo; também tinha água (2 torneiras), banheiros ( a água quente estava inoperante), e 2 tomadas elétricas, alimentadas pelo gerador diesel do vilarejo, que funcionava das 08:30 até 14:00 e de 16:00 até 23:30, e claro, a potência era baixa, o que não permitia ligar nada elétrico de muitos watts de consumo; também tinha só hum armazém para comprar alguma coisa para comer, desde que não fosse carne nem vegetais, e hum pequeno restaurante, com cardápio limitado, e também uma salinha de atendimento de urgência, para primeiros socorros e eventual evacuação para um hospital de Malargue.
Lá não existe radio, TV e muito menos, internet, e nem dados de celular…em compensação, achamos o lugar muito tranquilo e bonito, de uma beleza de solidão muito especial…e assim, decidimos ficar alguns dias, esperando a tal abertura do Paso.
Os primeiros dias sem internet, especialmente sem Whatsapp nem Skype, foram complicados…pude comprovar o quanto sou dependente da internet!
Com o passar dos dias, vi que existe vida sem internet, sim…todos os dias caminhávamos pelas redondezas, explorávamos os locais para fotos, especialmente de animais silvestres, fazíamos amizade com os locais, o que rendeu muitas conversas legais e aprendizado sobre usos, costumes, história do lugar, anedotas diversas, etc., assisti todos os filmes que levei em CD, e coloquei a leitura em dia, coisa que estava devendo a mim mesmo já fazia meses, o que foi ótimo!
Fomos “obrigados” a comer diversos churrascos, acompanhados de Malbec que me acompanham fielmente desde Mendoza capital, claro, e também fomos passear só com a camioneta, quando perto da abertura, até a divisa, pois do lado da Argentina, as máquinas que limpam a neve terminaram seu trabalho, ficando só do lado de Chile alguns quilômetros de estrada com neve acumulada em diversos setores, com até 7 metros de altura, como podemos ver nas fotos.
E quando o tempo firmou e o Paso se preparava para abrir, caiu mais uma nevasca!
Embora em um par de dias a neve (pouca) tinha sumido, ficamos sabendo que do lado chileno, a neve acumulada era muita, devido aos ventos predominantes do oeste que trazem umidade do Pacífico e se acumula contra a cordilheira…mais um tempo de espera…mas o tempo passou tao rápido, que num sábado falaram que na terça feira abriria o Paso!
E assim, pouco mais de um mês após, eramos o primeiro da fila para deixar a Argentina em direção ao Chile; como já tínhamos ido de carro anteriormente ate a divisa, não paramos do lado argentino para as fotos, e quando ingressamos do lado chileno, nos 23 km que tem desde a divisa de ambos países até a aduana do Chile, pudemos conferir a quantidade de neve em alguns setores da estrada, que por vezes, atingiam mais de 7 metros de altura, como podem ver nas fotos…lá percebemos o quanto foi difícil e demorado abrir a estrada, pois com os ventos gelados na alta montanha, a neve virava um bloco de gelo extremamente duro e difícil de remover.
A estrada passa de lado da Laguna del Maule, e esta lagoa tem a estranha característica de estar exatamente acima dum vulcão, o que leva gente de vários países irem lá estudar este raro acontecimento.
Após os tramites legais da imigração e aduana serem concluídos, na estrada de novo, com o Guanaquito feliz da vida rodando após tantos dias de inatividade, e fomos descendo margeando o rio Maule em direção a famosa Ruta 5, com destino a Ensenada, Região dos Lagos, no sul de Chile, mas isso é matéria para a continuação deste relato, que espero que não demore tanto.
Chegando em Las Loicas; a vegetação com roupagem de inverno…
Quando estávamos indo embora, a primavera tinha chegado…
Os alemães chegando…
Os alemães indo embora no dia seguinte…
A estrada por onde caminhávamos todos os dias, a 5.200 pés de altitude, por volta de 1.620 metros.
Las Loicas vista de cima do morro do setor sul.
Vista da entrada de Las Loicas no sentido de quem vem de Chile.
O Camping de Las Loicas; a construção que se vê na esquerda, é o banheiro.
Lá embaixo, do centro para direita da foto, o Guanaquito no Camping.
A estrada ainda fechada com neve, na primeira vez que fomos só com a Frontier para checar as condições da estrada.
Friozinho básico…-2C…como já estava esperto, esvaziava toda noite o aquecedor de passagem…eu, hein…não me pega mais!
Numa das caminhadas, vimos estes bodes atravessando a estrada…dariam um belo churrasco!
Por falar nisso, não tive mais saída do que fazer um churrasco no Camping, acompanhado de um bom Malbec…estão servidos?
Na nossa segunda saída para inspeção da estrada até a divisa, vimos que a neve estava um pouquinho alta…
Do lado argentino, a neve tinha sido removida até a divisa de ambos países…depois entenderia porquê o lado chileno ainda não estava pronto…
A divisa de Chile e Argentina no Paso del Pehuenche, visto desde o lado chileno.
Teve um casal da Suíça que chegou um par de dias antes do passo abrir, com uma mini MH alugada no Chile: olha o “naipe” da van: (Heroes de verdade vestem lycra)…
E mais esta “pérola” na traseira da camper…"Tenho uma vida sexual ativa: “o governo me f… todos os dias…” Sem comentários…
Região de Las Loicas, visto desde o morro ao lado da localidade.
Bem, é isso, repito que foi uma experiencia diferente e muito enriquecedora, onde aprendi muitas coisas com respeito à importância e dependência da internet na vida, e também aprendi bastante sobre como viver num Camping com diversas limitações e por tanto tempo…a vida é mesmo um constante aprendizado, e isso é fato!
Grande abraço!