31 de dezembro de 2015 às 15:23, por Pelagio
Acompanhando e curtindo, aguardando o grande encontro .
31 de dezembro de 2015 às 15:23, por Pelagio
Acompanhando e curtindo, aguardando o grande encontro .
31 de dezembro de 2015 às 15:43
Buenas Pelagio,
O grande encontro foi um pequeno encontro. O Ronald e a esposa passaram aqui muito rapidamente, deram uma olhada rápida no trailer, matou a curiosidade sobre o custo (fazia tempo que ele tava tentando ), e se foram. Não deu nem tempo de oferecer um chimarrão! Um crime passível de multa praticamente, se tratando dos pampas.
31 de dezembro de 2015 às 16:28, por Pelagio
Mas eles não ficarão até o dia 4 ?
31 de dezembro de 2015 às 22:02
Pois então! Mas tudo bem… Garanto que eles não teriam ido embora se soubessem que minha esposa tinha preparado uma das especialidades dela.
1 de janeiro de 2016 à 01:09, por Pelagio
Se eu estivesse aí garanto que não ia passar em branco; e feliz ano novo!
1 de janeiro de 2016 às 20:08
Hmmmm… Gustavo, você teve sorte de eu não estar lá… não ia sobrar dessa delicia nem para as formigas! :desconfiado:
Feliz 2016, com muitas viagens tão lindas quanto esta; abraços!
Dardo.
1 de janeiro de 2016 às 20:57, por Ronald Ataulo
Barbaridade che….kkk
Gustavo, foi muito legal conhecer você, sua família e o seu trailer. Pena que ficamos em camping diferentes…em breve marcamos um vqq
5 de janeiro de 2016 às 18:52
Valeu Pelagio e Dardo, um feliz ano novo pra vocês e pras familias também!
Pelagio, vocês estão pertinho aqui né? Temos que marcar um acampamento aqui pela volta. Dardo, com certeza providenciaremos uma torta para celebrar um encontro por aí.
Ronald, fica pra próxima…
Vamos continuar a história então…
Na segunda-feira mesmo, depois de curtir um pouco a cidade, saímos de Enrique Martínez pelas 5:45 da tarde rumo a Punta del Este. Inicialmente tivemos que retornar até Treinta y Tres, grande parte na mesma estrada secundária estreita e remendada que fomos, porém agora de dia. Depois pegamos a Ruta 8 que é fantástica:
E então passando Mariscala dobramos a esquerda rumo a Punta pela Ruta 39, que é mais estreita e bastante acidentada. Ao todo eram 280km, então pegamos um tanto de noite nesta parte da estrada, o que não foi uma idéia muito boa. Mas calma e atenção nos levaram até a entrada da cidade tranquilos.
Na estrada mesmo havíamos ligado para o camping San Rafael para ver se haviam vagas para aquele dia ou se precisaríamos de um plano B, mas eles confirmaram a reserva.
Ao chegarmos encontramos mais ou menos o que esperávamos: um camping bem mais urbano, com menos espaço, porém muito bem organizado. Nossa vaga era bem na frente para nossa sorte, pois ficava perto da piscina infantil e dos brinquedos da praçinha:
Curiosidade: nosso vizinho ao lado vendeu o diamante dele para um uruguaio por 15 mil dólares enquanto estávamos lá. Ele também bateu de ré na nossa S10, com vontade! Para sorte de todos os ferros de reboque seguraram grande parte do problema e não houveram maiores consequências. Mas sem mágoas… Eram gente boa ele e a família.
Aliás fizemos vários amigos no camping nos dias que ficamos lá. Alguns por conta de nosso filho que não tinha muita cerimônia para conversar com todos e entrar nos RVs alheios. Pegamos alguns contatos para seguir conversa depois.
Como planejado, ficamos vários dias lá, curtirmos bastante os recursos do camping, passeamos pela região, e brindamos o ano novo na beira mar:
Aqui o sol se põe atrás do centro de Punta (a ponta de Punta, propriamente dita), e a vista é desde a praia vizinha de Manantiales:
Após a virada do ano, na sexta-feira, deixamos o camping praticamente lotado e saímos com a proa para o norte, em direção ao Parque de Santa Teresa. Continuamos em seguida…
15 de janeiro de 2016 às 14:27
Seguindo então, na sexta-feira depois da virada de ano novo acordamos sem muita pressa, acertamos as contas, nos despedimos dos novos amigos, e saímos rumo ao Parque Santa Teresa.
O caminho mais bonito seria pela beira do mar, mas não queríamos encarar a muvuca que fica o trânsito em La Barra e Manantiales nessa época. É chato até pra passar de carro… imagina de trailer. Então pegamos em direção a San Carlos para encontrar a Ruta 9. Nossa subida foi muito tranquila, apesar do movimento bem maior. A estrada era ótima, e o fluxo andava mais rápido do que nós, então era só colaborar para que o pessoal nos ultrapassasse quando possível.
O único detalhe que me demandou um pouco mais de atenção foi o controle de combustível. Nós levamos três galões de 20 litros de diesel cada para termos uma boa autonomia quando andando pelo centro do Uruguai. Quando mudamos o rumo, pelos meus cálculos conseguiríamos sair do Uruguai sem abastecer, mas chegaríamos perto do limite. Então eu estava de olho na autonomia e no consumo.
Ainda assim, resolvemos fazer uma visita a Punta del Diablo para o almoço. O povoado é uma praia muito pacata e um tanto alternativa pouco ao sul do Parque Santa Teresa. Achamos um bom restaurante ainda aberto bem no miolo do povoado, graças a atividade de praia do local.
Logo após o almoço saímos em direção ao parque. Logo na entrada os militares que controlam a portaria nos informaram de forma muito simpática que precisávamos fazer o registro antes de entrar. Pagamos 75 reais por adulto para acampar por até 3 dias… Na verdade o custo é de 25 por dia, mas o mínimo são 3 dias.
O que vimos depois disso foi talvez a maior surpresa da viagem. Como moramos relativamente perto, já sabíamos que Santa Teresa é um destino muito apreciado por campistas, e já tínhamos visitado o Forte antes, mas não tínhamos idéia da dimensão do camping e da quantidade de pessoas lá dentro. Eram km e km de barracas uma ao lado da outra, e um ambiente bastante amistoso apesar disso.
Rodamos bastante antes de nos acomodarmos… o camping possui parcelas bem delimitadas, e indicações claras de onde pode se acampar ou não. Algumas das zonas possuem eletricidade e pontos de água próximos, mas essas estavam lotadas, e também não nos pareceram os melhores locais. Depois de algum tempo rodando, demos a sorte de passar por um vizinho da garagem do trailer, que conhece toda a área. Não haviam vagas perto dele, mas ele nos levou até um ponto muito agradável e onde ficaríamos ao lado de um outro vizinho de garagem. E por ali ficamos:
Dentro do próprio parque há infraestrutura de banheiros e pequenos mercados. Estavamos perto de um com o curioso nome de “Super Chato”:
E com alguns minutos de caminhada chegavamos nessa linda praia:
Gostamos tanto que acabamos ficando dois dias ao invés do que planejamos originalmente. Até rolou uma Paella a noite, com material de primeira e relativamente barato que encontramos em um dos mercados:
O único inconveniente do período é que no local não tínhamos água nem eletricidade. Eletricidade não era um problema para nós, mas chegamos com o tanque de água com pouca água, e lá pelas tantas tive que dar um jeito de encher:
Uma outra particularidade que não gostamos muito é que logo que a noite aparece todo mundo começa a fazer suas fogueiras. Em breve todo o parque fica coberto de uma névoa contínua que é na verdade fumaça coletivamente produzida. Esse fenômeno deve ser exclusivo desse período, com lotação muito alta.
No todo, gostamos muito, ficamos um pouco fascinados, e com certeza voltaremos ao parque.
Continua…
16 de janeiro de 2016 às 17:25, por Rafael Mafra
Acompanhando atento o relato Gustavo. Bom demais poder optar pelo local sem depender dos pontos de elétrica do camping… sobre o combustível extra chegou a usar algum galão? já tem uma média de consumo rebocando?
Um abraço.
16 de janeiro de 2016 às 20:49
Também estou curioso sobre a média rebocando.
16 de janeiro de 2016 às 23:29
Buenas Rafael, Ed,
Usamos todos os galões, e chegamos muito perto do limite. Conseguimos entrar de volta no Brasil com uma folga de somente uns 20km. Foi bem calculado, e ainda assim gerou uma certa ansiedade. A S10 fica regularmente por volta dos 7.3km/l. Se o vento ajuda chega a 8 e pouco. Com vento forte contra o pior que já pegamos foi 6km/l. Subindo a serra gaúcha ficou entre 4 e 5km/l se bem me lembro. O vento faz uma diferença tão notável que estou motivado a colocar uma capota de fibra. Chuto que vamos conseguir pelo menos 1km/l a mais com ela em velocidades de cruzeiro.
Grande abraço,
Gustavo
17 de janeiro de 2016 às 13:51
Realmente o impacto aerodinâmico é grande. Nos caminhões que puxam containers, os defletores de ar se pagam muito rápido pois dão uma redução de consumo de cerca de 0,35km/l. Para uma carreta é bastante. O aerofólio que o Dardo usa na capota da Frontier também ajuda. Esse é o ponto forte que eu vejo na minha F1000, como o consumo dela já é elevado sem o trailer, com ele não deverá piorar muito! kkkkkk Ela faz em rodovias uma média de 7,5km/l, com o trailer estimo 5,5. Mal posso esperar para tirar a prova. rsrsrs
22 de fevereiro de 2016 às 10:55
Buenas Gustavo!
Belo relato, e excelentes fotos; parabéns pela primeira viagem internacional, e se tiver mais fotos, será um prazer curtir as mesmas.
Grande abraço!
Dardo.
28 de fevereiro de 2016 às 15:03
Muito obrigado, Dardo. Curtirmos muito esse passeio.
Vou aproveitar pra concluir o relato então:
Depois dos dois dias no Parque Santa Teresa, levantamos acampamento no domingo pela manhã em direção ao Chuí brasileiro. Apesar do dia nublado, na saída conseguimos essa bela foto com o Forte Santa Teresa e a paisagem uruguaia ao fundo:
A viagem entre o parque e o Chuí tem pouco mais de 30km. Apesar disso, essa distância pareceu um pouco longa pois estava no limite do combustível… havia um plano B com um posto Uruguaio no meio do caminho, mas a menos que a camionete estivesse com problemas no marcador, não haveria necessidade.
E de fato não houve. Fizemos uma parada rápida na imigração do lado uruguaio para registrar a nossa saída, que foi rápida e sem perguntas, e em seguida estavamos dentro na avenida principal bi-nacional do Chuí. O movimento devido aos freeshops era intenso, mas lentamente conseguimos passar e chegar ao posto de combustível com uma folga de uns 15km ainda.
Enchemos o tanque, fizemos uma parada ao lado das ruinas da antiga prefeitura do Chuí (não me perdôo por ter esquecido essa foto), e fizemos uma volta rápida em dois freeshops. Nosso estado de espírito era tão zen depois de toda essa viagem que nada nos interessou. Rapidinho colocamos o pé na estrada novamente.
Como era início de ano, o movimento na estrada era bastante intenso, mas nada que nos atrapalhasse. O que incomodou mais foi o forte vento lateral na grande reta entre Santa Vitória e a entrada da BR390. Por vezes tivemos que baixar muito a velocidade, e pensei em parar algumas vezes.
Antes do final do dia estavamos chegando em casa, em tempo de apreciar um belo por do sol:
E assim acabou a nossa primeira grande viagem de trailer. Foi tão bom quanto imaginávamos, tivemos a sorte de não ter nenhum grande problema, e a alegria de ter encontrado muita gente legal pelo caminho.
Que venham as próximas!
Um grande abraço a todos.
Gustavo
4 de março de 2016 às 11:32
Excelente relato Gustavo, muito bom mesmo!
Bem, agora tem experiencia acumulada para desafios maiores, especialmente quanto à distancias de viagem maiores, tanto no Brasil, quanto no exterior.
De novo, meus parabéns, e grande abraço!
Dardo.
Revendo essa história durante a restauração bateu uma certa saudade.
Dei uma olhada e achei mais algumas fotos legais dessa viagem. Vou enviar algumas de “bonus”.
Aqui a vista externa do camping de Lago Merin, já do lado uruguaio, onde fizemos a primeira parada:
E aqui o menor acampamento que encontramos durante a viagem:
Chocante!
Mais algumas fotos novas do passeio.
Essa aqui é de da parada em Enrique Martinez, e o lado de cá do rio já é o próprio camping como detalhado acima. Em retrospecto, não sei porque não inclui a foto no relato original. Ficou bem legal.
Mais uma do Rio Cebolatti:
Detalhe: essa balsa que cruza é gratuita, e a praia do local fica do outro lado onde tem areia e é mais rasa.
Essa última dá uma idéia da proximidade do rio em relação a onde o pessoal acampa:
Adoramos o local. Agora no início de 2017 até voltamos lá. Recomendamos!
Na sequência, mais algumas fotos do Camping San Rafael que ficamos logo após Enrique Martinez:
Área de barracas, que fica ao lado da área delimitada que parece mais um estacionamento, reservada para veículos maiores:
Um dia molhado, sob a perspectiva de alguém que não queria se molhar…
E por fim, uma foto que gostei bastante, desde a mesma perspectíva onde a foto no relato principal foi tirada: Manantiales olhando pra punta de Punta: