Primeira viagem do novo Guanaquito

Obrigado Leandro! Quanto ao Hobby, pode ser que seja melhor, pois abro mão de achar que o Turiscar é o Supra-Sumo só porque eu sou dono dele…não, acredito que não sou tao egocêntrico assim…só acredito que vi um melhor produto como um todo em referencia a uma eventual comparação…seria ligeiro da minha parte falar o mesmo sobre o Knaus ou qualquer outro Trailer que eu não tenha visto pessoalmente, tanto nacional, quanto importado.
Grande abraço Leandro!
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Bem, continuando com o relato, lembro que acordamos de madrugada com o ronco dos camiões saindo cedo, e voltei a dormir, pois hoje não tinha pressa alguma, considerando que a distancia a ser percorrida era de aproximadamente 400 km.
Apos o café, fui agradecer os Carabineros, e quem me atendeu, um Oficial chefe do agrupamento, me indicou um outro local para dormir na próxima parada, também dos Carabineros, e foi assim que fizemos.
Aqui cabe uma observação: particularmente, me senti muito seguro dormindo nos estacionamentos dos Carabineros, embora isto tem um preço, que significa não ter eletricidade 220v, nem wifi, nem água e nem loja de conveniências para comprar alguma coisa esquecida de ultima hora…depende muito, acho, das tuas prioridades, e do conhecimento (ou falta dele) do local do pernoite
O percurso pela Carretera 5, também chamada de Panamericana Sur naquela região onde estávamos, foi bem interessante, com a geografia mudando lenta, porém de modo inexorável…
Pouco antes de chegar no nosso local de pernoite, paramos em um posto de combustível para abastecer e colocar água no nosso tanque, para poder tomar um bom banho, alem do uso normal da mesma no Guanaquito; isto, quando possível, é o melhor a ser feito, ou seja, rodar sem água no tanque, e abastecer quando estiver pertinho do local de pernoite, para não carregar peso desnecessário…claro, só é indicado quando sabemos que teremos um local apropriado para reabastecer, e em postos que sabemos com certeza que tem estrutura para tal, pois já passei em postos que por estar em região desértica, ou não tinham água para dar, ou então, é tao salobre esta água, que é péssima para tomar banho e usar para higiene pessoal.
Numa reta longa da estrada, ultrapassei um camião que acelerou um pouco quando fui ultrapassar, e cheguei aos 110 km/h, com o Guanaquito bem estável, sem tendências nem desequilibro aparente ou que eu tenha observado, demostrando um excelente equilíbrio dinâmico.
Almoçamos numa área de estacionamento da Carretera 5, e de tardinha, passamos no posto para abastecer combustível e água, e em poucos quilômetros, chegaríamos no local de pernoite, onde repeti o ritual de boas maneiras de me apresentar e solicitar o pernoite para os Carabineros, coisa que me foi outorgada de imediato, com a maior cortesia por parte dos nossos anfitriões.

As belas pontes ferroviárias de lado da Carretera 5

Local de parada para descanso.

Os jardins perto da estrada.

Descanso na estrada.

Chegada no local de pernoite.

As sombras da tarde.

O estacionamento todo para nós…por enquanto! :smile:

Entardecer visto da janela de casa…

Nosso percurso:

Bom, hoje foi um dia tranquilo; agora banho, janta, leitura até pegar no sono, e descansar, para amanha chegar no nosso destino!

Abraços!

Dardo.

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@Dardo, o importante é estarmos satisfeitos e felizes com o que temos. O que é bom pra mim, pode não ser para você e assim por diante. Posso ter me expressado errado no post anterior, entendi perfeitamente o que quis passar.
Parabéns pelo relatos , são de extremo incentivo para fazer algo parecido um dia !!!
:pray::wink:
:scream:a 110km/h , hehe !
Fotos show

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Buenas, vamos enfrente com o relato:
Hoje acordamos mais cedo para otimizar nosso percurso, e após o café, agradecemos aos Carabineros pelo tranquilo pernoite, voltando para a Carretera 5, já que faltava pouco para nosso destino; propositalmente, eu tinha planejado as paradas de pernoite, para que o último pernoite me deixasse relativamentre perto do destino (por volta de 140 km), para assim aproveitar melhor o dia, e chegar a tempo de almoçar já no Camping.
Rapidamente chegamos em Osorno, e fiquei feliz de não ter que entrar na cidade com o Guanaquito a tiracolo, pois naquela hora, o transito fora da Carretera 5 estava pesado; cuidamos muito para não nos perder no retorno e assim poder pegar a Carretera U-55-V até perto de Puerto Octay, onde tomamos a Carretera U-99-V, que nos levaria direto para Ensenada.
A partir de Puerto Clocker, começamos a margear o Lago LLanquihue, que é o segundo maior lago de água doce do Chile, e a estradinha se revela muito bonita, com muitas curvas, o que me levou a um incidente tragicômico; aconteceu que estava fazendo as curvas, algumas bastante fechadas, a uma velocidade compatível com o comboio, porém repentinamente, sou avisado pela Co-piloto que estava entrando um pouco forte nas ditas curvas, o comboio estava tão estável, que me empolguei e excedi a velocidade ideal…não deu outra, quando paramos para tirar fotos do Volcán Osorno, eis que descobrimos, na checagem rotineira que fazemos sempre que paramos por qualquer razão que seja, que escorria um liquido escuro por debaixo da tulha onde guardo os vinhos! :scream: Sim, uma garrafa do nobre líquido tinha sucumbido a minha velocidade além dos limites…pensei em me sentar na beira da estrada e chorar…mas como diz aquele velho “deitado” que não adianta chorar pelo vinho derramado (ou era leite?), naquele momento de dor e desolação, me vem na mente o fato de que aquele era o batismo do Guanaquito!..engraçado como o cérebro reage e se fecha à dor… :disappointed_relieved::wine_glass::wine_glass::smile:
Enfim, limpamos o assoalho rapidamente, e dali em diante, voltei a fazer as curvas beeeeem mais devagar…não te preocupa Daniel Ricciardo, não vou competir contigo, e menos ainda com aquele maluco do Verstappen!

Juro que não sei se ficava triste pelo vinho, ou contente de que a estabilidade do Guanaquito é tao boa, que gruda na estrada…e por sinal, foi o único que quebramos na viagem de aproximadamente 15.000 km como o Trailer e mais 7.000 com a Frontier, num percurso de quase 11 meses e 22.000 km.
O dia estava bastante nublado, o que não permitia ver o imponente Volcan Osorno, ate que próximo de Las Cascadas, num buraco das nuvens baixas, por fim avistamos o vulcão, embora seu topo ainda permanecesse coberto…não faz mal, nos próximos dias o veríamos em toda sua magnificência.
Chegamos no Camping Montanha, logo na entrada da cidadezinha, e aqui vale um aviso aos Rodonavegantes: do lado do Montanha, tem outro Camping, embora menor e um pouco mais caro, e que tem principalmente cabanas, de nome Barlovento, ficando colado ao Camping Montanha, o que requer estacionar primeiro o comboio, e depois, verificar qual é qual.
A entrada para o Camping não é essas coisas, e o espaço para estacionar pertinho do lago achei pequeno para Trailers ou MH de mais de 7 metros, pois embora a parcela de terreno comporta algo do tamanho do Guanaquito, o espaço na rua de entrada no local é pequena para manobrar, e em função disso, estacionamos na frente do restaurante do Camping, que fora de temporada (era dia 09 de Novembro) estava fechado, permitindo um bom espaço para o Guanaquito.
O Camping tem wifi, embora estava funcionando devagar, e também luz (220v) e água, o que foi conectado rápido, pois uma leve garoa incomodava um pouco antes do almoço; de tarde, já instalados, fomos caminhar pela simpática cidadezinha, e o tal de Osorno não deu mais o ar da sua graça…:frowning_face:
Nos próximos dias, o tempo melhorou e realizamos diversos passeios somente com a Frontier, indo ate a praia para ver o Oceano Pacifico, passeamos no Parque Nacional Pérez Rosales, subimos ate o pé do vulcão Osorno, fomos visitar as corredeiras Saltos de Petrohue, assim como o lago do mesmo nome, que permite a passagem para Argentina pelos mesmos lagos Petrohue, De todos los Santos em Chile, e Frias e Nahuel Huapi do lado de Argentina, ate chegar em Bariloche.
Também fui pescar no rio Petrohue’, alem de passear pelas belas e simpáticas cidades de Frutillar e Puerto Varas, assim como fomos visitar também a cidade de Puerto Montt, ficando vários dias na região, com a nossa base sempre no Camping Montanha em Ensenada, pois no meu entender, Ensenada é o lugar certo, quanto à sua posição geográfica, para visitar diversos lugares da região, famosos pela sua beleza.
Também visitamos outros Camping para ver se valiam a pena, más em termos de custo-beneficio, ficou claro para mim que o Montanha era o mais indicado mesmo.

Fotos.

Hoje acordamos cedo, e os vizinhos ainda estavam por lá…

Na estrada de novo…

E de repente, não mais que de repente, aparece o Volcán Osorno

Lago LLanquihue e Volcán Calbuco.

Mais uma do Volcán Osorno, perto de Las Cascadas.

A entrada para o Camping Montanha.

Vulcão Osorno visto desde a entrada do Camping.

O Cerro Tronador, que faz a divisa com Argentina, e que semanas depois iríamos visitar, do lado argentino.

Perto de Las Cascadas.

No estacionamento do Camp. Montanha.

Osorno visto desde o pé do mesmo.

Corredeiras Salto de Petrohué, com o Volcán Puntiagudo ao fundo.

Mais de perto.

Centro de ski do Osorno.

No Camping do lado, o Barlovento, tinha um chileno com um KG 380.

Vista do Lago LLanquihue e do Volcán Calbuco, fotografado desde a encosta do Osorno.

No estacionamento ao pé do Osorno.

Lago LLanquihue e Volcán Osorno ao fundo, visto desde Ensenada.

Entardecer, com o Osorno ao fundo, visto desde a prainha do Camping Montanha.

Chegando no Oceano Pacífico.

Lago Petrohué; desde este pequeno porto, pode-se embarcar para uma travessia por diferentes lagos, até chegar em Bariloche, Argentina.

Na estrada, com o Osorno ao fundo.

Indo embora de Ensenada…e o Osorno, se esconde de novo… :angry:

Percurso do dia:

Bem, essa foi nossa estadia em Ensenada, Chile, e aproveitamos cada momento, e embora já com saudades do lugar, estava na hora de puxar o carro, isto é, o Trailer… :thinking: :smile:
Continua…
Grande abraço!

Dardo.

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Dardo!

Que imagens, dignas de um livro ilustrado…:smile::smile:
Aquela foto do KC-380, fiquei imaginando o M&Ms passeado por essas bandas todo feliz.:sunglasses:

Grande abraço!

Marcelo
Família M&Ms

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Buenas Marcelo!
Legal que curtiste as fotos, e eu gostei muito também das tuas do teu tópico das ferias.
Sim, o dono gosta de rodar, embora estava muito longe do cuidado que você dispensa para o M&Ms; para você ver melhor, um par de fotos mais:

De frente, vemos que estava bastante descuidado, coitado… :cry:

Deste angulo, estava melhor… “pero no mucho!” :sweat_smile:

Imagina ele na tua mão…ficava um brinco!

Grande abraço Marcelo!

Dardo.

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Grande Dardo!

Esse KG-380 esta judiado mesmo, claro que o M&Ms não está mil maravilhas, mas estamos tentando deixar ele nos trinques…:grin::grin::grin:

Grande abraço!

Marcelo

Buenas, continua o relato:
Tudo pronto, Guanaquito atrelado desde a tarde anterior (sempre que acampo num local que costuma chover com frequência, e prevendo o tempo no dia anterior, por comodidade, deixo o Trailer e a camioneta atrelados e prontos para sair, pois caso esteja chovendo no dia da partida, não tenho o problema de me molhar com os preparativos), e assim, fomos saindo devagar do Camping Montana em direção ao Paso Cardenal Samore’, para ingressar na Argentina; como eu queria passar devagar com tempo para fotos pela divisa, em plena Cordilheira de los Andes, programei parar para dormir num Camping perto da fronteira, e a decisão foi ótima, mesmo sem saber ainda, pois o Camping foi um verdadeiro achado, como viríamos a descobrir ainda nesse dia.
Para variar, o dia estava um pouco nublado, e não era possível ver o topo do Osorno, mas, como tínhamos apreciado bastante nos dias anteriores, nos conformamos com umas fotos de parte do mesmo.
Como podem observar no mapa que inclui neste relato, a distancia entre os dois camping, o de partida e o de destino, era muito curta, o que nos possibilitou ir bem devagar, especialmente nas curvas margeando o Lago LLanquihue, onde tinha “batizado” o Guanaquito :grin:
Tinha, antes do inicio da viagem para o Paso Cardenal Samore’, visto uma sínteses dos campings no caminho no IOverlander, ferramenta muito útil, diga-se de passagem, e tinha gostado do que tinha visto do Camping Los Copihues, especialmente por se encontrar na beira do Lago Puyehue e ser bem próxima da divisa entre Chile e Argentina, por onde iríamos atravessar a Cordilheira.
O Camping se mostrou uma agradável surpresa, e embora fora de temporada, o local se encontrava muito arrumado e limpo; a principio, éramos só nós no lugar, embora no dia seguinte, chegou um casal da Espanha com uma barraca, e dois dias depois, um par de casais do Chile,que alugaram duas cabanhas e que eram pescadores, vindo com seu próprio barco de pesca a reboque.
O Camping tem uma horta onde podíamos pegar nossa própria salada, tem banhos com água quente em dois horários,de manha e noite, e tem muito espaço para acampar, com parcelas individuais com eletricidade em todas as parcelas, embora só tenha 4 ou 5 pontos de água corrente; conversando com Gustavo desde lá, falei que este seria o local ideal para um encontro internacional do Campistas.net, pela plenitude de espaço e beleza do local…embora ainda não tinha visto o Camping agreste de Pichi Trafúl, no caminho dos 7 lagos, na Argentina…ia balançar, com certeza!
Enfim, a ideia era ficar só uma noite lá, e acabamos ficando 4 dias…:smile:
Os dias foram muito bem aproveitados, e inclusive, aluguei um kayak por um dia para pescar e remar, o que foi muito legal; também caminhamos bastante, dado o extenso do camp, e ainda fizemos algumas compras em Entre Lagos, a cidade próxima, além de encher o tanque da Frontier, para aproveitar o preço menor do diesel, quando comparado com o preço praticado na Argentina…e assim passaram rápido aqueles dias, e quando paramos para ver o que fizemos de passeios por lá, vimos que estava na hora de voltar para a estrada, mas isto é tema para o próximo relato.

O Camping:

Percurso entre Ensenada e Entre Lagos.

Fotos.

Todas as fotos seguintes foram tomadas no Camping Los Copihues.

Continua…

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Espetacular esse lugar @Dardo !!! :star_struck::star_struck::star_struck:
Comentei hoje sobre uma expedição campistas.net, e coloquei uns vídeos também !!!

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Buenas!
Bem, dando sequencia no relato…
A despedida do pessoal do Camping, em especial da antiga dona (hoje e’ a filha quem toca o local), foi emotiva, pois são realmente pessoas encantadoras, que aliado ao local bonito, fez que acalentasse na gente o desejo de voltar em breve por aquelas bandas, e assim, a partida do camping foi não tão cedo, pois queria sincronizar os horários para passar o local da alfandega do Chile, e chegar com tempo para almoçar exatamente na parte mais alta da montanha no Paso Samoré, e saborear a refeição com as rodas dianteiras do Guanaco na Argentina, e as rodas traseiras no Chile… :thinking: :grin:
Até que foi rápida nossa passagem pela aduana chilena em Pajaritos, e começamos a subida para alcançar o topo da cordilheira nesta passagem, rodeados duma paisagem muito linda, embora vimos com tristeza a floresta queimada pela violenta erupção do Volcán Puyehue em 2011 e com menos intensidade em 2012, e que lentamente vai se reflorestando, embora ainda com muitas arvores queimadas margeando a estrada.

Chegamos no cume, bem na divisa, e com aquele cenário lindo, almoçamos tranquilamente, olhando pelas janelas do Guanaquito as belas montanhas…foi um momento muito especial, de muita paz e contemplação de uma natureza maravilhosa e impar…pena que o almoço não pode ser regado com Malbec, pois tinha que dirigir! :weary::cry:
Apos o lauto almoço, fomos descendo devagar, parando para algumas fotos, em especial no mirante do extinto vulcão Pantojo, onde se vê parte do cone do vulcão, em função de erosões de séculos.

A passajem pela alfandega argentina foi hilária; o pessoal da Argentina que encontramos no Chile, nos advertiram que tivéssemos muito cuidado com as compras que realizarmos no Chile para não ultrapassar o valor máximo permitido para compras, pois existe uma cota em dinheiro para valores de importação, assim como nós temos com artigos comprados em Paraguay ou USA, para citar um par de exemplos, e então, as filas de revista na dita alfandega costumam ser extensas, com buscas nos carros caprichadas e demoradas; então, eis que chego na frente do fiscal, que me olha serio, e me pergunta: “tem alguma coisa para declarar?”…e eu, com o Guanaquito atolado de eletrodomésticos, câmeras, eletrônicos, etc., sem pensar muito, falei… “sim, tenho que declarar que acho que o vinho Malbec argentino e’ muito melhor do que o Carménère chileno…” O fiscal, sisudo, me olhou, e sem esboçar um meio sorriso, bateu com força o carimbo na minha papelada e me diz, sem que mexesse um quarto de sobrancelha: “Pode passar, uma boa estadia na Argentina. Próximo!”… :astonished::astonished:
Quando chego no carro, com a Co-piloto pronta para abrir o Guanaco para a revista de praxe, preocupada com a quantidade de coisas para declarar dentro do Trailer (microondas, TV, geladeira, etc., etc. e etc., me olha sem entender, pisca repetidas vezes como o Droopy, e diz …"mas como podemos ir? e a inspeção, os cachorros farejadores de drogas, os guardas fronteiriços armados…? Eu somente falei, enquanto dava partida na Frontier: “Vamos embora rápido, que no caminho te conto…” :astonished::joy::joy:
Na realidade, 99% de tudo o que tínhamos era comprado no Brasil, mas ate explicar que focinho de porco não e’ tomada, la’ se ia um par de horas de explicações e procura de notas fiscais…
Ate hoje lembramos disso…foi muito sui generis! :fearful::grin::joy::joy:
Aproamos o Camping da Universidade de Cuyo, curtindo muito o caminho margeado de flores ate Villa La Angostura, onde iriamos ficar mais de uma semana, mas isto será a continuação deste relato.
Percurso do dia:

Fotos:

Aduana do Chile.

No Chile, o bosque queimado pela erupção do Vulcão Puyehue em 2011.

Perto da Aduana Argentina.

Lago Espejo Grande.

Caminho para Villa La Angostura.

Vulcão Pantojo.

Neve na estrada entre os dois países.

Divisa dos dois países, olhando para o lado da Argentina.

Local do almoço, bem na divisa.

Lado chileno para trás do Guanaquito.

O Pantojo ao fundo, visto desde a divisa.

A janela do Restaurante “Le Guanaq”

Mirante do Pantojo.

Parece areia de praia, mas e’ cinza vulcânica.

Aduana Argentina.

Lago Nahuel Huapi.

A mítica Ruta 40 em direção a Villa La Angostura.

Perto de Villa La Angostura.

Abraços!

Dardo.

Continua…

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Dardo!

Excelentes fotos e que ganhada na alfandega…:rofl::rofl::rofl:

Não vejo a hora de ouvir esses relatos pessoalmente.

Abraço e até junho.

Marcelo
Família M&Ms

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Verdade Marcelo, na hora saiu tão natural…acredito que o cara se sensibilizou… :grin::smile::sweat_smile:
Falando a verdade, o vinho chileno e’ bom, claro, contudo, que me perdoem os Hermanos chilenos que foram tão legais com a gente, mas o Malbec de Mendoza e’ o bicho! :grin::wine_glass::wine_glass:
Você viu que estamos de local novo para o encontro de Junho?
Vai ser muito legal encontrar você e toda a turma do Campistas.net que vai poder dar uma escapada para Gramado/Canela; grande abraço Marcelo!

Dardo.

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Continua…
Em Villa La Angostura ficamos acampados no Camping da Universidad de Cuyo, a Universidade de Mendoza, que alem do Camping tem dormitórios para estudantes da própria Universidade e para outras instituições de ensino, e um par de cabanas para professores, mas que alugam fora de temporada para terceiros também; o Camping esta’ situado num lugar próximo do lago Nahuel Huapi, com luz, agua, segurança e wifi, e embora um pouco longe do centrinho para ir caminhando, fazer as compras do supermercado e retornar andando, de carro são 5 minutos, o que permite ir rápido no centro para fazer compras (tem 3 bons supermercados), passear pela avenida principal, que tem diversos restaurantes, barzinhos, lojas de souvenires, etc., que faz muito agradável a visita de Villa La Angostura…mas o que vale mesmo a pena, e’ passear pelos maravilhosos locais em torno, com passagens de tirar o fôlego!
Fomos em Villa Traful, que tem um cenário digno de figurar na capa do National Geographic; o problema de ir com Trailer para la’ e’ o caminho de rípio bastante precário…dizem que os moradores preferem assim para que se mantenha menos cheio de gente de fora, o que nao deixa de ser tao esdruxulo…enfim, a vantagem do Guanaquito e’ poder deixar ele comodamente instalado no Camping de Villa La Angostura, e a gente ir cedinho para Vill Traful para passar o dia; se você não se importar muito com a dificuldade e poeira da estrada, ou tiver um Off Road como o Cavinete do nosso Caro Edin, aviso que tem diversos Campings por la’, sendo dois perto do centrinho e de lado do lago Traful que são maravilhosos, um verdadeiro sonho de Campistas!
Ficamos perto de duas semanas curtindo Villa La Angostura e redondezas, e decidimos continuar a passear pela regiao, mais especificamente pelo caminho dos 7 Lagos, para ficar no que seria nosso primeiro camping agreste com o novo Guanaquito, mas isto e’ motivo para o próximo capitulo…

Percurso de Villa La Angostura ate Villa Traful.

Fotos:

Abraços!

Dardo.

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Lindas fitos @Dardo. Não deu um voltinha de barco nesse local.? Vendo as Fotos , fiquei imaginando!

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Buenas Leandro!
Na verdade, naveguei sim, mas em outro lago, no Nahuel Huapi.
O pessoal que navega nestes lagos, em geral são pescadores, embora também tenha pessoas que curtem a navegação nestes paisagens espetaculares, e a navegação da maioria dos turistas, se dá em embarcações maiores, a partir de Bariloche e de Villa La Angostura.
Abraço!

Dardo.

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Legal, ver essa natureza no lago deve ser incrível, vlw !

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Apos os belos dias passados em Villa La Angostura, consideramos que o Guanaquito ja’ tinha descansado o suficiente, e antes de que o bichano ficasse folgado demais, eis que estamos novamente na estrada; como tínhamos feito o passeio dois dias antes no 7 Lagos ate San Martin de los Andes, quando da nossa passagem pelo Camping Agreste de Pichi Traful, paramos para conhecer o lugar, e de imediato, ficamos apaixonados pelo mesmo!
Este local, Pichi Traful, fica aproximadamente no meio do caminho entre Villa La Angostura e San Martin de los Andes, e juramos que ficaríamos uns dias la’ acampados; dito e feito, chegamos la’ e nos instalamos, com somente uma barraca de um casal de alemães que estavam percorrendo a região de bicicleta pernoitando la’, e que logo foram embora…legal, nem deu tempo de falar de futebol… :grin:
Tem que ter cuidado para não confundir com um outro Camping Pichi Traful, situado na margem do Lago Traful, que e’ pago, e a entrado desse outro e’ bem próxima do Camping Agreste, somente que e’ no outro lado da Ruta 40.
Percurso:

Bem, o camping agreste, ou seja, sem luz nem agua era um desafio que eu queria experimentar desde o dia que comprei o novo Turiscar, e que agora, sabendo das limitações elétricas do mesmo, queria muito por em pratica; quando chegamos, tinha sol, e a geladeira funcionava normalmente, pois eu tinha colocado no máximo o termostato no dia anterior a nossa saída, e agora parados, podia vigiar continuamente para ver se funcionava ou não o seu ciclo de liga e desliga…e vez por outra, quando tentava dar partida novamente, ela não conseguia, pois, como o Cris da Turiscar me explicou meses mais tarde, quando passamos por Gramado para a revisão do Trailer, teve um lote do inversor da TechnoMaster que davam problemas de sobreaquecimento, e o nosso, claro, era um daqueles defeituosos, o que viria a explicar muita coisa, tanto que foi trocado na garantia e não tive mais problemas.
Por falar na TechnoMaster de Sao Leopoldo, RS, quando acabei de comprar o novo Turiscar envie o formulário do site deles no Fale Conosco com diversas perguntas sobre as características do produto, alem daquelas triviais que constam no manual do inversor, e ate hoje, estou aguardando a resposta…atendimento ao consumidor, ZERO…
Bem, fiz uma rotina com as condições do momento: durante o dia, com boa luminosidade, deixava a geladeira com o termostato no máximo frio, e de tardinha, para tomar banho e carregar as baterias, ligava o gerador por uma hora, e depois, desligava a geladeira (abria ela somente o mínimo de tempo necessário) para não consumir totalmente as baterias, ate no novo dia reiniciar o ciclo, e usando um lampião a bateria para não ligar as luzes internas, para ter, numa emergencia, carga suficiente para ligar bomba ou luzes.
O sistema se mostrou eficaz, embora achava que estava muito longe do ideal.
Para carregar agua nos tanques, no dia que esvaziaram, levei o Guanaquito na beira do rio, e com uma bomba 12v, carreguei os mesmos, dando mais uns dias de banho, e claro, fiz isso em pleno dia e com muito sol, conectando a bomba diretamente na saída do controlador, para aproveitar toda aquela energia disponível perto das 12 horas, e embora fui bem sucedido, tive que deslocar o Trailer, pois a bomba não tinha potencia suficiente para vencer os 2 metros de diferença de altura do rio ate o Trailer, nem a distancia de aproximadamente 50 metros; para evitar isto no futuro, ja’ comprei uma bomba de 220vac, e ligando o gerador por 10 minutos, terei a forca suficiente para deslocar a coluna de agua, tanto em altitude, quanto em distancia, com a bomba 12vdc como stand by.
Passamos dias muito agradáveis, num lugar com paisagens de tirar o fôlego, e tivemos a visita, todos os dias, do Guarda-Parque, pois aquilo e’ um Parque Nacional, e ele e’ uma pessoa muito agradável de conversar, e que me deu diversas dicas do lugar, assim como da preservação do Parque, e dava também uma nota de segurança ao camping, que embora agreste, fazia a gente se sentir muito seguro; meu agradecimento para Aquele que com vocação impar, cuida com zelo do Parque Nacional, um patrimônio de todos!
Os viajantes iam e vinham, poucos para pernoite, em geral europeus, e foi muito interessante bater papo com campistas do mundo todo, aprendendo sempre com outras pessoas que curtem o mesmo modo de vida que também curtimos; no fim de semana, eram os locais que chegavam no Camping, e nos dias lindos, chegou a ter um numero grande de pessoas, mas na segunda-feira, o Camping voltava a ser somente nosso!
Bom, estava na hora de continuar caminho, e assim será relatado no próximo capitulo; grande abraço!

O local; esta’ errado onde diz “Camping Arroyo Celebra”, pois o certo e’ Camping Agreste Pichi Traful, e esta’ localizado do lado de cima da estrada, rente ao rio.

Fotos: Um pequeno comentário; antes, eu colocava a legenda acima da foto, mas, me fizeram notar que ficaria melhor e mais ilustrativo, colocar a legenda debaixo da foto, como será feito daqui em diante.


Na Ruta 40, caminho dos 7 Lagos.


Retamas e ponte sobre o rio Correntoso.


Parando para um descanso e fotos na Ruta 40.


No caminho para o Camping.


Parando para as fotos.


Portão de entrada do Camping Agreste.


Para ter em conta; não deixar fogo nem cigarros acesos.


Entrada ao Camping Agreste.


Camping Agreste.


Rio Pichi Traful.


No Camping.


Retamas floridas.


Lago Traful.


Descansando.


Sendeiro.


Guanaco e montanha nevada ao fundo.


O belo rio.


Mais uma com as montanhas nevadas ao fundo.


Visita do Guarda-Parques, uma pessoa formidável.


Bombeando agua.


Idem anterior.


Mais uma do bombeio para os tanques.


A ponte da Ruta 40.


Vai um chimas?


Um belo Trailer, num belo lugar…pelo menos, eu acho! :heart_eyes:


Curtindo o sol…


Escondido no bosque.

Continua…

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Dardo, que fotos!!!

Incrível essa aventura, e essa experiência de ficar off-line muito boa, é o legitimo wild camping.:sunglasses:
E o convite para o chimas vamos esperar para Gramado.:+1::grin:

Grande abraço!

Marcelo
Família M&Ms

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Obrigado Marcelo, e na verdade, aquele Camping e’ o Sonho do Campista!
Abraços Marcelo!
Sem muito vontade, saímos do Camping Agreste de Pichi Traful, e fomos bem devagar pela Ruta 40 em direção a Junín de los Andes, pois após cálculos da estadia na Argentina ainda e considerando que o visto de turista e’ no máximo vigente por 90 dias, chegamos na conclusão que aproveitando o belo caminho dos 7 Lagos, deixaríamos o Guanaquito no Camping de Junín de los Andes, e saindo cedo, iriamos ate a fronteira com Chile, passear e almoçar em Pucon, e retornar de tardinha para Junín de los Andes, com mais 90 dias de prazo para ficar na Argentina, o que era conveniente para os nossos planes de viagem.
No caminho, a poucos quilômetros de Pichi Traful, tem outro Camping Agreste, que também e’ muito bonito, mas como e’ mais descampado, se não tiver outros campistas por perto de noite, achamos que fica muito exposto aos olhares de todo o mundo que passa pela Ruta 40, e achamos um pouco solitário para ficar de noite sozinhos, embora nunca tivemos problemas com a segurança, mas como vivemos muito tempo em Sampa, a paranoia ficou…:roll_eyes::roll_eyes::disappointed_relieved:
Também na frente do Lago Falkner tem um Camping, e embora estava um pouco abandonado, o Guarda-Parque nos comentou que na temporada, ou seja em mais alguns dias, um pessoal de Bariloche iria administrar ele; muito bonito mesmo, embora muito perto da Ruta 40 para meu gosto de ermitão anti-social e bagual! :angry::angry::fearful::smile:
(Mas bah, tchê, os dias passados nos Pampas do Rio Grande me deixam xucro!) :angry::angry::smile::smile::laughing::laughing:
Passamos devagar pela bela San Martin de los Andes onde almoçamos com uma bela vista, e de tarde chegamos no nosso destino, o Camping de Junín de lo Andes, que embora um pouco fechado pelas arvores, se mostrou um lugar aconchegante.
Instalamos o Trailer e o gazebo, onde guardamos nossa tralha toda, para ir com a camionete vazia, sabendo das revistas caprichadas das alfandegas, em especial da Aduana de Chile, e no dia seguinte, junto com o nascer do sol, aproamos o Paso Mamuil Malal, antigo Tromen, dia bastante nublado, que infelizmente não deixou ver os picos do Vulcão Lanin, nem do Vulcão Villarrica.
Não fomos com o Guanaquito porque eu não queria rodar alguns quilômetros de rípio na fronteira da Argentina, pois e’ um Parque Nacional, e não querem fazer asfalto naquele lugar, e alem do mais, a previsão do tempo para os próximos 4 dias era de tempo nublado e chuva do outro lado da cordilheira, o que desanimou irmos de novo para o Chile com o Trailer.
Mesmo assim, curtimos muito a viagem e no dia seguinte, ficamos na cidade de Junín de los Andes, que e’ bastante pitoresca, e aproveitamos para conhecer diversos lugares e pegarmos um cobertor na lavanderia que tínhamos deixado no dia em que chegamos.

Caminho de ida e volta entre Junín de los Andes, Argentina, e Pucon, Chile.

Fotos:


Indo para Junin de los Andes.


Caminho dos 7 Lagos.


Entrando no Camping do Lago Falkner.


Lago Falkner.


Camping do Lago Falkner.


Descanso junto as flores do caminho.


Breve parada no aeroporto de Chapelco.


Entrando no Camping de San Martin de los Andes.


Muito cuidado com as arvores!


Indo para Chile.


Lago Tromen.


Chegando na fronteira entre Argentina e Chile no Paso Mamuil Malal


Perto da fronteira.


Fronteira Argentina.


Lago Tromen na fronteira.


De volta no Chile!


As estradinhas gostosas do Chile.


Pucon, Chile.


Mais de Pucon.


Olhando o centro a partir da marina de Pucon.


Marina de Pucon no Lago Villarrica


No retorno, o arco-íris para lembrar da Promessa de Deus.


Retornando para Junín de los Andes.

O percurso do dia da ida de Pichi Traful para Junín de los Andes.

Bem, tudo muito bonito, mas a verdade era que estávamos loucos para voltar para Pichi Traful!

Continua…

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Continuando…

Desmontamos o gazebo no dia anterior, e deixamos tudo pronto para sair no dia seguinte cedo, para retornar ao Camping Agreste de Pichi Traful, o que se revelou uma boa ideia, o de deixar tudo pronto na tarde do dia anterior a viagem, pois amanheceu chovendo.
Claro que era uma chuva fina, pouco mais que uma garoa, muito diferente daquelas que estamos acostumados nos trópicos, mas era o suficiente para incomodar e molhar quem tivesse deixado para arrumar tudo na ultima hora.
A Copiloto pegou a capa de chuva e o rádio, para me balizar a saída com todas aquelas arvores, com o agravante de ter pouco espaço para manobrar o Guanaquito atrelado, o que requer um certo cuidado para não machucar o bichano nos galhos mais baixos do Camping; ao passar pela ponte que separa a ilha fluvial onde está situado o Camping, aproveitamos para mais algumas fotos, e assim, empreendemos devagar nossa saída de Junín de los Andes, em direção a San Martin de los Andes primeiro, e depois, Pichi Traful, via Ruta 40, pelo Camino de los 7 Lagos.
A chuva por momentos se tornara mais forte, e como medida de precaução, liguei o ATC para evitar sustos, embora mesmo com a chuva e as muitas curvas, o Turiscar se manteve firme, sem tendências ou trancos; claro que mantinha a velocidade baixa, pois a experiência me aconselhava que todo cuidado é pouco, em função das fortes e repentinas rajadas de vento, especialmente perto do lago.
Chegamos com chuva em Pichi Traful, e deixamos o rebocador engatado do jeito que chegamos, para não molhar-nos sem necessidade, especialmente que a tardinha, a temperatura despencou sem piedade; bom, o jeito era curtir o aconchego do Guanaquito, que mantinha uma temperatura agradável com o forno ligado…tarde ótima para pão recém feito no forno do Guanaquito e uma boa leitura.
No dia seguinte, amanheceu com um sol maravilhoso e um céu azul de doer nos olhos de tao limpo e lindo! E o bom do fato de chover no dia anterior, era que a chuva apagou a poeira que tinha em partes do Camping, deixando o mesmo muito próximo do que acredito ser o melhor exemplo de um Camping agreste que tenha visto na minha vida!
Assim como tinha acontecido na nossa primeira visita ao Camping, passaram e pernoitaram diversos campistas, ora de MH, ora de Trailers, ora de barracas e bicicletas, e quase toda noite tínhamos vizinhos, embora também curtimos algumas noites sozinhos, numa paz e silencio sem iguais na nossa vida de campistas.
Passamos alguns dias muito lindos, melhor até que aqueles dias da primeira visita ao lugar, e embora com tristeza, vimos que estava na hora de partir, pois o mês de Dezembro avançava, e tínhamos combinado de passar o Natal com os nossos colegas brasileiros que já estavam nos esperando em Lago Puelo.

Fotos


Saindo do Camping de Junín de los Andes.


Saindo da ilha fluvial onde fica o Camping


“Like a bridge over troubled waters…”
https://www.youtube.com/watch?v=omxAjFFnrLk


“On the road again…”
https://www.youtube.com/watch?v=63xekRY8dJo


Retorno a Pichi Traful!


Dia de chuva…
https://www.youtube.com/watch?v=kmrwAW5-5rU


SOL!
https://www.youtube.com/watch?v=s-YGVjAFe_o


As montanhas em torno…


Mais de perto.


Aquecendo ao sol…


Vizinho alemão…


Perto do rio.


Pichi Traful.


Indo embora…saudades!

Continua…

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Dardo,
Como sempre nos presenteando com seus relatos repletos de belas imagens!
Sigo acompanhando.
Grande abraço!

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